INÚMERAS ATIVIDADES em todo o país animam a Semana Mundial de Amamentação
Correio Braziliense
11/09/2004
Brasil
Alimento seguro e saudável
Ministro da Saúde, Humberto Costa, lança semana da amamentação e anuncia parcerias com dois outros ministérios para ampliar o programa de promoção ao aleitamento
O Brasil é referência no mundo em campanhas de amamentação. Graças à sugestão do governo brasileiro, a Organização Mundial da Saúde determinou, em 2002, que todas as mulheres devem alimentar os filhos exclusivamente com leite até os seis primeiros meses de vida. Ontem, no lançamento da Semana Mundial de Amamentação no Brasil, o ministro da Saúde, Humberto Costa, assinou dois protocolos de cooperação para a ampliação do programa de estímulo ao aleitamento materno.
O primeiro compromisso foi firmado com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, para ajudar no Programa Fome Zero. Outra parceria, essa com o Ministério das Comunicações, representado pelos Correios, foi feita para que, junto com cartas, as pessoas recebam em casa informativos sobre a importância do leite materno.
A campanha, cujo tema é Aleitamento materno exclusivo: seguro, saudável e sustentável, foi lançada no Instituto Fernandes Figueira (IFF), unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), zona sul do Rio. A madrinha escolhida para a campanha deste ano foi a atriz Maria Paula, que teve a pequena Maria Luisa há três meses. Com o leite do peito, a gente passa anticorpos para o bebê e pode prevenir doenças da vida adulta, disse Maria Paula.
Além do acordo assinado com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome e com os Correios, Costa anunciou que mais 15 bancos de leite materno serão criados até o fim do ano, além dos 172 em funcionamento.
De acordo com João Aprígio Guerra, diretor do banco de leite do IFF e coordenador da Rede Nacional de Bancos de Leite Humano, o Brasil é referência em banco de leite humano no mundo, mas ainda falta informação. Se a gente somar todos os bancos de leite no mundo não dá a metade do que existe aqui no Brasil. Mas, quando as mães têm noção de que o banco existe e que esse leite vai ajudar a salvar vidas, a gente tem uma resposta muito grande.
Jornal de Brasília
11/09/2004
Viva!
Bebê deve ser alimentado apenas com leite
Semana Mundial da Amamentação aconselha que criança deve se alimentar só do peito no seis primeiros meses
Nada de água. Nada de chazinho. Somente leite nos primeiros seis meses de vida do bebê. Essa é a receita simples e o mote da Semana Mundial de Amamentação, coordenada no Brasil pelo Ministério da Saúde, lançada ontem, no Rio de Janeiro, pelo ministro Humberto Costa, mas que começa, na prática, na segunda, 13, e vai até o dia 18 de setembro.
O tema da semana, a alimentação exclusiva com leite materno até os seis meses de idade do bebê, foi definida há três anos pela Aliança Mundial Pró-amamentação, tradução em português para a sigla WABA, Organização Não-Governamental que orienta, em todo o planeta, os rumos da política internacional de aleitamento infantil.
Segundo a dra. Sônia Salviano, coordenadora da Política Nacional de Aleitamento Materno, em entrevista ao Jornal de Brasília, o tema foi validado na 54ª Assembléia Mundial de Saúde, em 2001, a partir de uma proposta brasileira.”Havia um estímulo para que as mães alimentassem o bebê exclusivamente com leite materno até os 4 meses. Do 4º ao 6º mês, havia uma lacuna. E até o ano 2000, vários trabalhos científicos comprovoram a importância da amamentação exclusiva até o sexto mês. O Brasil entrou com uma proposta nesse sentido”.
A dra. Sônia Salviano reforça a oportunidade da campanha: “A alimentação exclusiva com leite materno até os seis meses atende a todas as necessidades vitais da criança para que ela possa crescer com as melhores perspectivas possíveis de saúde. É o Padrão Ouro”.
O “Padrão Ouro” de que fala a coordenadora do Ministério da Saúde é uma espécie de classificação de saúde que está sendo utilizada pelo Unicef (e que inspirou a Campanha do Laço Dourado pela melhor qualidade de vida infantil ), orientada por três eixos: segurança, saúde e sustentabilidade.
A amamentação exclusiva segue, segundo Salviano, essa cartilha. Ela explica que essa atitude é segura porque “além de atender às necessidades bido bebê, o leite materno não traz qualquer risco biológico porque esta rica fonte não leva a nenhuma contaminação ou infecção. E tem todos os anticorpos que ajudam a defender a criança de várias doenças”.
A coordenadora do Ministério da Saúde continua ainda: “O leite é saudável porque contém todos os nutrientes, na quantidade e na dose certa para o bebê. É sustentável porque ao ser produzido pela mãe, não agride ao meio ambiente. E ainda é renovável, ou seja não corre o risco de acabar, caso de alguns elementos da natureza, como a água”.
Jornal de Brasília
11/09/2004
Viva!
Medida certa contra doenças
A dra. Sônia Salviano reforça a importância da amamentação exclusiva até os seis meses explicando que o leite materno, a longo prazo, protege o ser humano de enfermidades da infância, como as diarreicas e as respiratórias, e também daquelas doenças crônicas não-transmissíveis, a exempo de problemas cardiovasculares, diabetes, hipertensão e osteoporose.
A defesa da amamentação exclusiva, no caso, é radical. “É só peito mesmo. Não tem nada de água e nem de chazinho”, defende a coordenadora do ministério. Aí, vem aquela pergunta inevitável em função do clima seco de Brasília nesta época do ano. Mas, o bebê não sofre com esse radicalismo. A médica responde:”80% do leite do peito é composto de água e o que é melhor, sem qualquer contaminação”.
A especialista argumenta ainda que a agua que o bebê toma ajuda a diluir o leite materno, enfraquecendo sua potencialidade. “Além do que, uma aguinha tomada que seja pode levar a um risco de contaminação e com isso mudar todo o curso de vida da criança”, conclui.
Sônia Salviano vai mais longe na defesa do leite materno. Segundo ela, é aconselhável que a mãe amamente o filho até os dois anos para que “além de saudável, ele cresça mais inteligente”. A especialista conta que esta inteligência mais viva é, inclusive, comprovada cientificamente.
O Ministério da Saúde está veiculando uma campanha publicitária para incentivar o aleitamento exclusivo até os seis meses, além de distribuir mais de 250 mil cartazes e folders para conscientizar as mães.
Jornal de Brasília
11/09/2004
Viva!
DF vai reforçar campanha
O Distrito Federal tem um bom histórico na luta em defesa do aleitamento materno. O Hospital Regional de Taguatinha-HRT foi o primeiro a criar um Banco de Leite no DF. Sua performance na área lhe garantia vários prêmios nacionais e internacional, como o Hospital Amigo da Criança, da Unesco.
Por isso, não é de se admirar que o HRT entre de cara na Semana Mundial de Alimentação a partir mesmo de hoje. A partir das 9 horas, cerca de 80 mães que alimentaram exclusivamente suas crianças com leite materno serão homenageadas.
A dra. Miriam Oliveira dos Santos, coordenadora do Banco de Leite do hospital, explica que todas aquelas mães tiveram um acompanhamento do HRT. “São consultas mensais, nas quais se analisa o desenvolvimento da criança, como, por exemplo, se ela está tendo algum problema com a alimentação exclusiva de leite materno, suas reações etc”.
Segundo a médica pediatra, estas consultas servem ainda para dar mais segurança às mães: “Essa é uma nova cultura que estamos tentando implantar e elas ficam em dúvida se só a alimentação com leite materno funciona. E elas percebem com o tempo que sim”.
De acordo com a dra. Miriam, 50% das mães atendidas na rede pública da regional de saúde de Taguatinga seguiram a orientação da alimentação exclusiva até os seis meses. No caso dos quatro primeiros meses de vida, essa estatística aumenta para 64%.
A coordenadora argumenta que a porcentagem, no caso dos seis meses, pode aumentar se houver uma compreensão maior dos patrões e um esforço maior das mães, já que, aquelas que trabalham, depois dos quatro meses de licença maternidade tendem a relaxar na amamentação.
Os postos de saúde de Taguatinga vão estar, durante toda a semana, reforçando a orientação para ampliar o cuidado com a amamentação.
Diário do Nordeste (CE)
11/09/2004
Nacional
Saúde estimula aleitamento materno
Rio – No lançamento da Semana Mundial de Amamentação no Brasil, o ministro da Saúde, Humberto Costa, assinou ontem dois protocolos de cooperação para a ampliação do programa de estímulo ao aleitamento materno no País. O primeiro compromisso foi firmado com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, no sentido de ajudar no Programa Fome Zero. Já a parceria com o Ministério das Comunicações, representado pelos Correios, foi feita para que, junto com cartas, as pessoas recebam em casa informativos sobre a importância do leite materno. A campanha, cujo tema é Aleitamento materno exclusivo: seguro, saudável e sustentável, foi lançada no Instituto Fernandes Figueira (IFF), unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na Zona Sul do Rio. A madrinha escolhida para a campanha deste ano foi a atriz Maria Paula, que teve a pequena Maria Luisa há três meses. Com o leite do peito, a gente passa anticorpos para o bebê e pode prevenir doenças da vida adulta. Além de ser prazeroso, é muito importante, disse Maria Paula, enquanto amamentava o bebê em uma sala do IFF. Além do acordo assinado com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome e com os Correios, Humberto Costa anunciou que mais 15 bancos de leite materno serão criados até o fim do ano, além dos 172 em funcionamento. Essa campanha é importante para sensibilizar a sociedade e as mães quanto à importância do aleitamento.
Queremos reafirmar a idéia de que o melhor alimento para a criança é o leite materno até os dois anos de idade, informou o ministro.
Durante a Semana Mundial de Amamentação, que ocorre entre os dias 13 e 18 de setembro, serão feitas ações de incentivo à amamentação exclusiva, sem o uso de chá, água ou qualquer outro alimento. O projeto Carteiro Amigo da Criança, por exemplo, vai permitir que dez mil carteiros distribuam folhetos sobre os benefícios do leite materno pelo País.
O mais importante para que essa campanha tenha sucesso é que as pessoas sejam bem informadas sobre a importância dele, disse o ministro.
De acordo com o João Aprígio Guerra, diretor do banco de leite do IFF e coordenador da Rede Nacional de Bancos de Leite Humano, o Brasil é referência em banco de leite humano no mundo, mas ele admite que falta informação.
Jornal do Commercio (RJ)
12/09/2004
Rio de Janeiro
Amamentação será estimulada
Ministro assina protocolos no Rio
No lançamento da Semana Mundial de Amamentação no Brasil, o ministro da Saúde, Humberto Costa, assinou no Rio dois protocolos de cooperação para a ampliação do programa de estímulo ao aleitamento materno no País. O primeiro compromisso foi firmado com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, no sentido de ajudar no Programa Fome Zero. Já a parceria com o Ministério das Comunicações, representado pelos Correios, foi feita para que, junto com cartas, as pessoas recebam em casa informativos sobre a importância do leite materno.
A campanha, cujo tema é “Aleitamento materno exclusivo: seguro, saudável e sustentável”, foi lançada no Instituto Fernandes Figueira (IFF), unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na Zona Sul. A madrinha escolhida para a campanha deste ano foi a atriz Maria Paula, que teve a pequena Maria Luisa há três meses. “Com o leite do peito, a gente passa anticorpos para o bebê e pode prevenir doenças da vida adulta. Além de ser prazeroso, é muito importante”, disse Maria Paula, enquanto amamentava o bebê em uma sala do IFF.
Além do acordo assinado com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome e com os Correios, Humberto Costa anunciou que mais 15 bancos de leite materno serão criados até o fim do ano, além dos 172 em funcionamento.
Jornal do Tocantins (TO)
12/09/2004
Estado
Ações que incentivam o aleitamento materno
Amamentação – Semana Mundial começa amanhã com o objetivo de alertar as mães para a importância do leite
Manuela Chiabai
Palmas
A militar Ivanilde Aires Pereira Carlos, 38 anos, já tinha três filhos, de 16, 10 e 5 anos, quando nasceu o caçula Lucas, há dois meses. Mesmo assim, resolveu participar dos programas Criando Vida e Vida Crescida, que o Hospital Padre Luso Materno-Infantil, em Taquaralto, realiza, com o objetivo de conscientizar sobre a importância do aleitamento materno. “Amamentei meus três primeiros filhos até depois dos dois anos de idade e com o Lucas será igual. O leite materno é muito importante para o desenvolvimento da criança, pois possui todos os nutrientes que ela precisa, além disso tem a facilidade de poder amamentar em qualquer lugar e é mais barato”, ensina Ivanilde. A coordenadora dos programas, enfermeira Nalva Rodrigues dos Santos, conta que o Criando Vida, que existe há oito anos, atende a grupos de 25 gestantes por dia, totalizando 150 mulheres, que participam de palestras sobre a amamentação e o parto, através de uma equipe multiprofissional, que conta com enfermeira, nutricionista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, pediatra, ginecologista e obstetra. Desde o início deste ano até a última sexta-feira, participaram do programa 2.796 gestantes. Já o Vida Crescida foi criado há cinco anos e surgiu da necessidade que os profissionais perceberam em acompanhar mais de perto o aleitamento, estimulando a mãe a prosseguir com a amamentação. Ele atende atualmente a 45 mães, três vezes por semana. Em 2004, já foram atendidas pelo programa 700 mães. Os resultados têm sido animadores. Segundo Nalva, 54% das crianças que nasceram no hospital recebem aleitamento materno exclusivo até o 6º mês, conforme preconiza o Ministério da Saúde. “O leite materno é tão completo que se uma criança nasce prematura, o leite já sai rico em gordura suficiente para amamentar aquela criança”, explica a nutricionista do Padre Luso Gizella Diniz Campos. As interessadas em participar dos programas devem procurar o hospital para se inscrever.
Iniciativas como estas serão lembradas a partir de amanhã, quando começa a XIII Semana Mundial de Amamentação (MAM). A SMAM foi criada pela Aliança Mundial pelo Aleitamento Materno (Waba) em parceria com o UNICEF e é celebrada em mais de 120 países. Neste ano, traz o tema Amamentação Exclusiva até o 6º mês: Satisfação, Segurança e Sorrisos. A data vai lembrar a importância do leite materno para a saúde das crianças. A Organização Mundial de Saúde preconiza que até os seis primeiros meses de vida, o único alimento que o bebê precisa é o leite materno. Nada de chás, leite de vaca, papinhas, nem mesmo água. O motivo é simples: o leite materno possui todos os nutrientes – vitaminas, minerais, proteíns, gorduras e água – que a criança necessita nessa idade e seu uso exclusivo é essencial para fortalecer as defesas do organismo e garantir um adequado crescimento e desenvolvimento. A introdução de alimentos complementares só deve acontecer quando o bebê tiver completado 6 meses de idade. Assim, até os 2 anos ou mais, as mães devem continuar amamentando ao mesmo tempo em que oferecem os alimentos consumidos pela família.
Vantagens
Para o bebê:
Alimento completo: contém todos os nutrientes (vitaminas, minerais, gorduras, açúcares e proteínas) apropriados para o organismo do bebê;
Proteção contra infecções e alergias;
Sempre pronto e na temperatura certa;
Amor e carinho – faz o bebê sentir-se querido e seguro;
Bom para a dentição e a fala;
Bom para o desenvolvimento infantil;
Para a mãe, o pai e a família:
Aumenta os laços afetivos;
Dar o peito logo que o bebê nasce diminui o sangramento da mãe após o parto;
É um método natural de planejamento familiar;
Diminui o risco de câncer de mama e ovários;
É econômico e prático. Não precisa ser comprado.
Números ainda são inexpressivos no Tocantins
Palmas – No Tocantins, os números do aleitamento materno ainda deixam a desejar. Em 2003, apenas 31% das crianças menores de seis meses alimentavam-se exclusivamente do leite materno. Apesar de um aumento significativo em relação a 1996, que registrou apenas 9,3%, o dado mais recente ainda está bem abaixo da meta da Secretaria Estadual da Saúde (Sesau), que é de perto de 100%. Com o objetivo de estimular a amamentação, políticas públicas são desenvolvidas pela Sesau, em parceria com o Ministério da Saúde, secretarias municipais de Saúde e entidades. Um dos principais projetos é o Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC). O objetivo é mudar as rotinas hospitalares, tendo em vista a promoção e o incentivo ao aleitamento materno, visando a redução da mortalidade infantil.
Há, atualmente, quatro hospitais no Estado credenciados pelo MS como IHAC – Hospitais Dona Regina e Padre Luso, na Capital, Hospital e Maternidade Dom Orione, em Araguaína, e Hospital de Referência de Augustinópolis. Encontram-se, também em fase de implantação os hospitais de referência de Paraíso, Gurupi e Arraias.
Há, ainda, o banco de leite humano, que funciona no Dona Regina, e o banco de coleta, no Hospital Padre Luso; o Bombeiro Amigo, que capta doadores e realiza coletas domiciliares para o banco de leite, e o Carteiro Amigo, voltado para a capacitação para a promoção do aleitamento materno. Já na Capital, os resultados são bem melhores. Em 2002, 70% das crianças recebiam leite materno exclusivamente até o sexto mês. Em 2003, o índice chega a 80% até o quarto mês. Entre as ações para incentivar o procedimento, de acordo com a coordenadora do programa de Saúde da Criança da secretaria municipal da Saúde, Najat Ata Hassan Ata, destacam-se a formação de grupos de gestantes e mães nas unidades de saúde da família e as visitas domiciliares dos agentes de saúde, quando perguntam às mães sobre alimentação dos bebês. (M.C.)
Programação/Palmas
Amanhã, a partir das 11 horas, distribuição de folders e orientação em frente ao Banco do Brasil da Avenida JK;
Abertura oficial da semana às 15 horas, na Unidade de Saúde da Família, da quadra 305 Norte. Haverá palestra, distribuição de diplomas às mães em aleitamento e lanche.
Dom Orione é exemplo
Joselita Matos
Araguaína – Correspondente
“Vou amamentar este até os seis meses de vida”, diz a costureira Celina Costa Rodrigues, de 41 anos, enquanto amamento seu terceiro filho, que nasceu no começo desta semana, no Hospital e Maternidade Dom Orione, em Araguaína, no Norte do Estado. De acordo com Celina, ela não conseguiu amamentar os dois outros filhos por falta de informação e por problemas de saúde. “Quando tive o primeiro filho não sabia o quanto é importante para a saúde do bebê a sua amamentação. Depois, no segundo, tive uma dor de cabeça muito forte e tive que tomar alguns remédios e, de uma hora para outra, o leite acabou”, lembra com tristeza, mas confiante de que agora tudo vai dar certo. “Ainda mais depois que tive orientações aqui no hospital sobre como amamentar corretametne e também sobre as doenças que posso evitar, tanto para o bebê como para mim”, completa Celina.
O Hospital e Maternidade Dom Orione (HMDO), desde o ano passado, é considerado Hospital Amigo da Criança, através de avaliações e do reconhecimento do Fundo das Nações Unidas (Unicef), Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde. De acordo com a coordenadora do projeto no HMDO, a farmacêutica e bioquímica Maria Giuvoneide Lins Silva de Vasconcelos, para que o hospital fosse credenciado com este título, foi preciso uma série de adaptações. “Primeiro, todos os funcionários passam por uma capacitação de 20 horas, depois repassamos para as mães que são atendidas no hospital a importância da amamentação, suas vantagens e o manejo do aleitamento, além de outros pontos para o desenvolvimento da criança”, ensina. “Antes de receberem alta do hospital, realizamos uma palestra de orientação para todas elas e avisamos que toda segunda-feira tem o retorno para as mães, para que saibamos como está o desempenho da amamentação”, completou.
Resultados
De acordo com Maria Giuvoneide, são realizados cerca de 400 partos por mês no hospital, e o número de mães atendidas chega a mil. “O número de bebês internados, devido à falta de amamentação, vem diminuindo gradativamente com este tipo de trabalho que realizamos aqui, chegando a mais de 90% de redução”, afirma. “Têm muitas mães que chegam cruas, não sabendo o porque de amamentar o seu filho no peito, da importância deste ato, mas com o acompanhamento e com a palestra feitos na unidade, elas mudam de idéia e mudam de atitude rapidamente.”
Segundo a coordenadora do programa, o banco de leite do hospital ainda não foi instalado totalmente, funcionado apenas a parte ambulatorial, que funciona com esse tipo de acompanhamento para as mães. “Faltam recursos financeiros e parceiras para podermos instalar o banco de leite; temos pessoal capacitado e espaço físico, mas faltam os aparelhos para fazer a pasteurização e armazenamento do material”, revela.
Programação/Araguaína
Abertura oficial amanhã, às 16 horas, no Espaço Cultural Agnaldo Borges Pinto, com dramatizações e palestras com psicólogos;
De 14 a 17 de setembro, reuniões nas unidades básicas de saúde com grávidas; palestras em escolas municipais e exposições com material informativo em vários pontos da cidade.
Postos oferecem palestras
Alessandra Bacelar
Gurupi – Correspondente
Em Gurupi, o aleitamento materno é discutido nos postos de saúde. Regularmente, são oferecidas palestras de incentivo às mães para que adotem a prática da amamentação. Elas também aprendem o quanto é importante para o bebê receber o leite materno nos primeiros seis meses de vida. No Hospital de Referência não existe nenhum programa específico direcionado às mães sobre aleitamento, mas duas fonoaudiólogas visitam todos os dias as mães que estão internadas e explicam como deve ser feito o aleitamento. Segundo a coordenadora de enfermagem, Ana Cristina Melo, esse trabalho vem ajudando bastante. “A gente sabe que nos postos as mães recebem informações, mas aqui no hospital é diferente, elas estão com seus filhos e é ali que vão aliar a teoria com a prática.” Na semana do aleitamento materno, todos os dias vão ser realizadas palestras educativas. Duas fonoaudiológas e três enfermeiras vão fazer palestras no setor de obstetrícia do hospital, de amanhã até sexta-feira, sempre às 9 horas.
Folha Popular (TO)
12/09/2004
Estado
Saúde realiza atividades para promover aleitamento
Fabíola Casado
DA equipe da folha
A Sesau (Secretaria de Estado da Saúde) definiu a programação que será realizada no Tocantins durante a XIII Semana Mundial da Amamentação, comemorada de 12 a 18 deste mês.
O tema deste ano é “Amamentação Exclusiva até o 6º mês: Saúde, Segurança e Sorrisos”, com o objetivo de garantir a todas as crianças o direito à alimentação saudável e à amamentação exclusiva até 6 meses de idade e continuada até dois anos ou mais.
No Tocantins, a Sesau comemora a atividade desde 1997 juntamente com o Ministério da Saúde e outras instituições que atuam no incentivo e promoção do aleitamento Materno no País.
A programação no Estado se inicia amanhã, com a realização de duas palestras – uma com a coordenadora do Banco de Leite Humano da maternidade D. Regina, Valkiria Pinheiro, e outra com a nutricionista que atua na equipe do Aleitamento Materno do Padre Luso Gisele Campos de Lins. A abertura será às 15h, na sala de reuniões da Secretaria, seguida das palestras.
comemorações
Durante as comemorações, os 139 municípios tocantinenses vão desenvolver diversas atividades referentes ao tema, de acordo com programações locais e reafirmando o compromisso do País em implementar políticas públicas que promovam e protejam a amamentação como estratégia fundamental na redução da morbimortalidade infantil.
Ações
Em 2000, foi implantado o Projeto “Carteiro Amigo”, numa parceria entre Sesau, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no Tocantins e Ministério da Saúde.
O projeto é voltado ao treinamento de carteiros para a promoção do aleitamento materno, com entrega de folderes sobre amamentação. Inicialmente, o trabalho foi desenvolvido em Palmas, e em 2002, foi ampliado para Araguaína e Gurupi e, atualmente, são mais de 105 carteiros capacitados em aleitamento materno pela Secretaria de Estado da Saúde.
Em 2002, foi implantado um BLH – Banco de Leite Humano, funcionando no hospital Dona Regina em Palmas e um BLH – em fase de implantação – no Hospital e Maternidade D.
Orione em Araguaína. Esses bancos proporcionam atendimento às mães e bebês prematuros, aos de baixo peso e aos que não podem temporariamente ou definitivamente receber leite materno de suas mães.
Em 2003, foi implantado o Projeto Bombeiro Amigo, com o objetivo de captar doadoras e realizar coleta domiciliar do leite materno para o Banco de Leite Humano e orientar quanto à importância do aleitamento materno. A Sesau tornou disponível um veículo para os bombeiros desenvolverem estas atividades nos domicílios.
semana mundial
A Semana Mundial da Amamentação é uma atividade anual comemorada em cerca de 180 países. A Semana é uma iniciativa da Waba – Word Alliance for Breast-Feeding Action, que é uma Aliança Mundial para interligar diferentes organizações que já realizavam ações de incentivo ao aleitamento materno, tendo sido iniciada em 1992. Atualmente, as estratégias utilizadas para redução da mortalidade infantil, no Estado, contam com quatro hospitais maternidades, por meio da iniciativa “Hospitais Amigos da Criança”.
São eles: Maternidade Dona Regina e Hospital e Maternidade Padre Luso (implantados desde 2002), em Palmas; Hospital e Maternidade Dom Orione em Araguaína e o Hosp. Maternidade de Augustinópolis (implantados desde 2003).
Diário do Nordeste (CE)
12/09/2004
Cidade
Aleitamento é bom para mãe e bebê
Amamentar não deixa a mama flácida, faz com que a mulher volte a usar as mesmas roupas de antes da gravidez e é fundamental para proteger o bebê de doenças como diarréia e pneumonia, reduzindo de forma considerável a mortalidade infantil.
Em 1987, no Ceará, menos de 1% das crianças eram amamentadas até um mês de vida e o nível de mortalidade estava em 106 para cada mil nascidas vivas. Hoje, mais de 65% são amamentadas até quatro meses de vida e o índice foi reduzido a 22,23 mortes para cada mil nascidas vidas, conforme dados do Ministério da Saúde de 2003 (sem contar Fortaleza).
Forte e completo, o leito materno deve ser o único alimento do bebê até os seis meses de vida. Neste período, mudança na alimentação só se for do peito direito para o esquerdo. É com este slogan que foi aberta, na última sexta-feira, a Semana Mundial da Amamentação, coordenada pelo Ministério da Saúde, em solenidade no Rio de Janeiro.
Em Fortaleza, a abertura oficial será amanhã, 13, às 9 horas, no Hospital César Cals. Na solenidade serão homenageados com o título “Amigo da Amamentação” a Sociedade Cearense de Pediatria (Socep), a Secretaria Municipal de Tejuçuoca e o fotógrafo José Albano que, na próxima quinta-feira, dia 16, a partir de 9 horas, leva a exposição “Aleitamento materno e a emoção através das lentes” para o Hospital Geral de Fortaleza (HGF). As fotos são da sua filha, hoje com 27 anos.
PRÉ-NATAL – O tema da Semana Mundial de Amamentação é “Aleitamento materno exclusivo: seguro, saudável e sustentável”. De acordo com a coordenadora da Célula de Atenção à Criança, Diva Fernandes, é no pré-natal que as mães reforçam a saúde do bebê e garantem a boa gestação.
“O acompanhamento deve começar antes do terceiro mês de gravidez e os médicos devem pedir exames como HIV, sumário de urina, hemograma e não só o ultra-som”, alerta Diva. “Todos estão disponíves na rede pública e são imprescindíveis. Até o parto, o médico vai orientar a mãe sobre a importância do aleitamento”, explica.
Não há leite fraco e nem regra para o bebê mamar. “A criança deve mamar sempre que quiser e não de três em três horas. O peito só fica flácido dependendo do tamanho e da genética”.
O Dia (RJ)
13/09/2004
Ciência
Até os seis meses, só no peito
Semana mundial de amamentação começa hoje e tem como tema aleitamento materno exclusivo
Até seis meses, mudança na alimentação do bebê só se for do peito direito para o esquerdo. Este é o slogan deste ano da Semana Mundial da Amamentação, que começa hoje e vai até o dia 18. O tema central será aleitamento materno exclusivo, seguro, saudável e sustentável. Objetivo da campanha é mostrar às gestantes que o leite materno é essencial para a saúde do bebê, prevenindo doenças, como alguns tipos de câncer e diabetes.
A campanha terá como madrinha a atriz e humorista Maria Paula, que deu à luz primeira filha, Maria Luiza, no dia 18 de Junho. “No início foi difícil. Não sabia direito como fazer para amamentar. Hoje em dia, acho maravilhoso. É uma sensação indescritível. Vou continuar amamentando minha filha só com leite de peito até os seis meses”, afirma.
De acordo com a presidente do Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria, Elsa Giugliani, a última pesquisa realizada em 1999 em âmbito nacional pelo Ministério da Saúde mostrou que, no País, a média de amamentação em crianças com menos de um ano é de 23 dias. “Isso se dá por causa do acréscimo de água e chá, além de leite de vaca, na alimentação do bebê.”
Amamentação mista após seis meses
Elsa afirma que não há vantagens em se iniciar os alimentos complementares antes dos seis meses. “A amamentação deve ser exclusiva nesse período. Os leites de vaca e cabra possuem proteínas que não são bem recebidas pelo organismo imaturo da criança”, diz.
De acordo com a especialista, incluir alimentos na dieta do bebê pode causar diarréias, pneumonia e infecções: “As chances da mamadeira estar contaminada são grandes e a criança fica mais vulnerável.”
Após o período de seis meses, começa a amamentação mista. “Podem ser acrescentados alimentos de todas as categorias, que devem ser amassados e não batidos no liquidificador.
Mensagens de estímulo são exibidas para todo o Brasil
A campanha da amamentação promovida pelo Ministério da Saúde está nas ruas. As ações acontecem por todo o Brasil, com exibição de filmes de 30 segundos nos canais abertos de TV e em rádio. Eles trazem testemunho de estímulo ao aleitamento da atriz Maria Paula. As mensagens vão ao ar até dia 19.
O Ministério da Saúde distribuirá na semana da amamentação 250 mil cartazes e publicará anúncios em revistas e sites de entidades que tenham relação com amamentação. Além de estimular aleitamento nos primeiros seis meses de vida, a campanha incentiva a amamentação total da criança: leite materno complementado com alimentos adequados até pelo menos os dois anos.
O Dia (RJ)
13/09/2004
Ciência
Rede Sesc-Senac promove debate
Em homenagem à Semana da Amamentação, a rede Sesc-Senac de Teleconferências promove, quinta-feira, às 15h, o debate Amamentação: por uma vida melhor. Conduzida por Sonia Salviano, do Ministério da Saúde, e João Aprígio, da Fundação Oswaldo Cruz, a teleconferência será transmitida para mais de 400 pontos de recepção. Quem quiser participar deve acessar www.senac.br e verificar o local mais próximo de casa.
Diário Catarinense (SC)
13/09/2004
Geral
Amamentação garante a vida
O gesto de amamentar tem a partir de hoje a atenção dos órgãos de saúde com a abertura da Semana Mundial da Amamentação. O Ministério da Saúde deflagra a campanha com o slogan: até seis meses, mudança na alimentação do bebê só se for do peito direito para o esquerdo.
A campanha, que se encerra no dia 18, chama a atenção das mães para a importância da amamentação para a saúde do bebê. A semana tem o tema “Aleitamento materno exclusivo: seguro, saudável e sustentável”.
A atriz Maria Paula Fidalgo – apresentadora do programa Casseta e Planeta Urgente – é a estrela da campanha em comerciais de TV, de 30 segundos, e rádio, de 15 segundos. Maria Paula deu à luz uma menina recentemente. Ela incentiva o aleitamento nos comerciais. As mensagens vão ao ar até o dia 19 de setembro.
O Ministério da Saúde planeja distribuir, ao longo da semana, 250 mil cartazes da campanha em todo o país. Haverá ainda anúncios em revistas e publicação de banners em sites de entidades relacionadas ao tema.
O objetivo da campanha é conscientizar mães como a dona de casa Adriana Vieira Lima, de 18 anos. Ela deu luz ao primeiro filho, no sábado, na maternidade do Hospital Universitário (HU), em Florianópolis. Kelvyn nasceu com 2,290 quilos e não pára de mamar no seio.
– É fundamental amamentar e é também uma boa experiência – conta Adriana.
Gesto traz intimidade com bebê, diz mãe
Como mãe mais experiente, a técnica de enfermagem Aline Quiroga de Lima, de 31 anos, lembra que além da saúde o gesto traz também mais intimidade entre mãe e bebê. Na sexta-feira, Aline deu luz à segunda filha, Julia, também no HU. No alojamento conjunto, Aline amamenta a menina, acompanhada da filha mais velha, Nathalia, de oito anos, que mamou até os oito meses de idade.
– É como uma troca de carinho entre a mãe e o bebê e, além de tudo, é muito saudável – diz Aline.
Para que as crianças cresçam saudáveis, o Ministério da Saúde recomenda, além da amamentação exclusiva nos seis primeiros meses de vida do bebê, a amamentação total (leite materno complementado com alimentos adequados à idade) até os dois anos ou mais.
Diário Catarinense (SC)
13/09/2004
Geral
Fome Zero participa do programa
O Programa Fome Zero e os Correios vão ajudar o Ministério da Saúde na campanha pelo aleitamento materno e a nutrição infantil. Na abertura da Semana Mundial da Amamentação, foram assinados dois protocolos de atuação conjunta.
Um dos acordos, celebrado entre os ministérios da Saúde e o de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, está voltado ao apoio à execução de ações de incentivo ao aleitamento materno dentro do Programa Fome Zero. A iniciativa tem com o objetivo garantir educação alimentar e nutricional para elevar o nível de saúde e de qualidade de vida das crianças.
O outro protocolo, firmado entre os ministérios da Saúde e das Comunicações e os Correios, renova por mais um ano o Projeto Carteiro Amigo – Incentivo ao Aleitamento Materno. Carteiros de todas as regiões brasileiras distribuíram mais de 1 milhão de fôlderes da Campanha Nacional da Amamentação.
A expectativa é a de que a ação dissemine informações sobre a importância do aleitamento materno e resgate a prática da amamentação, bem como reforce a afetividade entre mãe e filho, e diminua a mortalidade de crianças.
Folha de Boa Vista (RR)
13/09/2004
Cidades
Semana mundial de incentivo ao aleitamento materno começa hoje
SHENEVILLE ARAÚJO
Com o lema ” Até seis meses, mudança na alimentação do bebê só se for do peito direito para o esquerdo”, a s emana Mundial da Amamentação 2004, promovida pela Sociedade Brasileira de Pediatria e Ministério da Saúde começa hoje e vai até sábado, dia 18, com ações de incentivo à amamentação exclusiva, sem água, chá ou qualquer outro alimento, nos primeiros seis meses de vida do bebê .
Segundo a coordenadora estadual do Banco de Leite Humano, Claristela da Rosa, o aleitamento materno é a melhor alternativa para crianças até os seis primeiros meses porque é o alimento mais completo nesse período, atendendo a todas as necessidades das crianças nos primeiros anos de vida, além de ajudar na prevenção e tratamento de doenças, pois é a única nutrição capaz de evitar contaminações e infecções.
Ela explica que o leite materno é personalizado, ou seja, cada mãe produz o leite especialmente para seu filho em diferentes momentos do seu desenvolvimento, pois ele vai se modificando, amadurecendo, de acordo com as modificações no organismo da criança e conseqüentemente com suas novas necessidades. Por isso o leite materno possui três fases: o colostro, o leite de transição e o maduro.
Além disso, o aleitamento materno pode trazer uma série de outras vantagens às crianças como o aumento da imunidade, o que possibilita menos diarréias, menos doenças respiratórias e infecção de ouvido; melhor digestão; um crescimento mais rápido e um desenvolvimento melhor da fala, respiração e dentição.
“A amamentação é uma forma de fortalecer o vínculo mãe e filho, pois é uma maneira especial de comunicação entre os dois. Durante a amamentação a criança adquire desde cedo afeto e confiança, aprendendo logo a se comunicar também o que contribui muito para a sua saúde mental. Assim, são tantos benefícios que se pode dizer que o aleitamento materno traz benefícios para a vida inteira”, destacou Claristela.
Mas aleitamento materno não traz vantagens só para a criança. A mãe também é beneficiada ao amamentar, pois com a prática ela perde menos sangue depois do parto e passa a ter um risco menor de ter câncer de mama ou ovário. Além disso, a mulher que amamenta só no peito nos seis primeiros meses de seu filho, perde mais rápido o peso acumulado na gravidez e dificilmente vai engravidar.
MATERNIDADE – Ainda segundo Claristela da Rosa, no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazaré, o trabalho de estímulo e aconselhamento ao aleitamento materno é desenvolvido constantemente junto às mães.
A coordenadora informou que são poucas as mães que não querem amamentar, geralmente por conta de algum abalo psicológico causado por problemas como falta de estrutura familiar. Para isso, uma equipe formada por psicólogos e assistentes sociais trabalham para que essas mães superem o problema e possam atender seus filhos da melhor maneira.
Além da equipe do Banco de Leite, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) está capacitando toda a equipe da Maternidade para que o trabalho seja do conhecimento de todos os funcionários do hospital e desenvolvido com maior eficiência.
A dona de casa, Jordânia de Oliveira, está se esforçando para amamentar seu primeiro filho. Ela disse que logo no início dói e parece que o leite ainda é pouco, mas mesmo assim insiste em amamentá-lo. “Sei que é importante. É um pouco dolorido no início, mas depois a sensação de estar alimentando seu filho é boa. Vou continuar dando o peito até quando ele quiser”, declarou.
A professora Patrícia Albuquerque que acabou de ganhar seu segundo filho, sempre fez questão de amamentar seus bebês, pois sabe da importância do aleitamento materno para a saúde das crianças.
“Mesmo trabalhando sempre dei um jeito de amamentar meu primeiro filho, ou o levava para a escola junto comigo, ou dava uma saidinha, mas nunca deixava de amamentá-lo. Com o meu segundo vai ser da mesma forma”, declarou.
Além de ser consciente da importância da amamentação direta da mãe, Patrícia também sabe a importância de doar o leite em excesso. Ela já foi doadora durante a amamentação de seu primeiro filho e disse que se seu leite novamente tiver excedente pretende doar. “Quando sobra é bem melhor doar e beneficiar as crianças que precisam, que jogar fora”, destacou.
Folha de Pernanbuco (PE)
13/09/2004
Grande Recife
Campanha exalta amamentação
Semana Mundial de Aleitamento começa hoje
Lamir Verçoza
A programação da Semana Mundial de Aleitamento Materno no Recife será aberta hoje, com uma exposição de fotos, cartazes e painéis no hall do Hospital das Clínicas (HC), na Cidade Universitária.
Até o próximo sábado, o Brasil inteiro estará discutindo o assunto, que este ano tem como tema Aleitamento materno exclusivo: seguro, saudável e sustentável.
Na terça-feira, a programação segue no HC com um café da manhã oferecido às gestantes, mães, acompanhantes e aos profissionais de saúde que estiverem pela unidade. Em seguida, um casal de atores vai circular pelo prédio, orientando as mulheres sobre a importância da amamentação. No dia seguinte, a partir das 15h, haverá apresentação de teatro com fantoches no alojamento da maternidade do HC.
No dia 16, a encenação acontece na Enfermaria de Pediatria, às 10h. Na sexta, serão exibidos programas educativos sobre o tema nas salas de espera dos ambulatórios de Ginecologia, Puericultura e no alojamento. Ainda nesse dia, o evento ganha as ruas com uma apresentação de marionetes na comunidade de Brasilit, localizada perto do HC.
A campanha nacional da amamentação, promovida pelo Ministério da Saúde, está sendo veiculada em canais abertos de TV e nas emissoras de rádio. Com o slogan Até seis meses, mudança na alimentação do bebê só ser for do peito direito para o esquerdo, a propaganda estimula o público feminino a oferecer exclusivamente o leite materno, durante o primeiro semestre de vida dos filhos.
As mensagens vão ao ar até o próximo domingo. Durante este período, o Governo Federal estará distribuindo, para todo o País, 250 mil cartazes, além de publicar anúncios da campanha em revistas especializadas e em sites de entidades ligadas ao tema. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o aleitamento é fundamental para a prevenção de doenças graves em crianças. Um bebê que não se alimenta do peito tem 14 vezes mais chances, por exemplo, de morrer por diarréia.