Poemas para almas apressadas
Luís Alberto Mussa Tavares
Tanta palavra,
Tanto trabalho,
Tanto diagnostico
Avassalador,
Tanta cultura
Entre a dor e a cura,
Tanta procura
Pelo fim da dor,
Tanta rotina,
Tanto medicamento,
Tanto equipamento
De alto valor,
E nada disso,
Aparentemente,
É suficiente
Pra garantir um cuidador…
É necessário
Mais do que técnica,
Mais do que máquina
Ou do que titulo
De Doutor…
A tecnologia
Não acaba com a tristeza,
O antibiótico
Não trata o sofredor…
É necessário
Revirar o dicionário
Para encontrar
Uma fonte de calor
Que afaste o medo
E faça companhia
Sem se importar
Com nome, idade ou cor…
É assim o amor…
É ele o que nos basta.
Sem ele tudo é fraco
E enganador.
Experimente algum dia
Não ter nada,
Além de um simples olhar
Confortador,
Além de um aperto de mão
Ou de um sorriso,
Além de um gesto
Doce e apoiador…
Experimente nesse dia
Não ter nada,
E esse dia será
Revelador
Porque não será preciso
Mais que nada
Se, tendo nada,
Você tiver amor…
Porque a vida sem amor
É uma vida esvaziada
Mas que pode ser transformada
Pelo amor…
Amor que é tudo de bom,
Que a tudo agrada,
Amor essencial,
Profundo amor…
Compartilhando…
Esta é uma obra de domínio publico.
Seu conteúdo pode ser reproduzido, compartilhado, modificado completamente ou em parte sem necessidade de autorização ou citação dos créditos autorais.
É também permitido copiar, mostrar, baixar, distribuir, reproduzir, republicar ou retransmitir qualquer informação, texto ou ilustração deste volume, em qualquer meio eletrônico ou fisico, bem como criar qualquer trabalho derivado com base nessas imagens, textos ou documentos sem o consentimento do autor, sendo recomendado, entretanto, que se evite sua comercialização.
Uma cópia digital para livre download está disponivel no site alemdauti.com.br
A poesia sopra onde quer. Tentar aprisioná-la é priva-la de sua liberdade.
Simples assim:
A palavra, depois de escrita, não tem dono,
Se fica guardada, não tem serventia,
Guardar a palavra é condená-la ao abandono,
Guardar a palavra é subtrair-lhe a poesia…
A palavra, se guardada, é um Rei sem trono,
É um Pedro Alvares Cabral sem a Bahia.
Mas uma vez espalhada, perde o sono,
Disseminada, cai na folia…
Compartilhar a palavra é um mandamento
Que permite à palavra o livramento
E que tempera a palavra com alegria…
Compartilhar a palavra, incondicionalmente,
É permitir-lhe a liberdade inconsequente,
É entregar-lhe a sua carta de alforria…
Índice |
|
|
|
|
|
As mãos da amiga e as mãos de Deus |
2 |
Os poemas para almas apressadas. |
3 |
Palavras maternas. Livia Ressiguier |
4 |
Apresentação. Ricardo Jhones |
5 |
A dor |
6 |
A Lei de Deus |
7 |
A mãe e o filho |
8 |
Às mães de UTI |
9 |
A mãe prematura |
10 |
Amamentando |
11 |
A tempestade |
12 |
As trinta gramas |
17 |
Canção do exilio |
18 |
Canção para te fazer sonhar |
19 |
Canguruzinho |
21 |
Colostroterapia |
23 |
Comunicação |
24 |
Constatação |
25 |
Desabafo |
26 |
Descobrimento |
27 |
Itinerário |
28 |
Mães |
31 |
Mamiferozinho |
33 |
Nascimento |
35 |
O banho |
36 |
O bebezinho na rede |
|
O cuidador |
37 |
O olhar |
38 |
O pai canguru |
39 |
Oração pelas mães de UTI |
43 |
Oração pelos meus cuidadores |
44 |
Os prematuros extremos |
|
Poeminha para Anna Clara |
45 |
Quem cuida das mães de UTI? |
46 |
Reconhecimento |
48 |
Treze Milhões |
49 |
Uma canção amiga |
50 |
Universalidade |
51 |
Manifesto prematuro |
52 |
Edição comemorativa do
II Encontro de Pais e Cuidadores de Bebês Prematuros
Campos dos Goytacazes
15 e 16 de maio de 2014
Baixe aqui no nosso Slide Share todo o conteúdo do livro:
http://pt.slideshare.net/Marcusrenato/poemas-para-almas-apressadas