Programa de TV aborda:
o papel dos pais na criação dos filhos
Por Endrigo Annyston Observatório da TV
Ao observar o cotidiano de Londres, Nathália Fernandes, que foi integrante da equipe de repórteres do Profissão Repórter no início do programa, viu uma realidade familiar diferente da encontrada no Brasil: o caso de pais que abriram mão de oportunidades profissionais para passar mais tempo com os filhos, enquanto as mães trabalham o dia todo.
São os “stay at home dads”, pais que ficam em casa. A partir da opção estas famílias, a atração discutiu, nesta quarta-feira, dia 19/10/2016, o papel dos pais na criação dos filhos.
Por aqui, apesar de sancionada em março deste ano, a licença-paternidade ainda é pouco adotada pelas empresas. Na realidade, muitos pais têm de conciliar o nascimento do filho com o trabalho. A repórter Eliane Scardovelli conversa com cerca de 30 pais em uma maternidade de Guarulhos (SP) e a maioria deles não ia ter nenhum dia de licença. Assim é o caso de Gilberto, que no mesmo dia em que a filha nasceu, já teve de voltar ao trabalho. Já Sidney teve mais sorte e garantiu os 20 dias de licença na empresa onde trabalha.
“Mostramos a diferença da presença do pai nesse comecinho da vida do bebê, com o pai dividindo as tarefas, acompanhando o filho em uma consulta ao pediatra”, explica Eliane. Ela ainda passa uma noite em cada casa para mostrar a diferença entre as duas realidades.
Uma situação ainda mais complicada é a vivida por 5 milhões de crianças brasileiras que não têm o nome do pai em seus registros. No Rio Grande do Sul, o repórter Manoel Soares acompanha a batalha de Jessica, uma jovem de 21 anos que foi buscar ajuda da defensoria pública para que o filho não faça mais parte dessa estatística.
No Brasil, poucas empresas já aderiram à nova licença paternidade, de 20 dias. A nova licença foi garantida por uma lei aprovada em março, mas só será obrigatória para as empresas chamadas cidadãs a partir de janeiro.
Quatro milhões de brasileiros não têm o nome do pai no registro
A falta do nome do pai no registro de nascimento ainda é uma realidade para quatro milhões de crianças brasileiras. Segundo o IBGE, só no estado do Rio Grande do Sul 200 mil crianças não têm o nome do pai na certidão.
Nos EUA, Canadá e em alguns países da Europa, como na Inglaterra, os pais estão abrindo mão de oportunidades profissionais para passar mais tempo com os filhos, enquanto as mães trabalham o dia todo. São os “stay at home dads”, pais que ficam em casa.
Comentário:
O foco do programa foi na questão da licença paternidade e do registro civil, no caso, a falta dele.
Apesar de faltar uma discussão mais ampla – o programa foi bem focado em três experiências individuais:
· um pai que tirou 20 dias de licença,
· um que não tirou licença e de
· um pai q fica em casa cuidado do filho.
Achei o saldo bem positivo pois mostrou como o acesso à licença é limitado (mostra que muitos homens nem tiram) e como o tempo da licença faz diferença no vinculo e participação dos pais.
Disponível nesse link: http://g1.globo.com/profissao-reporter/
Abraços,
Mariana Azevedo
Coordenadora Geral do Instituto PAPAI e Coordenadora do GT Homens pela Primeira Infância
Aleitamento.com pesquisou:
EUA e Canadá têm uma organizada
Rede Nacional de Pais “do lar”
The National At-Home Dad Network
O “At-Home Dad” é uma rede nacional, uma ONG sem fins lucrativos, com a finalidade principal de capacitar pais e defender uma cultura que os reconhece como homens capazes e competentes para cuidar dos filhos.
Sua missão é prestar apoio, educação e defesa (advocacy) para os pais que estão como os principais cuidadores de seus filhos.
Uma forma de fazer isso é através de sua Convenção (congresso) anual que possibilita oportunidade para pais cuidadores domiciliares para se conectar com outros homens que desempenham o mesmo papel de cuidar de sua família e perceberem que não estão sós.
Em 2016 a Convenção (“HomeDadCon”) estará comemorando seu 21º ano, e é o segundo evento mais antigo sobre paternidade no país, ainda orgulhosamente organizado por pais para pais.
A organização At-Home Dad tem mais de 2.600 filiados em 69 cidades em todo os EUA e Canadá, dedicada à prestação de apoio, educação e sensibilização para os pais que são os principais cuidadores de seus filhos.
Parabéns ao programa Profissão Repórter por abordar questões de PATERNIDADE.