Medidas de incentivo ao aleitamento materno
O ministro da Saúde, Humberto Costa, assinou hoje (02/10) portarias instituindo o dia 1º de outubro como o “Dia Nacional de Doação do Leite Humano” e criando a comissão organizadora do II Congresso Internacional e IV Congresso Brasileiro de Bancos de Leite Humano. As medidas têm como objetivo apoiar e promover a prática da amamentação natural para o combate à desnutrição e à mortalidade infantil e também difundir e possibilitar a troca de tecnologias em bancos de leite. O Brasil possui a maior e mais complexa rede de bancos de leite do mundo – 163 unidades.
Ainda dentro das comemorações da Semana Mundial da Amamentação, o ministério da Saúde homenageia a senhora Ilza Pereira da Silva, doadora mais antiga de leite materno no país – sua primeira doação aconteceu em 1968. Também serão homenageados um banco de leite e 13 hospitais considerados de referência na prática do “Mãe-Canguru” (método no qual as crianças que nascem com baixo peso ficam em contato com a pele da mãe e/ou do pai e são alimentadas com leite humano até alcançarem o peso ideal).
Ações
O Ministério da Saúde está investindo maciçamente na expansão e qualificação da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano – reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Para isso, estão sendo elaborados convênios com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para reequipamento da rede e com o Instituto Materno-Infantil de Pernambuco (IMIP) para viabilizar a instalação de dez novos bancos de leite nas regiões Norte e Nordeste.
A distribuição dos novos bancos de leite observará o redesenho e regionalização da assistência ao recém-nascido e à gestante de risco, para promover maior acesso da população a este serviço.
Esta tecnologia foi transferida para a Venezuela, onde já existem cinco bancos em funcionamento e projeto de criação de mais 13 unidades. Em agosto deste ano, em um seminário realizado na capital do Equador (Quito), com a participação de profissionais do Equador, Colômbia, El Salvador, Peru e Guatemala teve início o programa de cooperação técnica internacional para transferência de tecnologia no âmbito dos Bancos de Leite Humano, segundo o modelo do Brasil. Esta é uma estratégia do governo brasileiro na busca da cooperação de países co-irmãos da América Latina.
Aleitamento materno
A amamentação, quando praticada de forma exclusiva até os seis meses de vida do bebê e complementada com alimentados apropriados até os dois anos de idade ou mais, é de extrema importância para o crescimento, desenvolvimento e prevenção de doenças na infância e idade adulta.
Evidências científicas atuais comprovam que o leite humano proporciona melhor desenvolvimento infantil, com elevação no nível de inteligência nas crianças amamentadas no peito. Para incentivar essa prática, a mãe deve ter acesso às informações corretas e adequadas sobre o aleitamento natural; sobre os riscos dos leites artificiais, o uso prejudicial de chupetas e mamadeiras nos primeiros anos de vida e as vantagens da amamentação no fortalecimento do vínculo mãe-filho e na prevenção da violência.
Semana Mundial de Amamentação
A Semana Mundial de Amamentação, idealizada pela Waba/OMS (Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno) no Brasil, é coordenada pelo Ministério da Saúde desde 1999 e implementada todos os anos no período de 01 a 07 de outubro, em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. A idéia é mobilizar todos os segmentos da sociedade em prol da promoção do aleitamento natural.
A mobilização é crescente a cada ano, com o apoio efetivo das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, ONGs, Organismos Internacionais, Sociedades de Classe, Hospitais Amigos da Criança, Bancos de Leite Humano, Empresa Brasileira de Correios e outros parceiros importantes.
São as seguintes as instituições homenageadas:
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Hospital Maternidade Alexandre Fleming (RJ);
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Hospital Herculano Pinheiro (RJ);
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Hospital Maternidade Leila Diniz (RJ);
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Hospital Instituto Fernandes Magalhães (RJ);
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Hospital Maternidade Carmela Dutra (RJ);
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Hospital Geral de Itapecerica da Serra (SP);
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Maternidade N.S. do Rosário de Curitiba (PR);
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Hospital Municipal Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva (antigo vila Nova Cachoeirinha) (SP);
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Maternidade Escola Assis Chateaubriand (CE);
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Hospital Maternidade Oswaldo Nazaré – (Hospital Praça XV (RJ);
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Hospital São Vicente de Paula (CE);
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Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (MA);
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Hospital Regional de Taguatinga (DF);
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Banco de Leite Humano da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (PA);
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lza Pereira da Silva – Doadora mais antiga – doou a 1ª vez em 1968 (Marlon Xavier de Souza – Filho da doadora).
Dia Nacional de doação de leite materno
A solidariedade ganhou uma nova data comemorativa. O ministro da Saúde, Humberto Costa, assinou hoje (02/10) portaria instituindo o dia 1º de outubro como o Dia Nacional do Leite Humano, durante a solenidade de abertura da Semana Mundial da Amamentação. O evento contou com a participação do ministro extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome, José Graziano da Silva.
De acordo com Humberto Costa, a amamentação é fundamental para o desenvolvimento físico e psíquico da criança. “Quando instituímos uma data nacional, o tema a que ela se refere começa a ser discutido por toda a sociedade”, ressaltou. Ele homenageou a mais antiga doadora de leite materno do Brasil, Ilza Pereira da Silva, que fez a sua primeira doação em 1968.
O ministro da Saúde também assinou as portarias criando a comissão organizadora do II Congresso Internacional e IV Congresso Brasileiro de Bancos de Leite Humano. As medidas visam apoiar e promover a prática da amamentação natural para o combate à desnutrição e à mortalidade infantil e também difundir e possibilitar a troca de tecnologias em bancos de leite. O Brasil possui a maior e mais complexa rede de bancos de leite do mundo com 163 unidades.
O ministro José Graziano destacou que o Ministério da Segurança Alimentar e Combate à Fome trabalham em sinergia com as ações de saúde e nutrição. “Uma de nossas prioridades é fazer parceria com o Ministério da Saúde”, afirmou. Ele citou como exemplo dessa parceria os 15 mil voluntários do Programa Saúde da Família que fazem parte dos comitês gestores do programa Fome Zero, além do trabalho conjunto com a equipe do Bolsa Alimentação. “Desde março, duplicamos a quantidade de bolsas alimentação distribuídas nos municípios do semi-árido nordestino”, frisou.