Breast-feeding promotes wound healing
Estudo com ratos realimenta o debate amamentação-versus-mamadeira.
Foto: Ocitocina, hormônio estimulante da lactação, diminui hormônios do stress. © GettyImages
Amamentar pode ajudar no desaparecimento gradual dos ferimentos provocados pelo parto. A lactação acelera a cura de ferimentos e diminui o nível de stress nos ratos, disseram os pesquisadores, essa semana, no Encontro anual da Sociedade de Neurociência em New Orleans, Loisiania.
“É muito provável que mães que amamentam seus filhos recém-nascidos, tenham o processo de cicatrização de tecidos acelerado em relação as mães alimentam seus filhos com mamadeira, disse Tara Craft da Universidade de Ohio em Columbus, que estudou os ratos.
Os resultados podem realimentar o debate amamentação-versus-mamadeira. Defensores da Amamentação ao seio afirmam que bebês amamentados têm menos alergias, infecções e transtornos gastrointestinais. Os benefícios à saúde materna, entretanto, são freqüentemente pouco estudados. Partos normais ou Cesarianas podem deixar ferimentos substanciais, diz Craft, que planeja estudar a cura desses ferimentos em mulheres.
A equipe de Craft provocou pequenos ferimentos na pele dos ratos-cobaias no dia seguinte ao nascimento da cria. Cindo dias depois, os ferimentos estavam 30% menores do que dos animais impedidos de amamentar.
Provavelmente hormônios estão envolvidos nesse processo. Depois do parto o nível de Prolactina e Ocitocina aumentam. Prolactina impulsiona o número de células imunológicas que estão circulando, o que acelera o processo reparador, diz Craft. Ocitocina, que induz à lactação, diminui o nível de hormônios do stress.
O sistema imunológico é sensível a qualquer tipo de hormônio no organismo.
“O sistema imunológico é sensível a qualquer tipo de hormônio no organismo, portanto a Ocitocina provavelmente esteja envolvida,” diz Bruce McEwen da Rockefeller University em New York, que estudou os efeitos de hormônios no cérebro.
Cogita-se, também, que a Ocitocina auxilia animais em cativeiro. Roedores que vivem aos pares são menos vulneráveis ao stress e recuperam-se mais rapidamente do que animais que vivem sós, diz Craft, citando isto como uma evidência futura para o envolvimento dos hormônios nas cura de ferimentos.
Fonte: © Nature News Service / Macmillan Magazines Ltd 2003
Society for Neuroscience Annual Meeting – Encontro Anual da Sociedade de Neurociência
New Orleans, November 2003
Tradução: Maria Bethânia Villela