Obesidade pós-parto pode ser evitada com amamentação, diz estudo
Após o parto, a mãe pode retomar seu peso anterior à gestação pela amamentação prolongada, segundo uma pesquisa conduzida pelo nutricionista Gilberto Kac, professor do Instituto de Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Kac concluiu que, para cada quilo que a mãe ganha durante a gestação, 35% desse valor fica retido após nove meses do nascimento do bebê. “A natureza é sábia porque a gordura acumulada será depois utilizada na produção de leite. Assim, uma mãe que amamenta apenas um mês pode, após nove meses, ter três quilos a mais do que uma que amamentou seis meses”, afirma.
O nutricionista acompanhou, por 24 meses, 479 mulheres entre 18 e 45 anos e com, no máximo, 30 dias pós-parto. Cerca de 20% delas retiveram até sete quilos e meio acima do peso inicial. As diferenças variam de acordo com idade, número de filhos anteriores e ganho excessivo de peso durante a gestação.
“Uma mãe com oito anos de estudo e outra semi-analfabeta tem uma relação diferente com sua alimentação e a da criança. A obesidade nesse caso poderia ser minimizada se a mãe tivesse amamentado por um tempo maior e também se ela obtivesse um maior grau de informações”, afirma Kac.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o bebê seja amamentado pela mãe até o sexto mês. Porém, o aleitamento materno pode continuar como um complemento alimentar até os dois anos de idade, o que reduz a mortalidade e oferece proteção contra doenças, principalmente diarréia e infecções respiratórias.
Folha Online/Agência USP
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