Adolescentes precisam aprender sobre o aleitamento
Nas cidades, por não mais conviverem com parentes e amigas de suas mães dando o peito, meninas não conhecem o aleitamento como algo do dia-a-dia.
Na mesa do simpósio sobre Saúde Materno-infantil (aleitamento materno), que aconteceu na última reunião da SBPC (Sociedade Brasielira para a Pesquisa da Ciência), em julho deste ano, na UFPE, em Recife, Hugo Issler, da USP, discorreu sobre a importância de a adolescente contemporânea aprender hábitos que lhe servirão no futuro, quando vier a ser mãe.
Em texto que estará disponível na homepage da Reunião da SBPC, o pesquisador mostra que nas sociedades rurais tradicionais, adolescentes tinham contato natural com o aleitamento no peito, já que viam seus irmãos e primos mamarem no peito das mães e tias e serem cuidados pelas avós e outros parentes. Para ele, isto não mais acontece pois “com o impacto da urbanização, a família grande, tradicional, cede lugar à família nuclear (pai, mãe e filhos), caindo todo o suporte cultural e apoio preexistente. A menina, pela falta de maior convivência com outras mulheres da família, que não sua própria mãe, tem pouca oportunidade de aprender informalmente as técnicas de cuidados maternos à criança”, diz no texto.
Na mesma mesa, a coordenadora Magda Sampaio, da USP, falou sobre o leite humano como fator protetor contra diarréias infecciosas na criança e
Vilneide Braga Serva, do Instituto Materno Infantil (Imip), sobre a organização do banco de leite humano de Recife.