Plano de Ação para Todos os
Recém-nascidos
The Every Newborn Action Plan (ENAP)
2014 Partners’ Forum: 30 JUNE – 1 JULY
Foi lançado em Johanesburgo, África do Sul, o “Plano de Ação para Todos os Recém-nascidos” desenvolvido pelo UNICEF e pela World Health Organization (WHO) – OMS. Essa iniciativa fornece um roteiro claro sobre como acabar com as mortes evitáveis de recém-nascidos.
O plano de ação promove formas inovadoras para fortalecer estratégias do setor da saúde e descreve os padrões de cuidados de qualidade e medição de nascimentos e mortes.
A UNICEF, A OMS e outras 600 instituições focadas na saúde da mulher e da criança estiveram reunidas nos dias 30 de junho e 1º. de julho no Fórum dos Parceiros (PMNCH – Partnership for Maternal, Newborn & Child Health) em Joanesburgo, na África do Sul, com o objetivo de discutir medidas e políticas para reduzir as taxas de mortalidade infantil e materna em 75 países do mundo.
O Brasil reduziu em 77% as mortes de crianças com menos de cinco anos desde 1990. Trata-se, sem dúvida, de um grande progresso. Mas ainda há muito a ser feito. Cerca de 26 mil bebês brasileiros ainda morrem antes de completarem um mês de idade e a taxa de mortalidade materna continua alta: 69 por 100.000 nascidos vivos, o que significa que 2.100 mulheres por ano ainda morrem de complicações no parto.
Recém-nascidos passam a ser prioridade na agenda da sobrevivência da criança
Johanesburgo, 1º de julho de 2014 – Na conclusão do fórum global focado na prevenção da mortalidade materna, infantil e de recém-nascidos, o UNICEF acredita que os compromissos assumidos pelos governos e organizações do setor público e privado têm o potencial de transformar as perspectivas para os recém-nascidos, visto que milhões deles morrem a cada ano.
Dados do UNICEF mostram que 2,9 milhões de bebês morrem no primeiro mês de vida. Destes, 1 milhão não sobrevivem ao primeiro dia, tornando as primeiras 24 horas de vida da criança as mais perigosas. Embora as mortes de crianças menores de 5 anos, em todo o mundo, tenham diminuído de cerca de 12 milhões em 1990 para 6,6 milhões em 2012, as mortes de recém-nascidos estagnaram e agora representam uma porcentagem do total de mortes de crianças maior do que em 1990, passando de 33% para 44%.
O “Plano de Ação para Todos os Recém-nascidos”, lançado em Johanesburgo por Graça Machel, grande defensora da causa das crianças, pretende abordar essa falta gritante na agenda global da sobrevivência infantil.
“Estou muito confiante de que progressos possam ser realizados, porque isso já foi feito por alguns países”, disse Mickey Chopra, diretor do Programa Global de Saúde do UNICEF. “Na última década, Ruanda, por exemplo, teve a maior taxa de redução da mortalidade infantil na África ao sul do Saara. Se usarmos os mesmos métodos em nível mundial, em 2035 uma criança nascida em Camarões terá aproximadamente a mesma chance de sobreviver que uma criança nascida nos Estados Unidos.”
O “Plano de Ação para Todos os Recém-nascidos” foi desenvolvido pelo UNICEF e pela OMS e fornece um roteiro claro sobre como acabar com as mortes evitáveis de recém-nascidos. Ele promove formas inovadoras para fortalecer estratégias do setor da saúde e descreve os padrões de cuidados de qualidade e medição de nascimentos e mortes. Também inclui programas para alcançar os mais negligenciados com os cuidados de saúde universalmente disponíveis e define diretrizes para a prestação de contas.
O UNICEF diz que as medidas propostas no Plano de Ação podem evitar mais de 70% das mortes que ocorrem atualmente. Fundamental é que haja vontade política; e é precisamente isso que o Fórum pretende promover.
Nas últimas semanas, compromissos foram assumidos por governos, organizações, sociedade civil e setor privado para apoiar programas para os recém-nascidos. Estes incluem promessas de apoio à saúde do recém-nascido de quase meio bilhão de dólares provenientes dos EUA, Canadá, Banco de Desenvolvimento Islâmico, J&J, GSMA, Fundação Bill e Melinda Gates, entre outros.
“Os países devem atuar para assegurar que medidas simples e comprovadamente eficazes relativas à sobrevivência neonatal sejam postas em prática em nível local”, acrescentou Kim Eva Dickson, assessora sênior do UNICEF para a Saúde Materna e Neonatal. “Assim, todas as mães e bebês, mesmo os de comunidades mais remotas terão a possibilidade de receber os cuidados de qualidade de que necessitam.”
Essencial para a ação é garantir que as crianças, especialmente as mais jovens, estejam sendo contadas por seus governos. Os quase 3 milhões de recém-nascidos que morrem, e um adicional de 2,6 milhões que nascem mortos, estão ausentes das estatísticas de seus países. Nem os seus nascimentos, nem suas mortes são registrados, e, por isso, há pouca responsabilização por sua vida e pouca atenção às razões porque morrem.
“No ano em que celebramos o 25º aniversário da adoção da Convenção sobre os Direitos da Criança, ainda temos muito a fazer para garantir que o recém-nascido tenha assegurado um dos direitos mais básicos: sobreviver”, disse Chopra. “Esperamos que este seja apenas o começo de um impulso irrefreável para acabar com as mortes evitáveis de recém-nascidos no espaço de uma geração.”
Sobre o UNICEF
O UNICEF promove os direitos e o bem-estar de cada criança em tudo o que faz. Juntamente com os nossos parceiros, trabalhamos em 190 países e territórios para transformar esse nosso compromisso em ações concretas que beneficiem todas as crianças, em qualquer parte do mundo, concentrando especialmente os nossos esforços para chegar às crianças mais vulneráveis e excluídas.
Intervenções de 2,50 reais podem evitar a morte de 26000 bebês por ano no Brasil: http://bit.ly/1iKlFcg #PMNCHLive
2.100 mulheres morrem todo ano de complicações no parto no Brasil: http://bit.ly/1z0kKJv. Você pode ajudar a mudar esse quadro: #PMNCHLive
Brasil já é campeão ao menos em redução de mortalidade infantil: http://bit.ly/1jYfEDn #PMNCHLive