AMAMENTAÇÃO É A BASE DA VIDA
SEMANA MUNDIAL DE AMAMENTAÇÃO 2018
Amamentar vai além de nutrir o corpo do bebê. Estudos mostram sua importância na promoção à saúde, nas questões de alimentação, imunidade, prevenção de doenças, promoção do vínculo, reduzindo a frequência de doenças de ordem biológica-psicológica-física e sociais.
Segundo ano do Agosto Dourado oficial
Em 2018 temos a 27ª Semana Mundial de Amamentação, comemorada de 1 a 7 de agosto. Além disso, neste ano estamos comemorando o nosso segundo Agosto Dourado. Isso quer dizer que teremos um mês inteirinho dedicado à informação e à sensibilização a respeito do aleitamento materno.
E o tema, mais uma vez, diz muito do que é o nosso conceito: Amamentação é a base da vida. A WABA (World Alliance for Breastfeeding Action) reforça, como foco para este ano, que a amamentação previne a fome e a desnutrição em todas as suas formas, garante a segurança alimentar para crianças, mesmo em tempos de crise, com baixo custo, sem nenhum prejuízo adicional à economia doméstica, contribuindo para se atingir as metas de desenvolvimento sustentável da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Não podemos deixar de associar a essas metas o aleitamento materno desde a sala de parto, exclusivo e em livre-demanda até o 6º mês, estendido até dois anos ou mais.
A base da vida
Mas além dessas propostas, justas e de alcance universal, vale refletir sobre o que seria a base da vida e em que a amamentação poderia contribuir a mais na saúde infantil. O aleitamento materno não começa só após o parto. Esse é um conceito que deve ser transmitido sempre que possível a toda população, de todos os cantos do mundo, para todas as idades, para todos os gêneros, independentemente da situação sócio-econômica-cultural.
Amamentar vai além de nutrir o corpo do bebê. Estudos mostram a importância do aleitamento materno na promoção à saúde, nas questões de alimentação (nutrição), imunidade, prevenção de doenças (infectocontagiosas, diabetes, obesidade, leucemia, entre outras), promoção do vínculo, reduzindo a frequência de doenças de ordem bio-psico-físico-sociais.
A amamentação também protege a saúde materna, promovendo, após o parto, o retorno do útero ao seu tamanho normal de forma mais suave e rápida, favorecendo o emagrecimento, prevenindo o câncer de mama, de útero, diabetes tipo 2, depressão pós-parto, entre muitas outras doenças e condições.
A OMS, o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam, para atingir esses objetivos, um pré-natal adequado, além de uma consulta com o pediatra a partir da 32ª semana de gestação para orientações gerais (vacinação, alimentação materna), abordando a escolha do hospital, os tipos de parto, a importância do clampeamento oportuno de cordão, do contato pele-a-pele e da amamentação já na sala de parto, do alojamento conjunto e qualquer outra informação que o casal e a família julgarem importante.
Na Puericultura no início da vida (acompanhamento com consultas periódicas desde 5 a 10 dias após o parto, para a orientação e promoção à saúde do bebê, sua mãe e família), não podem faltar as conversas a respeito do aleitamento.
Amamentar pode ser natural, mas não é simples e muito menos fácil.
Requer informação, uma rede de apoio segura e acolhimento. Atualmente, não há como não levar em conta a importância da internet e das redes sociais como base, tanto
para a transmissão da informação, através de sites éticos, seguros, bem como do acolhimento e troca de experiências, que correm nos grupos de mães e mídias sociais.
Com toda essa estrutura segura e focada na importância da informação, sensibilização e acolhimento dos profissionais de saúde que lidam com lactantes e seus familiares, abrangendo a sociedade como um todo, podemos, de forma eficaz e irreversível, fortalecer a saúde das crianças, desde a sua base, da sua raiz: a amamentação.
Fonte: Pediatra – Informe-se
Boletim da Sociedade de Pediatria de São Paulo
Ano XXXIV • número 200 JUL/AGO 2018