“Amamentação e alimentos da família”
A Semana Mundial de Amamentação é um evento promovido pela WABA (World Alliance for Breastfeeding Action) com o objetivo de divulgar os benefícios da amamentação. Cada ano um tema é abordado. Este ano, o tema a ser discutido, de forma ampla com a sociedade, é a recomendação da OMS/Unicef de se iniciar a alimentação complementar a partir dos seis meses de vida do bebê, mantendo a amamentação por 2 anos ou mais.
No Brasil o evento é promovido pelo Ministério da Saúde e a semana será comemorada este ano no período de 25 a 31 de agosto. Esta é uma oportunidade para discutirmos com a sociedade, além dos benefícios da amamentação, a importância da construção de hábitos alimentares saudáveis desde a infância. Para promovermos uma semana cheia de atividades toda a comunidade é convidada a participar.
O tema “Amamentação e alimentos da família” foi escolhido com o objetivo de divulgar avanços recentes no conhecimento científico sobre as práticas alimentares e a alimentação complementar, adequada quanto à freqüência, consistência, densidade energética e conteúdo de micronutrientes e vitaminas.
A prática de oferecer líquidos e outros alimentos antes dos 6 meses está ainda muito disseminada em todo o mundo. Por outro lado, em outros países, a introdução de alimentos é feita muito tardiamente. Os alimentos complementares não são adequados e são oferecidos de forma diluída, pobre em nutrientes e calorias.
Além disso, a orientação das práticas alimentares saudáveis para crianças tem importantes repercussões sobre os índices de desnutrição, obesidade e morbi-mortalidade infantil e merece ser um tema amplamente discutido.
Através da tradução do folder, divulgado na internet pela WABA, aproveitamos para fazer considerações sobre como iniciar a transição do aleitamento materno exclusivo, para a alimentação do resto da família, com cuidado e de forma carinhosa. Aproveitando esta abordagem iniciamos uma discussão sobre o tema com o objetivo de suscitar muitas idéias para ações durante a Semana Mundial de Amamentação e de conclamar os profissionais de saúde a participarem ativamente deste evento.
Alimentação complementar usando a alimentos da família
Segundo a OMS, a partir dos seis meses a criança necessita receber outros alimentos além do leite materno para alcançar as suas necessidades nutricionais e energéticas, e recomenda que a a amamentação seja mantida por 2 anos ou mais.
Esses outros alimentos vêm complementar as necessidades energéticas e nutricionais fornecidas pelo leite materno. O objetivo é acrescentar, somar, e não, substituir. Por isso esta alimentação é chamada alimentação complementar em lugar de alimentação de desmame como era chamada antigamente.
Após os seis meses, marcos no desenvolvimento do bebê também caminham juntos com o aumento das necessidades energéticas e nutricionais produzindo a aptidão para comer alimentos sólidos. Geralmente os bebês já conseguem sentar sozinhos, controlar a cabeça e movê-la em direção ao alimento e aprendem a mover o alimento dentro da boca. Os sistemas, digestivo e imune, também já estão mais amadurecidos.
Amamentação continuada
Lembrar também que a amamentação continua a ser importante para a criança após os seis meses. Em média, o bebê amamentado aos 6-8 meses obtém em torno de 70% de suas necessidades energéticas através do leite materno. Isto cai para 55% aos 9-11 meses e 40% dos 12 aos 23 meses. Além disso, o leite materno continua a ser a maior fonte de proteínas, vitaminas, minerais, ácidos graxos essenciais e fatores de proteção.
Começar a receber outros alimentos após os seis meses é também um marco muito importante no desenvolvimento social, emocional e comportamental do bebê. A alimentação complementar provê a oportunidade de desenvolver a comunicação, a coordenação motora mão- boca, a mastigação e lança os fundamentos das preferências alimentares que persistirão por toda a infância.
Quando alimentadas com amor, carinho e paciência, a introdução de novos alimentos além do leite materno passa a ser um momento de estreitamento da relação mãe e filho e não, de diminuição do vínculo que a amamentação promove. A participação de outras pessoas, além de suas mães, também é importante para o desenvolvimento social e emocional da criança.
A contribuição do leite materno às vezes é superada no entusiasmo de iniciar outros alimentos. O objetivo é oferecer outros alimentos de forma que eles venham se somar à contribuição nutricional do leite materno e não substituí-lo. A presença do leite materno, além disso, protege o bebê da exposição a agentes patogênicos e alergênicos.
Amamentar também ajuda na recuperação de doenças neste período, as próprias mães comentam, “ainda bem que ele ainda está no peito, não quis comer nada”.Crianças doentes geralmente não aceitam bem os alimentos mas, raramente, recusam o peito. A mãe ao amamentar provê conforto, nutrição e fatores de defesa através do leite.
É importante encorajar a criança a comer (sem forçar), alimentá-la devagar e pacientemente, experimentando os diferentes alimentos e evitando distraí-la. A alimentação deve ser um momento de aprendizado e de carinho.
A rejeição a novos alimentos é normal mas, `a medida que os bebês se tornam familiarizados com os alimentos através de oportunidades repetidas de prová-lo, a aceitação aumenta.
Além disso, a aceitação dos novos alimentos parece ser facilitada pela exposição ao sabor e cheiro dos alimentos consumidos pela mãe e que o bebê “percebe” através do leite materno. Estes resultados, que vêm sendo descritos na literatura, sugerem um outro benefício da amamentação: a exposição ao leite humano pode facilitar a aceitação dos alimentos sólidos durante este importante período de transição entre a amamentação e a alimentação da família.
Do aleitamento materno exclusivo para a alimentação da família: uma transição cuidadosa
A OMS e Unicef recomendam que esta transição seja:
Oportuna – Quando começar?
O leite materno é suficiente para preencher as necessidades nutricionais dos bebês nos primeiros seis meses de vida. Em torno do seis meses marcos no desenvolvimento dos bebês apontam para a sua prontidão em iniciar a comer alimentos macios e semi-sólidos
Adequada – Que alimentos dar?
Entre 6 e 24 meses as crianças crescem rapidamente e suas necessidades de energia, vitaminas e minerais aumentam e o leite materno precisa ser complementado por outros alimentos da família. A capacidade gástrica do bebê, porém, ainda é relativamente pequena (30 ml / kg de peso, mais ou menos do tamanho de uma xícara), por isso, neste período, as crianças necessitam alimentos altamente nutritivos, que proporcionem uma boa quantidade de nutrientes em uma pequena quantidade de alimento (alta densidade calórica).
CALENDÁRIO de algumas ATIVIDADES
NOVA FRIBURGO
29 DE AGOSTO- SEGUNDA-FEIRA
Local:Hospital Maternidade Nova Friburgo
Horário: 8:00 – 11:00 horas
Grupo de gestantes com orientações sobre amamentação na sala de espera do pré-natal
Visita das gestantes às dependências do hospital, observação sobre os cuidados com os recém-nascidos, amamentação e demonstração do banho dos bebês.
DE AGOSTO- TERÇA- FEIRA
Atividades de grupo no CAISMCA- Tunney Kassuga e na Unidade Básica de Cordoeira
Grupo de mães e bebês, consultas e distribuição de brindes
DE AGOSTO – QUARTA-FEIRA
Local : Hospital Maternidade Nova Friburgo
08:00 horas Yoga para gestantes
09:00 horas Curso de gestantes adolescentes com o tema da SMAM
“Amamentação e alimentos da família: quando e como começar’
Confraternização e encerramento
Na Cidade do RIO de JANEIRO
Dia 29/08/05
Hora: 14:00h
Local: Anfiteatro A
1. Abertura da Semana Mundial da Amamentação no Instituto Fernandes Figueira.
“AMAMENTAÇÃO E COMIDA DA FAMILIA: AMOR E SAÚDE”
Palestrante: Dra. Maria da Conceição Salomão
Médica, Pediatra, membro do Comitê da SOPERJ, membro do Grupo Técnico da SES e Coordenadora da PAISMCA de Teresópolis
2. Mesa Redonda:
Trabalho de Construção do Saber em favor da Amamentação
Coordenador: Dr. João Aprígio Guerra de Almeida
– Kátia Sydronio – A construção do conhecimento em Enfermagem na temática do Aleitamento Materno
– Raquel Maria Amaral Araújo – A Construção do conhecimento em Nutrição na temática do Aleitamento Materno-Luciana Maria Borges da Matta Souza – Do Leite Fraco à Biologia da Excepcionalidade: História da Alimentação do Lactente no Brasil.- Marlene Roque Assumpção – A Pratica do Desmame entre Pacientes do Ambulatório do Instituto Fernandes Figueira no ano de 2003.
3. Anfiteatro B – de 14:00 às 17:00h
Exposição de Banners e Teses de Mestrado e Doutorado
MARÍLIA, SP
Do Peito à Comida Caseira;Saúde para a Vida Inteira !
De 29 de agosto à 02 de setembro de 2005.
29/08/05 *Levantamento de experiências,práticas e conhecimentos de mães e profissionais de Berçários do Município sobre Aleitamento Materno.
*Entrega de cartilhas sobre Promoção do Aleitamento Materno pelas Agências dos Correios de Marília; e também pela equipe do Banco de Leite Humano de Marília nas Maternidades (Durante toda a semana).
*Apresentação dos Membros do Comitê Municipal de Aleitamento Materno. (Lei nº 5382 de 26 de Dezembro de 2002)
30/08/05 *Conferência na FAMEMA para alunos do 1º ano de Medicina e Enfermagem.TEMA: Rede de Bancos de Leite Humano e Rede IBFAN
*Início do Monitoramento da Norma Brasileira de Comercialização de Aleitamento para Lactentes (alunos de Fonoaudiologia da UNESP e Técnicos da Vigilância Sanitária Local) por um período de um mês,nas Farmácias,Drogarias e Supermercados.
31/08/05 *Palestra para gestantes na UBS Nova Marília.
*Homenagem para Doadoras do Banco de Leite Humano de Marília.
01/09/05 *Visita de Doadoras do Banco de Leite Humano de Marília para bebês internados nas UTIs Neonatal.
02/09/05 *Palestra para funcionários da DORI Alimentos LTDA (período da tarde).
***********************************
Envie para este site o que sua cidade ou instituição estão realizando para divulgarmos.