AMAMENTAÇÃO COLETIVA atrai 1.000 MÃES no litoral de SP
Cerca de 800 mulheres participam de ato em Santos.
Objetivo é lembrar 11º Encontro Nacional de Aleitamento Materno.
Carolina Iskandarian Do G1 SP, em Santos
Para lembrar o 11º Encontro Nacional de Aleitamento Materno, cerca de 800 mães, segundo a organização, se reuniram na tarde desta quarta-feira (9) na Praia do José Menino, em Santos, para uma amamentação coletiva. No Emissário Submarino, à beira-mar, mulheres de Santos e de outras cidades da região como São Vicente, Guarujá e Mongaguá se juntaram para chamar a atenção para a importância do ato.
Mesmo com o vento frio e a ameaça de chuva, a atriz Simone Feliciano Garcia, de 34 anos, não hesitou em trazer Rosa, de 3 meses, para a praia. “Acho muito importante o aleitamento materno. Temos que vir e incentivar. Quero amamentar minha filha até os 2 anos”, afirmou ela, que não estava preocupada com a temperatura. “O leite protege, imuniza do frio”, brincou.
Alcione (à direita) amamenta o filho Arthur.
(Foto: Carolina Iskandarian/ G1)
A médica Tereza Cristina Moreira Semer, coordenadora do Programa de Aleitamento Materno do Guarujá, comemorou a iniciativa. “Amamentar direto até os 6 meses e até os 2 anos de idade, com outros alimentos complementares, não é uma tarefa fácil. Ela precisa ser conquistada. Ainda existem alguns entraves culturais, tabus, como a mãe que acha que vai ficar feia ou que seu leite não é suficiente”, explicou.
Por isso, ela acredita que reunir centenas de mães para um ato coletivo é uma das melhores formas de chamar a atenção. Segundo ela, dar o peito é um benefício mútuo. “A mãe que amamenta lucra porque tem uma criança saudável, bem nutrida. E ela diminui a incidência de câncer de ovário e de mama, além de criar um vínculo maior com o bebê”, contou Tereza.
A babá Alcione Carvalho, de 22 anos, era uma das que rejeitavam a ideia de amamentar. “Era por causa da estética. Eu achava que o seio ia cair, mas depois que engravidei mudei”, admitiu a moça, que estava com as amigas no evento. Enquanto ela conversava, Arthur, de 7 meses, mamava. “Acho bom estarmos aqui para incentivar outras mães.”
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