“Trabalhar e amamentar, só basta apoiar”
tema da 4ª edição da Hora do Mamaço
Movimento oficial de amamentação, idealizado pela Comunidade Aleitamento Materno Solidário do Brasil (AMS), um grupo de discussão criado no Facebook com o objetivo de promover a prática ideal da amamentação prolongada, apoio e incentivo à doação de leite materno, que acontece no próximo dia 1º de agosto, sábado, em centenas de cidades em todo o país.
O evento nacional está atrelado a Semana Mundial de Amamentação (SMAM) e tem o objetivo de promover a reflexão e a discussão da importância do ato de amamentar e de seus inúmeros benefícios para a relação mamãe e bebê. A iniciativa também visa apoiar as mulheres que conciliam trabalho e amamentação e desmistificar informações que são disseminadas e que geram muita apreensão nas mamães de primeira viagem. O trabalho de mobilização ocorrerá simultaneamente em outros estados e cidades do Brasil e deve reunir milhares de mamães em um ponto turístico de suas cidades para amamentarem os seus bebês conjuntamente. O evento já tem mais centenas de representantes em todo o País.
Santos – um exemplo
De acordo com a coordenadora do evento em Santos, a doula e educadora perinatal, Adriana Vieira, a ideia é espalhar as informações corretas sobre os benefícios da amamentação exclusiva e em livre demanda, por no mínimo seis meses, e até os 2 anos, como alimentação complementar, de acordo com o preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
A cidade de Santos participou das últimas duas edições do evento, realizadas em 2013 e 2014, e mais uma vez aderiu ao evento. Neste ano, a Prefeitura de Santos estará auxiliando na montagem de tendas para que as mães possam amamentar em segurança e a CET ficará responsável pela organização do trânsito no local. Um grupo de mães atuante na Cidade também trabalha incansavelmente pela promoção do evento.
A ideia é bater o recorde de participações que no ano passado girou em torno de 150 pessoas entre mães, bebês, avós, pais e outros. “Fizemos uma festa linda, ao ar livre, com muitas atividades para pais com bebês, todos que estiveram por lá participando estavam na verdade ajudando a espalhar uma cultura de amor e respeito ao bebê e principalmente ao ato de amamentar, seja no local que for e quando for preciso”, afirmou a coordenadora do evento, também mãe de Dora, que com 2 anos adora mamar.
Estão confirmadas as presenças da Dra. Keiko Teruya, pediatra e consultora em aleitamento pela OMS, da enfermeira Sandra Abreu, dos Anjos do Leite, que é especialista em amamentação e ainda a presença da obstetra humanizada, Izilda Pupo.
Mesmo não estando mais “em atividade” de amamentação, eu estarei lá para apoiar a iniciativa coordenada pela minha parceira de blog Adriana Vieira, por um grupo de mulheres muito atuante e profissionais extremamente sensíveis ao tema da Amamentação. Fiquei 6 meses em licença maternidade e tive a oportunidade de amamentar o Pietro até os 8 meses de forma intensa, livre demanda mesmo, e sinto muito a falta deste contato. Meu filho é uma criança extremamente doce e amorosa e tenho convicção de que esse laço foi fundamental para estabelecer essa sintonia. Amamentar é um ato de amor! Eu acredito!
Sobre a AMS
A fundadora da AMS – Apoio Materno Solidário, Simone Carvalho, que coordena a Hora do Mamaço nacionalmente, já está iniciando a organização pelas cidades do Brasil, e qualquer mulher, mãe, profissional ou não da amamentação pode colaborar e ser uma organizadora em sua Cidade.
Saiba mais nos grupos na rede social Facebook.
Página oficial do evento nacional https://horadomamaco.wordpress.com/
De acordo com Simone de Carvalho, idealizadora do evento, a importância das mães se reunirem e trocarem experiências é fundamental, bem como lutarem por uma licença maternidade maior, por um mundo melhor:
“Leio centenas de relatos todos os dias em uma comunidade de mães no Facebook sobre os dilemas, dúvidas, angústias e culpas de milhares de mães que precisam interromper a sua licença maternidade porque não existe uma lei digna que as ampare. Temos de uma lado, o Ministério da Saúde incentivando que as mães amamentem exclusivamente seus bebês nos primeiros seis meses de vida, e no outro, o Ministério do Trabalho que autoriza (principalmente no setor privado) a licença maternidade de 4 meses. É uma contradição que tem prejudicado milhares de bebês todos os anos, e privado o direito da qualidade do cuidados nos primeiros Mil Dias, essencial para o seu desenvolvimento e crescimento, em especial, sua formação afetiva. Se desejamos uma sociedade menos violenta, com indivíduos mais saudáveis e crianças felizes, equilibradas e saudáveis, temos de protegê-las, e isso significa, proteger e garantir a qualidade deste cuidado nos primeiros anos de sua vida, que são fundamentais. Em alguns países nórdicos, a Licença Maternidade é de até 3 anos. A Licença do Brasil de 1 ano significará mulheres mais produtivas no trabalho, menos incidência de doenças da primeira infância e economia para o país. Todos saem ganhando!”
Simone De Carvalho – Fundadora da AMS Brasil
Fonte: A Tribuna.com.br – Santos, SP
* É preciso reivindicar também o aumento da LICENÇA PATERNIDADE!
Dr. Marcus Renato de Carvalho