SMAM 2020: sob as perspectiva do EcoFeminismo?
O tema da Semana Mundial desse ano será as relações entre o aleitamento e o meio ambiente. Mais uma vez as mulheres são convocadas a amamentarem seus filhos para contribuir para um ecossistema menos poluído salvando vidas. Mas, a pergunta que se impõem: o que as mulheres pensam a respeito? Como apoiar as mulheres? No Seminário preparatório que estamos organizando no dia 25 de julho algumas das conferencistas abordarão essas questões.
Muito oportuno esse debate unindo Feminismo e Ecologia e agradecemos a Revista eletrônica EcoDebate, ISSN 2446-9394 por nos subsidiar.
Você já deve saber que lutar pela igualdade de direitos entre mulheres e homens é o conceito básico do feminismo.
Mas, e quando essa luta ganha também uma causa ambiental?
Resumidamente é disso que se trata o Ecofeminismo, uma fusão entre as causas feministas e ecológicas. É um movimento político e filosófico que busca o equilíbrio entre o meio ambiente e o ser humano, incluindo os animais e a natureza nessa luta para reduzir os impactos ambientais, que consequentemente interferem diretamente na qualidade de vida das mulheres.
Essa causa existe porque pesquisas apontam que apesar das mulheres serem menos responsáveis pelos impactos ambientais, elas são as mais atingidas por ele. Além disso, o Ecofeminismo vê uma estreita relação entre a destruição do planeta e o sistema opressor contra as mulheres.
Ainda, cuidar do ecossistema como um todo deu voz para as elas nos últimos anos. Através das causas ambientais, as mulheres ganharam espaço lutando por papéis de liderança.
E embora esse termo possa parecer novo para algumas pessoas, o conceito existe desde 1974, quando a feminista francesa Francoise d’Eaubonne publicou o livro Le Feminism ou la Mort, que em português significa Feminismo ou Morte. Ou seja, é um novo termo para uma causa antiga. Já se passaram mais de 45 anos e ainda são poucas as obras em português para compreender melhor esse conceito.
Para quem busca entender melhor essa filosofia, as redatoras do Universo Delas indicam o livro
“Sensível ao cuidado: uma perspectiva ética Ecofeminista”.
Esse é o primeiro – e mais completo – livro dedicado ao tema no Brasil, produzido por Daniela Rosendo. Ela aborda a questão da opressão e do domínio masculino sobre a natureza.
Em 2019, Rosendo lançou sua segunda obra:
“Ecofeminismos: fundamentos teóricos e práxis interseccionais”.
Esse livro “busca contribuir para ampliar esse debate sobre as inter-relações entre todos aqueles, humanos e não humanos, vitimados por situações de opressão”.
Outra leitura obrigatória para compreensão da relação entre o consumo da carne e o machismo – e ganhou tradução para português – é o livro de Carol J. Adams, “A política sexual da carne”. O livro une o feminismo e o vegetarianismo, mostrando a relação entre o consumo de carne e a dominação masculina.
Esses três livros – escritos por mulheres – aprofundaram o conceito trazendo uma compreensão bastante embasada sobre o Ecofeminismo. Porém, em inglês, existem outras obras que detalham bastante o assunto. Se você domina o idioma, confira também os livros:
1. Ecofeminism de Maria Mies e Vandana Shiva;
2. Ecofeminist Philosophy: A Western Perspective on What It Is and Why It Matters de Karen J. Warren;
3. Ecological Politics: Ecofeminists and the Greens de Greta Gaard in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 09/07/2020
Serviço
título: SENSIVEL AO CUIDADO: UMA PERSPECTICA ETICA ECOFEMINISTA – 1ªED. (2015)
isbn: 9788555070327
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 14 x 21
páginas: 202
ano de edição: 2015
ano copyright: 2015
edição: 1ª
título: ECOFEMINISMOS: FUNDAMENTOS TEORICOS E PRAXIS INTERSECCIONAIS – 1ªED. (2019)
isbn: 9786580154128
segmento específico: política
idioma: português, espanhol
encadernação: brochura
formato: 16 x 23 x 1,2
páginas: 232
ano de edição: 2019
ano copyright: 2019
edição: 1ª
Vamos continuar essas reflexões?
Seminário Amamentação para um Planeta Saudável – 25 de julho
Programa e inscrições em www.agostodourado.com