Livro: MÃE PREMATURA – importância do PARTO NORMAL & AMAMENTAÇÃO para os PREMATUROS
Livro destaca importância da amamentação nos prematuros
Lançamento de ‘Mãe Prematura’, de Flávia Fonseca, acontece neste sábado (23/05) em Belo Horizonte, MG.
Foto: “Amamentei Rafael exclusivamente até os primeiros seis meses de vida e ele mamou no peito até os 10 meses, o que fez com que adoecesse menos e ficasse mais forte” – Flávia Fonseca, autora do livro ‘Mãe prematura’
Você está a pouco mais de dois meses de realizar um de seus maiores sonhos: ser mãe. Está finalizando o quarto do seu bebê, comprando acessórios e cuidando dos últimos detalhes, quando, de repente, ele dá sinais de que vai nascer antes da hora. E agora? Esse é um dos temas tratados no livro Mãe prematura, de Flávia Fonseca, com lançamento previsto para o dia 23 deste mês, das 9h às 12h, na Biblioteca Pública Luiz de Bessa (Praça da Liberdade, 21, Bairro Funcionários), em Belo Horizonte.
Mãe de Rafael, hoje com 5 anos, Flávia foi pega de surpresa com um parto normal prematuro na 32ª semana de gestação, quando isso deveria ocorrer entre 38 e 42 semanas. No livro, além de defender o parto normal, Flávia alerta para a importância da amamentação, mesmo nos casos de prematuridade.
“Uma pesquisa dos Estados Unidos mostra que dois terços dos bebês prematuros que vêm ao mundo de parto normal apresentam condições respiratórias melhores na hora de nascer do que os nascidos via cesárea.”
Em pouco mais de 100 páginas ela relata a trajetória de mãe e filho, desde o momento em que foi comunicada de que o bebê já estava nascendo, passando pela UTI Neonatal (período em que Rafael permaneceu por 21 dias), até chegar aos 2, 3, 4 e 5 anos, idade considerada por Flávia como a finalização da primeira infância.
Segundo a jornalista, há uma inversão de valores no Brasil e o que se vê, entre a maioria das gestantes brasileiras, é a opção pela cesárea, mesmo que a Organização Mundial de Saúde preconize o parto normal como mais adequado para mãe e filho.
Flavia acrescenta que nem sempre o parto normal é o mais indicado. “Há casos em que a cesárea é realmente necessária, mas, se compararmos com os países desenvolvidos, onde a cesárea é exceção em vez de opção, no Brasil ocorre exatamente o contrário”, comenta.
Ela cita, inclusive, uma campanha do governo federal, iniciada no começo do ano, no sentido de desestimular os planos de saúde a realizarem partos por cesárea. No caso de Flávia, nem mesmo o fato de Rafael ter nascido com sete meses de gestação a fez desistir do parto normal. “As enfermeiras da UTI duvidaram que eu fosse mesmo a mãe, pois me levantei da cadeira e saí andando normalmente para ver Rafael. As mães de cesárea sempre chegavam curvadas”, diz a jornalista em um trecho do livro.
DESAFIOS
Com relação à amamentação do bebê prematuro, Flavia vivenciou um início cheio de desafios, já que, geralmente, os bebês não têm força para sugar o peito. Desde o primeiro dia, o leite foi retirado por meio de uma bomba elétrica e colocado em uma sonda, dica essencial de outras mães e dos funcionários do hospital, que armazenavam o material em um banco de leite. “Amamentei Rafael exclusivamente até os primeiros seis meses de vida e ele mamou no peito até os 10 meses, o que fez com que adoecesse menos e ficasse mais forte.”
Passado o turbilhão do primeiro ano, do ganho de peso, dos primeiros sons, primeiros passos e da grande aventura de se sentir mãe, Flavia narra momentos como o batalhão de perguntas feitas pelo filho, a chegada do Papai Noel ou a primeira vez que ele viu o mar. Um livro, sem dúvida, que vai esclarecer várias dúvidas – um alento para milhares de mães.
ESTUDOS APONTAM
O Brasil é o país onde mais se realizam cesáreas no mundo
» 84% no sistema privado
» 40% no Sistema Único de Saúde (SUS)
» 15% é o índice recomendado pela OMS
» Número de óbitos maternos é 10 vezes maior em cesáreas que em partos normais
Fonte: Organização Mundial da Saúde e American Journal of Obstetrics and Ginecology
Principais causas de prematuridade de bebês (parto espontâneo, antes de 37 semanas)
» Gravidez múltipla (24 vezes mais risco)
» Encurtamento do colo (seis vezes mais risco)
» Má-formação fetal (cinco vezes mais risco)
» Sangramento vaginal (duas vezes mais risco)
» Número inferior a seis consultas de pré-natal (1,5 vez mais risco)
» Infecções urinárias (1,2 vez mais risco)
Fonte: Estudo Multicêntrico de Investigação em Prematuridade (EMIP): Prevalência e Fatores Associados com Parto Prematuro Espontâneo
SAIBA MAIS…
· Entenda a relação entre cesariana marcada e o risco de prematuridade
· Música ajuda a reduzir o tempo de internação de bebês prematuros
· Quase 12% dos partos feitos no Brasil são prematuros
· Nascimento prematuro pode estar relacionada a doenças maternas; saiba as causas mais comuns
Fonte: Saúde Plena – UAI
Parabéns Flávia Fonseca!