O P A I P i n g ü i m
Se há uma espécie na natureza em que o macho desempenha em toda a sua plenitude o papel de PAI dentro da família, em sua significação mais estrita, certamente está o pingüim – dentre os quais, em especial, o Pingüim Imperador (Aptenodytes Forsteri), que não choca o ovo como cuida do filhote após o nascimento.
Durante o período de incubação, em geral de dois meses – enquanto a fêmea está no mar alimentando-se – e, após o nascimento do filhote, por mais dois meses, o PAI permanece em jejum. Para nutrir as crias, regurgita umas substância leitosa, que é a única refeição do recém-nascido até a mãe voltar.
O pingüim nasce recoberto por uma delicada penugem cinzenta e opaca, que lhe permite absorver calor, mas não o suficiente para evitar que fique enregelado, razão pela qual o PAI precisa mantê-lo aconchegado. Com o regresso da mãe, esta substitui o progenitor nos cuidados da cria e ele vai para o mar, aonde irá se refazer.
José Carlos de Carvalho, Mônica A. Guedes,
Manuel Portasio e Mirian Gaspar Rodrigues
DPL – Editora e Distribuidora de Livros LTDA.