Pai, dê o peito ao seu filho.
Quando amamos, cuidamos, e quando cuidamos, amamos.
Leonardo Boff
N a última década, tem havido uma mudança enorme
quanto à presença paterna no desenvolvimento dos crianças.
Cada vez mais, os homens têm assumido a cotidiana tarefa de assistir, banhar, alimentar, colocar para dormir, pegar e/ou levar na escola…
Com o surgimento de métodos e formas de trabalho mais modernos, os homens têm tido a oportunidade de trabalhar em casa e, assim, poder assumir tarefas domésticas. Conheço alguns casais em que os papéis tradicionais se inverteram devido as oportunidades e momentos profissionais.
Estudos científicos já têm comprovado que o suporte emocional oferecido pelo homem à mulher contribui na adaptação à gestação; que a presença do companheiro no parto está associada a menor necessidade de uso de medicação contra dor e com vivências mais positivas no pós-parto; e que o apoio masculino durante a amamentação é fundamental, a ponto de prolongá-la, inclusive.
O direito à participação do PAI nos serviços públicos, principalmente nas maternidades, já é objeto de lei em alguns estados (SC, SP e RJ). O resultado disso já podemos notar nos hospitais – hoje o pai não é mais considerado uma mera “visita” com horários restritos.
Nos ambulatórios/consultórios de pediatria é notável a presença cada vez maior dos pais nas consultas de seus filhos. É bom ver que os pais estão assumindo e aprendendo a cuidar das crianças.
Estão sem dúvida, mais conscientes de seu papel na formação da personalidade de seus filhos.
Tenho certeza que este contato físico e emocional mais íntimo, mais terno, pode criar uma nova geração de homens menos violentos e, consequentemente, um mundo com mais delicadeza e solidariedade.
Vamos trazer de volta as crianças à vida dos homens ?
Vamos trazer de volta os homens à vida das crianças ?
Marcus Renato de Carvalho
Pai de Clara e Sophie
Pediatra, Prof. de Puericultura da UFRJ
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