Zika pode ser transmitido por sangue e sêmen
No LEITE MATERNO também foi encontrado o vírus em nutrizes infectadas.
CDC/EUA afirma:
MÃES DEVEM CONTINUAR AMAMENTANDO
NÃO FOI COMPROVADA INFECÇÃO pelo ALEITAMENTO
Médicos investigam esses três fluidos (sangue, sêmen e leite humano) a partir de relatos na Polinésia Francesa e nos EUA
A comprovação de que o zika aumenta os riscos de microcefalia em fetos e de Síndrome de Guillain-Barré em quem contrai o vírus acendeu o alerta para outras três possíveis formas de transmissão da doença, além da picada do Aedes aegypti: pelo sêmen, por transfusão de sangue e por leite materno. Pesquisadores já encontraram evidências de que o vírus pode ser encontrado nesses três fluidos corporais. Mas, como os estudos relacionados ao zika são escassos — existem no mundo cerca de 200 publicações científicas, contra mais de 2.500 sobre chicungunha e mais de 14.500 sobre dengue, por exemplo —, não há ainda como ter certeza se a transmissão da doença pode ser feita por essas três vias.
— Na Polinésia Francesa (onde houve surto de zika em 2013), médicos encontraram partículas do vírus no leite materno. Só que ainda não está claro se existe transmissão para o bebê porque nem todo vírus encontrado no leite é transmitido. Sabemos, por exemplo, que quem mama em uma mulher com hepatite A, B ou C não tem risco aumentado de pegar a doença — explica a infectologista Rosana Richtmann, presidente da Comissão de Controle de Infecção da Maternidade Santa Joana.
Segundo o vice-diretor de Serviços Clínicos do Instituto Nacional de Infectologia (INI), da Fiocruz, José Cerbino Neto, a possível transmissão pelo leite materno não provocaria no bebê outros problemas que não o próprio zika.
O vírus é grave, podendo levar à microcefalia na gestante infectada no primeiro trimestre de gestação, mas é um virose benígna para a população em geral.
COM O VÍRUS, AMAMENTAÇÃO NÃO DEVE SER INTERROMPIDA
Até o momento, não há relatos de lactentes terem sido contaminados pelo vírus Zika através da amamentação.
Por causa dos benefícios da amamentação, as nutrizes devem ser encorajadas a amamentar MESMO em áreas onde o ZIKA vírus é endêmico.
INFECTOLOGISTAS: Combatam o mosquito e não a AMAMENTAÇÃO!
Veja a nota do CDC – Centers for Disease Control and Prevention
Transmission
Through mosquito bites
Zika virus is transmitted to people primarily through the bite of an infected Aedes species mosquito. These are the same mosquitoes that spread dengue and chikungunya viruses.
· These mosquitoes typically lay eggs in and near standing water in things like buckets, bowls, animal dishes, flower pots and vases. They are aggressive daytime biters, prefer to bite people, and live indoors and outdoors near people.
· Mosquitoes become infected when they feed on a person already infected with the virus. Infected mosquitoes can then spread the virus to other people through bites.
Rarely, from mother to child
· A mother already infected with Zika virus near the time of delivery can pass on the virus to her newborn around the time of birth, but this is rare.
· To date, there are no reports of infants getting Zika virus through breastfeeding. Because of the benefits of breastfeeding, mothers are encouraged to breastfeed even in areas where Zika virus is found.
Possibly through infected blood or sexual contact
· In theory, Zika virus could be spread through blood transfusion. To date, there are no known reports of this happening.
· There has been one report of possible spread of the virus through sexual contact.
Page last updated: June 1, 2015
· Content source: National Center for Emerging and Zoonotic Infectious Diseases (NCEZID) Division of Vector-Borne Diseases (DVBD)
Presença do vírus Zika em 9 países leva OMS a emitir alerta mundial
Marieta Cazarré – Repórter da Agência Brasil
A Organização Mundial da Saúde (OMS), em conjunto com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), emitiu alerta epidemiológico mundial, com recomendações aos seus Estados-Membros, para que estabeleçam medidas de diagnóstico e acompanhamento de casos do vírus Zika.
De acordo com o comunicado conjunto, em 1° de dezembro havia registros de casos do vírus Zika em nove Estados-Membros: Brasil, Chile (Ilha de Páscoa), Colômbia, El Salvador, Guatemala, México, Paraguai, Suriname e Venezuela.
O comunicado ressalta a situação do Brasil, onde 18 estados já confirmaram a circulação do vírus, e onde já se confirmou a relação entre o vírus Zika e casos de microcefalia. Até o dia 30 de novembro deste ano, 1.248 casos de microcefalia foram registrados em 14 estados brasileiros. Os dados mostram que houve um aumento de mais de vinte vezes em relação a anos anteriores.
A Opas e a OMS também recomendam que os países reforcem a vigilância de síndromes neurológicas e anomalias congênitas e que fortaleçam o cuidado pré-natal às gestantes e aos recém-nascidos nas regiões onde o vírus está circulando.
Além disso, o documento destaca a importância de reduzir a presença do mosquito vetor, o Aedes aegypti, por meio de estratégias de controle eficaz do mosquito e de comunicação pública, com campanhas nos veículos de comunicação.
A respeito do tratamento no caso de infecção por vírus Zika, o comunicado ressalta que não há vacina específica e que a orientação é no sentido de amenizar os sintomas com repouso e medicamentos para a diminuição da febre. Os pacientes devem ingerir muito líquido para evitar desidratação.
Edição: Denise Griesinger
·