VACINA – FEBRE AMARELA: GESTANTES e MÃES que estejam AMAMENTANDO não devem tomar
VACINA contra FEBRA AMARELA:
GESTANTES e MÃES que estejam AMAMENTANDO bebês menores de 6 meses não devem tomar
O Ministério da Saúde informa que a vacinação imediata contra febre amarela nos municípios do estado de Minas Gerais deve ser, preferencialmente, a pessoas que vivem em áreas rurais dos municípios com casos suspeitos e a pessoas que nunca se imunizaram contra a doença. Todos os estados estão abastecidos com a vacina e o país tem estoque suficiente para atender toda a população nas situações recomendadas.
A OMS considera que apenas uma dose da vacina já é suficiente para a proteção por toda a vida. No entanto, como medida adicional de proteção, o Ministério da Saúde definiu a manutenção do esquema de duas doses da vacina Febre Amarela no Calendário Nacional, sendo uma dose aos noves meses de idade e um reforço aos quatro anos.
SOBRE A FEBRE AMARELA
A febre amarela silvestre (FA) é uma doença endêmica no Brasil, particularmente na região amazônica, mas também fora dela. Nos últimos anos, as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país também foram acometidas com casos da FA. O padrão temporal de ocorrência é sazonal, com a maior parte dos casos incidindo entre dezembro e maio, e com casos isolados ou surtos que ocorrem com periodicidade irregular, quando indivíduos suscetíveis entram em contato com locais onde existem os mosquitos transmissores da doença, que usualmente se alimentam do sangue de macacos. Isso ocorre com maior probabilidade em condições climáticas de elevada temperatura e pluviosidade, que favorecem a multiplicação desses insetos.
ESQUEMA VACINAL
Para pessoas de 2 a 59 anos, a recomendação é de duas doses. Pessoas com 60 anos ou mais, que nunca foram vacinadas, ou sem o comprovante de vacinação, o médico deverá avaliar o benefício desta imunização, levando em conta o risco da doença e o risco de eventos adversos nesta faixa-etária ou decorrente de comorbidades.
Apesar da alta eficácia do imunobiológico, o Ministério da Saúde alerta que, nos casos de pacientes com imunodeficiência, a administração da vacina deve ser condicionada à avaliação médica individual de risco-benefício, não devendo ser realizada em caso de imunodepressão grave.
Indivíduos com histórico de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina e outros produtos que contêm proteína animal bovina), assim como pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica), também devem buscar orientação de um profissional de saúde.
Orientações para a vacinação contra febre amarela para residentes em área com recomendação da vacina ou viajantes para essa área.
Indicação |
Esquema |
Crianças de 6 meses a 9 meses de idade incompletos |
A vacina está indicada somente em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem inadiável para área de risco de contrair a doença. |
Crianças de 9 meses até 4 anos 11 meses e 29 dias de idade |
Administrar 1dose aos 9 meses de idade e 1 dose de reforço aos 4 anos de idade, com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. |
Pessoas a partir de 5 anos de idade, que receberam uma dose da vacina antes de completar 5 anos de idade |
Administrar uma única dose de reforço, com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. |
Pessoas a partir de 5 anos de idade, que nunca foram vacinadas ou sem comprovante de vacinação |
Administrar a primeira dose da vacina e, 10 anos depois, 1 dose de reforço. |
Pessoas a partir dos 5 anos de idade que receberam 2 doses da vacina |
Considerar vacinado. Não administrar nenhuma dose. |
Pessoas com 60 anos e mais, que nunca foram vacinadas ou sem comprovante de vacinação |
O médico deverá avaliar o benefício e o risco da vacinação, levando em conta o risco da doença e o risco de eventos adversos nessa faixa etária ou decorrentes de comorbidades. |
Gestantes, independentemente do estado vacinal |
A vacinação está contraindicada. Na impossibilidade de adiar a vacinação, como em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem para área de risco de contrair a doença, o médico deverá avaliar o benefício e o risco da vacinação. |
Mulheres que estejam amamentando bebês com até 6 meses de idade, independentemente do estado vacinal* |
A vacinação não está indicada, devendo ser adiada até a criança completar 6 meses de idade. Na impossibilidade de adiar a vacinação, como em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem para área de risco de contrair a doença, o médico deverá avaliar o benefício e o risco da vacinação. Em caso de mulheres que estejam amamentando e receberam a vacina, o aleitamento materno deve ser suspenso por 10 dias após a vacinação ATUALIZADO |
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Viagens internacionais: seguir as recomendações do Regulamento Sanitário Internacional (RSI). Viagens para áreas com recomendação de vacina no Brasil: vacinar, pelo menos 10 dias antes da viagem, no caso de primeira vacinação. O prazo de 10 dias não se aplica no caso de revacinação. |
*VÍRUS VIVO atenuado passa pelo LEITE MATERNO
Essa nova recomendação do Ministério da Saúde orienta quem está amamentando a adiar a vacinação contra a febre amarela até o bebê completar seis meses. De acordo com o Ministério, há risco de os bebês serem contaminados pelo vírus atenuado da doença, usado na fabricação do imunizante (vacina). O vírus atenuado da vacina está presente no leite materno da nutriz (lactante) que foi vacinada.
Caso não seja possível adiar, o Ministério recomenda que as mães retirem o próprio leite antes da imunização e o congelem para uso durante os 28 dias subsequente à vacina. (Uma recomendação difícil de ser cumprida, dado o volume grande a ser ordenhado). Após 28 dias o vírus atenuado não estará mais presente no leite materno.
As alterações nas orientações para quem está amamentando ocorreram em razão de o Brasil ter registrado, pela primeira vez na história, dois casos em que mães vacinadas contra a doença transmitiram às crianças, por meio da amamentação, o vírus. Os dois bebês, que apresentaram problemas neurológicos, evoluíram bem.
Notar: O fato de estarmos divulgando essas informações não significa que estamos recomendando a vacinação para todo o Brasil. A vacina contra a Febre Amarela não é uma vacina que deva ser dada a tod@s, e sim apenas para quem mora ou viaja para as áreas de risco.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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