Estudo da OMS destaca que aleitamento é importante para a prevenção de doenças graves como a pneumonia
GENEBRA. Milhões de crianças em países em desenvolvimento estão em risco de desenvolver as mais diversas doenças por não receberem leite materno. O alerta está num estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) que analisou dados de 94 países.
De acordo com o estudo, apenas 39% das crianças recebem exclusivamente leite materno nos primeiros seis meses de vida, conforme recomenda uma resolução da OMS aprovada há três anos. Segundo os especialistas, boa parte das mulheres também não amamenta os filhos até os 2 anos de idade.
De acordo com os especialistas, o aleitamento materno traz grandes benefícios à saúde das crianças. O leite materno incentiva o desenvolvimento do sistema imunológico das crianças, ajudando a protegê-las contra diversas doenças graves, como pneumonia e diarréia — o que é particularmente importante em países mais pobres.
O novo estudo, entretanto, sugere que a mensagem da OMS não está sendo captada por mulheres em países em desenvolvimento. Na África, por exemplo, apenas uma em cada quatro mulheres amamenta seus filhos exclusivamente com leite materno em seus primeiros seis meses de vida.
O levantamento revela que a maioria das crianças recebe leite materno até os 2 anos de idade. Entre seis e onze meses de vida, apenas 14% são amamentadas pelas mães. Dos 12 aos 23 meses, 32% não recebem leite materno.
Mas os números variam muito de acordo com regiões. Na América Latina e no Caribe, por exemplo, somente 37% das crianças com mais de 1 ano se alimentam com leite materno.
Segundo os especialistas, é preciso que esses números aumentem. “A diferença entre a prática e o que é recomendado é muito grande”, assinalaram os especialistas.
“É preciso dar mais atenção ao aleitamento materno, especialmente ao aleitamento exclusivo.”