UMA NUTRIZ SUBMETIDA A MAMOPLASTIA REDUTORA PODE AMAMENTAR ?
A possibilidade de a mulher amamentar depois de uma mamoplastia depende do tipo de cirurgia e de técnicas específicas utilizadas, se conexões nervosas foram danificadas, e da quantidade de tecido removido. Geralmente, o aleitamento materno é possível após cirurgias de aumento das mamas. A produção de leite após a redução operatória é freqüentemente inadequada para manter a amamentação exclusiva. Provavelmente, é maior se o cirurgião tomou cuidado em preservar terminações nervosas, ductos lactíferos, e vasos sanguíneos intactos. O aleitamento é melhor sucedido se a técnica do pedículo (a aréola e o mamilo permanece preso a glandula mamária, enquanto o tecido é removido) é realizada; adequada drenagem do leite é raramente possível com a técnica do mamilo livre (o mamilo é removido e recolocado).
Recomendamos
* Levar em consideração o tipo de cirurgia praticada. Se a cicatriz cirúrgica for não peri-areolar, a mãe é mais propensa a ser capaz de sustentar a amamentação sem complementação.
* Aconselhar a nutriz que o aleitamento materno é possível e encorajá-la a iniciar o amamentação o mais cedo possível e com bastante freqüência. A capacidade de produzir leite entre as mulheres varia muito e não pode ser prevista. Cada caso deve ser considerado individualmente.
* Monitorizar cuidadosamente a nutriz e verificar sinais de produção e ejeção láctea. Acompanhar o lactente, seu adequado crescimento, hidratação e funções de eliminação.
* A adequação no início pode não ser preditora da suficiente produção láctea posterior, quando o lactente requerer volumes cada vez maiores. O “follow-up” é necessário para assegurar-se que a transferência do leite está possibilitando a sustentação do crescimento.
* As técnicas de oferta de suplementação, no caso de necessidade de nutrição adicional deve ser: por copo e por sistemas de sondas naso-gástrica colocada junto a aréola-mamilo (sistema de relactação ou lactação adotiva).
Referências
– Higgins, S. Haffty BF: Pregnancy and lactation after breast-conserving therapy for early stage breast cancer. Cancer 73:2175-80, 1994.
– Marshall DR, Callan PP, Nicholson W: Breastfeeding after reduction mammaplasty. Br J Plast Surg 47:167-79, 1994.
– Riordan, J. & Auerbach, KG – “Amamentação – guia prático” Ed. Revinter, RJ, 1999.
– Riordan, J, and Auerbach, KG: Breastfeeding and Human Lactation. Boston: Jones and Bartlet Publishers, 1993; (Chapter 14, “Breast-Related Problems”) see especially pp. 387-90; (Chapter 11, “Breast Pumps and Other Technologies,”) see especially pp. 317-22.
– Valdes, V, Sánchez, AP, Labbock, M. – “Manejo clínico da lactação – assistência à nutriz e ao lactente” Ed. Revinter, RJ, 1996.
– Widdice, L: The effects of breast reduction and breast augmentation surgery on lactation: an annotated bibliography. J Hum Lact 9:161-67.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Faculdade de Medicina da UFRJ