PROFISSIONAIS E DEZENAS DE PESQUISADORES
REPUTIAM MÉTODO DE “DEIXAR CHORAR PARA aprender A DORMIR” !
Prezado Dr. Marcus:
Quero aliar-me ao seu movimento. Sou psicanalista há trinta anos, e sigo os ensinamentos de D.W.Winnicott (ele próprio pediatra, antes de tornar-se psicanalista) e John Bowlby.
Tenho muitos amigos que compartilham essas teorias comigo, e já traduzi dois livros do próprio Winnicott e um sobre ele.
Estou em condições de reforçar os seus pontos de vista, se você precisar. Essa briga contra gente que escreve esse tipo de coisas como os dois espanhóis é minha também. Aliás, essa é uma briga universal – entre os que defendem os direitos da criança pequena e os que os negam, acreditando que a criança pequena é um adulto que nasceu defeituoso – como se todos os bebês fossem “prematuros”, e só ficassem “prontos” lá pelos trinta anos de idade, depois de devidamente “consertado” pelos que o criaram e pela sociedade…
Como psicanalista, não estou em condições de fazer muito pela sua causa, a não ser nos bastidores, porque você sabe que o prestígio popular da psicanálise não é lá essas coisas. Por isso, acho uma bênção dos céus um pediatra ter tomado a frente desse movimento. Mas como “assessor” posso prestar bons serviços `a sua causa, pois toda a minha carreira foi construída em cima das reflexões de Winnicott sobre a importância vital dos primeiros meses de vida.
Essa “teoria” dos dois espanhóis é um crime. Eu os processaria no Tribunal Internacional de Haia, não por crimes de guerra contra a humanidade, mas por divulgarem publicamente uma proposta que consiste, na verdade, num massacre, num quase genocídio, numa prática de infanticídio que, se não mata o corpo do bebê, mata a sua estrutura emocional.
Estou pesquisando se há estudos sobre as consequências da “educação racional” realizada pelos membros do movimento kibutziano, em Israel, na primeira metade do século passado, onde propostas muito parecidas com as dos espanhóis foram aplicadas na intenção de produzir cidadãos sem medo, sem dependências e sem moleza. O resultado pode ter sido o surgimento de gerações de esquizóides, capazes de qualquer coisas objetiva mas com enormes dificuldades emocionais. O fato (ver a seguir) é que já há mais de trinta anos essas idéias foram descartadas e os velhos esquemas de criação trazidos de volta aos berçários (onde estes foram mantidos) ou substituiram inteiramente os berçários. Numa página sobre “O Kibutz”, na Internet, pode-se ler o seguinte:
Raising Children
Unlike former times when they lived in communal childrens houses, children in the majority of kibbutzim today sleep at their parents home until they reach high school age. However, most of their waking hours are still spent with their peers in facilities adapted specifically for each age group. At the same time, parents are becoming increasingly involved in their childrens activities, and the family unit is gaining more importance in the structure of the kibbutz community. Thus the granddaughters of women who 75 years ago insisted on being released from domestic chores are now the leading force within the kibbutz for more parental involvement in the upbringing of young children and for allocating women more time at home with their families.
Mais adiante, encontramos:
Based on the voluntary participation of its members, the kibbutz is a communal society which assumes responsibility for its members needs throughout their lives. It is a society that strives to allow individuals to develop to their fullest potential, while demanding responsibility and commitment from each person to contribute to the welfare of the community. For some, the feelings of security and satisfaction engendered by belonging to a small, closed community are among the advantages of kibbutz living, while others might find communal life very confining.
At first kibbutz society as a whole took precedence over the family unit. In time, this priority shifted, as the community became increasingly familycentered. Today, in the context of a normal society of grandparents, mothers and fathers, aunts and uncles, sons and daughters, the kibbutz still offers a level of cooperation which provides a social framework and personal economic security.
O site é:
http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/Society_&_Culture/kibbutz.html
Assim, as idéias pregadas pelos dois escritores já nascem condenadas por uma experiência histórica fracassada, mesmo tendo sido realizada com o máximo de cuidado, atenção e intenção positiva. Minha afirmação sobre as consequências patológicas dessa experiência em seus primeiros tempos não pode ser corroborada neste momento, mas eu aposto nela, e estou esperando encontrar os tais estudos sobre essa fase da história do Kibutz.
De um modo ou de outro, a própria psicanálise já acumulou conhecimentos suficientes para confirmar o que você diz na sua contestação ao livro em questão.
Portanto, desejo assinar o manifesto e passar a colaborar com a sua campanha do modo que me for possível.
Davy Bogomoletz
Psicanalista
Al. Itapecuru, 645 sala 925, Alphaville, Barueri, São Paulo.
Tel. 4193-6613.
Muito obrigado, e FORÇA.
Precisamos derrotar esse pessoal.
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Prezado Marcus:
Há algum tempo venho acompanhando os livros com “dicas” em relação ao sono dos bebes (e crianças maiores). Primeiro devido ao nascimento de minha filha temporã e também porque tem relação com o trabalho de pesquisa da nossa equipe sobre a neurobiologia da emoção. Tenho discutido esse assunto com todas as turmas de graduação e pós-graduação (disciplinas de Neurofisiologia para Medicina e Psicologia; e Neurobiologia da Emoção para a pós-graduação em Fisiologia) e é de espantar como essa idéia estapafúrdia que “pegar no colo” é “errado”
Quando começamos a estudar os mecanismos básicos de sobrevivência de nossa espécie (e de outros mamíferos sociais) eles começam a se dar conta do absurdo dessa proposta. Nossos ancestrais certamente viviam e dormiam “embolados” com suas crias. Nossos filhotes tem um sistema de alarme não-aprendido que se manifesta bem cedo e sinaliza sempre que eles se separam dos adultos, enquanto que os adultos do grupo são extremamente sensíveis a esses sinais. Se assim não fosse, nossa espécie (e a de outros mamíferos) não teriam sobrevivido, pois o maior risco a nossa sobrevivência é ficarmos sozinhos (particularmente as crianças)!. Essas vocalizações foram estudadas em várias espécies e os circuitos neurais foram traçados. Recentemente, o trabalho de
Eisenberger NI, Lieberman MD. (Why rejection hurts: a common neural alarm system for physical and social pain. Trends Cogn Sci., 8:294-300, 2004)
mostrou em HUMANOS, que a rejeição social, mesmo provocada num paradigma experimental simples de um jogo de computador, evoca sentimentos de angústia e sofrimento e ativa as mesmas áreas cerebrais da dor física (córtex cingulado anterior). Esses resultados levaram os autores a especular que a separação social equivale a dor física na sinalização de alarme para uma situação premente de perigo.
Ou seja, quando uma criança chora ao perceber sinais de separação (visuais, auditivos e principalmente somáticos) seu cérebro está acionando o recurso máximo de alarme para uma ameaça à sua sobrevivência. Do mesmo modo, o cérebro dos adultos mais próximos dispara sinais de que a criança deve ser socorrida. A proposta de reprimir o impulso de pegar a criança no colo é tão absurda, pois viola umas das nossas reações mais básicas e fundamentais. Por outro lado, é de se prever que não há benefício algum para o bebê, pois não há nada a ser “aprendido” nessa situação a não ser acionar o mecanismo seguinte de “desespero” que é o de adotar a postura de parar de chorar e reduzir os movimentos, interpretado por alguns estudiosos como um tentativa extrema de “economizar” energia para uma eventualidade de “salvamento”.
Outra coisa que costumo mostrar aos alunos é a impossibilidade de uma criança com menos de 3 anos “fazer manha”. Para isso, ela teria que ter desenvolvido a “Teoria da Mente” que lhe permitiria interpretar as ações dos adultos caso ela adotasse essa ou aquela atitude, o que as crianças abaixo dessa idade, por mais inteligentes e espertas que sejam, não têm condições de fazer.
Concluindo, apoio integral e veemente a sua crítica e coloco-me à sua disposição para ajudá-lo no esclarecimento do maior número de pessoas dessa “violência” sem sentido.
Profa. Dra. Eliane Volchan
Laboratório de Neurobiologia II
Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho
Universidade Federal do Rio de Janeiro
CCS – Bloco G – Ilha do Fundão
21941-900 Rio de Janeiro
Tel: 25626556/6514
Fax: 22808193
email: [email protected]
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Olá Marcus,
eu fui um bebê que segundo minha mãe “trocou a noite pelo dia”. Devia ter uma ano e pouco de idade e a recomendação do médico foi “deixe-a chorar até cansar”. Resultado, diz minha mãe, com pesar na consciência que eu chorei 21 NOITES SEM PARAR e só na 22ª noite, desisti, ou seja adormeci.
Esse tratamento brutal deixou sequelas que merecem atenção até hoje.
Desejo de todo o coração que seu movimento evite que outros bebês tenham esse tipo de experiência emocional.
[email protected]
Psicoterapia Psicodinâmica Breve Focal
Hipnose Clínica
55 21 96431689
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Rafael Rodrigues de Macedo
9900201400 8 ssp Ce
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Martha Luiza Brasil- CRM:5253429-5
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Olá Dr. Marcus,
Como está?
Tenho acompanhado na mídia a discussão em torno do choro do bebê. Li também o artigo publicado no seu site.
Como tenho um bebê de 9 meses, sem muito bem da importância do assunto e sofri com dúvidas sobre como lidar com o assunto. Mas as maior parte das informações que obtive na internet sobre este assunto coincidem com a opinião de vocês. De fato, desde que tivemos informações coerentes, soubemos tratar nossa filha melhor.
Dou força para esta ser a nova campanha do Aleitamento.com.
Abraços,
Sylvio Nogueira
Prisma Comunicação & Design
www.prismaweb.com.br
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Maria Fernanda G. e Souza
RG nº: 11605520-3 IFP
Adesão ao Manifesto contra o livro que apoia deixar a criança chorar .
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Olá, sou uma das Mães Empoderadas.
Meu nome: Aline de Azevedo Lima
RG: 535.954-6 Min. Mar.
Sucesso e um abraço,
Aline
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Gostaria de enviar meu apoio à acampanha contra a idéia de que deixar o bebê chorar previne manhas.
Penso que essa mentalidade confunde os pais e é muito danosa ao desenvolvimento saudável da criança.
Teresa Rocha – 02519422-6 IFP
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Gostaria de assinar o manifesto. Não posso crer que nós, mamíferos racionais, nos comportemos, com relação às nossas crias, de modo tão cruel, coisa que nem os mamíferos tidos como irracionais fazem. Sou mãe de um
bebê de 8 meses e cheguei a conhecer teoricamente o método “nana nenê”. Se na teoria ele me pareceu terrível, imagine na prática. Muito importante a sua iniciativa, pois as mães de primeira viagem são as primeiras a serem
seduzidas por idéias e concepções onde o que vale é a lei do “menor esforço”: deixar o beber chorar até cansar é “menos trabalhosol” do que estar com ele no colo, acalentando, confortando!!!
Flavia Medina Vilhena
Advogada
09321216-4 IFP
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Prezado Marcus,
fiquei absolutamente indignada ao ler a reportagem da revista de domingo do Globo.
Quero lhe dizer que além de ser psicóloga, tenho uma filha de 2 anos a qual prontamente sempre atendi em suas manifestações de choro. Minha filha mesmo sendo recém nascida não dormia durante o dia… e eu nunca a larguei chorando no berço!
Proporcionei um ambiente sem sons, luz, interferências externas, etc… muitas vezes ouvi pessoas dizerem que a criança tem que se acostumar com burulho e dormir nele.
Segui os meus instintos. Fui controlando o ambiente, o horário, andava de carro porque ela não resistia e dormia e assim fui criando uma rotina de horários pra ela. Depois passei a deitá-la em minha cama e assim faço até hoje!
Depois do seu banho noturno ela deita na minha cama, fazemos silêncio e mesmo que ela não esteja suficientemente cansada para dormir imediatamente, ela acaba logicamente adormecendo… aprendeu a dormir sem extresse! Calma e tranqüila. Depois a coloco em sua cama aonde passa a noite. E se acordar de madrugada fica comigo novamente até dormir e voltar para seu berço.
Você não tem noção da indignação que eu estou por causa desse livro! Como as pessoas podem ser tão maldosas a ponto de pensar que uma criança que chora para dormir tem que ficar esguelando até cansar Heim? Será que nem a maturidade pode trazer o mínimo de conhecimento (e cá entre nós) sensibilidade pra essas pessoas entenderem que o choro do bebê é a manifestação do seu problema? Será que essas pessoas ainda não entenderam que se um bebê está chorando é porque algo está errado? E mesmo que seja considerado a famosa manha ontinua sendo sinal de algo está errado? Será que as pessoas ainda não perceberam que essa também é uma forma de atenção e que se o bebê a requer desta forma talvez o erro seja em como esse bebê recebe atenção? E assim o erro passaria a ser dos adultos? bem… é mais fácil continuar colocando a culpa em quem ainda parece ser o mais fraco né?
Quero te dizer o seguinte:
Conte com meu apoio contra essa pubicação horrorosa! Enviarei à toda minha caixa de contatos um pedido para que assinem esse manifesto! Já o fiz com o número da minha identidade!
atenciosamente,
Marcia Vieira S. Thuler
Psicóloga
CRP 25075/05
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Acompanhe esta discussão – em breve mais contestações, depoimentos, resultados de pesquisas…