LACTENTES COM FENILCETONÚRIA podem ser AMAMENTADOS
Uma Diferente Abordagem para a Amamentação de Crianças com Fenilcetonúria
Num estudo feito por um grupo holandês, publicado recentemente no European Journal of Pediatrics, os autores objetivaram estudar a possibilidade e segurança de uma nova conduta para amamentar crianças com fenilcetonúria (PKU).
Comparou-se um grupo de crianças com PKU alimentadas por leite materno de acordo com o novo protocolo dos pesquisadores com um grupo de crianças com fenilcetonúria alimentadas apenas com fórmula infantil. O grupo com leite materno consistiu de 9 crianças nascidas entre 1994 e 1999 amamentadas na época do diagnóstico.
O grupo com uso de leite de vaca modificado consistiu de 9 crianças com PKU, nascidas entre 1988 e 1997. No grupo com leite materno, as amamentações alternaram entre leite materno e leite de vaca modificado sem fenilalanina (Phe). Os números de mamadas no seio foram adaptados às concentrações plasmáticas de Phe. Em cada mamada, tanto na mamadeira quanto no seio, permitiu-se à criança a liberdade para atingir a saciedade.
Dados no controle metabólico e crescimento durante os primeiros 6 meses não mostraram diferenças estatísticas. A concentração média de Phe no grupo com leite materno foi de 170 µmol/l (variando entre 137–243 µmol/l) e no grupo com mamadeira foi de 181 µmol/l (variando entre 114–257 µmol/l). Comparada com a conduta diária onde tanto a mamadeira quanto o seio são oferecidos para cada alimentação, esta nova abordagem é mais conveniente para os pais e a criança será capaz de esvaziar o seio.
Os autores concluíram que os resultados sugerem que este protocolo de amamentação é seguro no tratamento estrito de crianças com fenilcetonúria.
Uma resenha de A different approach to breast-feeding of the infant with phenylketonuria – European Journal of Pediatrics