Colo no choro não “estraga” bebê, diz estudo.
Radu Sighet/Reuters
CONFUSÃO
30% dos pais experientes pegam o bebê que chora no colo, mas não sabem se é certo.
O que fazer quando o bebê está chorando sem parar? É melhor deixá-lo ou pegá-lo no colo? Um estudo conduzido pela Queensland University of Technology e pelo River Early Parenting Centre, nos Estados Unidos, apontou que os pais devem seguir seus instintos e acalentar a criança sem ter medo de “estragá-la”.
“Muitos pais de bebês com menos de 12 semanas não têm certeza se devem pegar o filho quando ele chora”, diz a pesquisadora Karen Thorpe. A orientação, segundo os especialistas envolvidos na pesquisa é: devem, sim.
As respostas dos entrevistados apontaram que 20% dos pais de primeira viagem e 30% dos já experientes não têm certeza se é correto levar o recém-nascido ao colo durante uma crise de choro, mas costumam fazê-lo. Já cerca de 25% dos pais de primeira viagem e pouco mais de 10% dos pais experientes acreditam que isso pode “estragar” a criança.
De acordo com os pesquisadores, durante os primeiros três meses de vida, é fundamental para o desenvolvimento emocional e neurológico do bebê obter resposta dos pais ao choro.
A conclusão é que os pais devem confiar mais nos próprios instintos nas atividades relacionadas aos cuidados com seus filhos e valorizar menos o bombardeio de informação sobre qual seria o melhor modo de fazê-lo.
O colo
As primeiras semanas que se seguem ao nascimento
são como a travessia de um deserto.
Deserto povoado de monstros:
as novas sensações que,
brotadas do interior,
ameaçam o corpo da criança.
Depois do calor no seio materno,
depois do terrível estrangulamento do nascimento,
a enregelada solidão do berço.
A seguir, aparece uma fera,
a fome,
que morde o bebê nas entranhas.
O que enlouquece a pobre criança
não é a crueldade da ferida.
É essa novidade:
a morte do mundo que a rodeia
e que empresta ao monstro
exageradas proporções.
Como acalmar essa angústia ?
Nutrir a criança ?
Sim.
Mas não só com o leite materno.
É preciso pegá-la no colo.
É preciso acariciá-la, embalá-la.
E massageá-la.
É necessário conversar com a sua pele,
falar com suas costas
que têm sede e fome,
como sua barriga.
Nos países que preservam
o profundo sentido das coisas,
as mulheres ainda se recordam disso tudo.
Aprenderam com suas mães
e ensinarão às suas filhas
esta arte profunda, simples
e muito antiga
que ajuda a criança a aceitar o mundo
e a sorrir para a vida.
Shantala kjjm – uma arte tradicional – massagem para bebês
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