Leite materno diminui risco de obesidade infantil, diz pesquisa
Estudo foi feito por pediatras da USP.
80% das crianças obesas deixaram de mamar no peito antes dos seis meses.
Do G1, em São Paulo, com informações do Jornal Hoje
Um estudo feito por pediatras do hospital universitário da Universidade de São Paulo mostra que 80% das crianças obesas deixaram de ser amamentadas antes dos seis meses de vida.
Para os médicos, é mais uma prova da importância do aleitamento materno. A orientação dos especialistas é que o bebê seja alimentado exclusivamente com o leite da mãe até o sexto mês de vida.
Interromper a amamentação antes da hora significa que a criança pode começar a se alimentar de forma errada desde cedo, ingerir mais açúcar e gordura do que o necessário, o que aumenta o risco de obesidade.
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“A maioria das pessoas que usa o leite de vaca acaba colocando complementos nesse leite. Farinha, açúcares. Isso muda a composição do leite, aumentando o teor calórico”, diz a pediatra Ana Cláudia Travassos.
Aos 4 anos, Maiara tem o peso de uma criança de 7 anos: 22 kg. Para os médicos, o caso dela confirma o que diz a pesquisa. Maiara passou a mamar apenas na mamadeira a partir dos quatro meses.
“Ela gosta de comer salgadinhos, balas, pirulitos… Ela acaba de comer, mas se você der uma bala, ela come”, conta o pai, Ricardo dos Santos. “Eu voltei a trabalhar, a amamentava só à noite. Então, acabou diminuindo o leite”, conta a mãe, Marcelina Silva.