ALEITAMENTO MATERNO e Saneamento básico diminuem MORTALIDADE INFANTIL
Gabriel Miranda – Andrade Comunicação para UAI – Saúde Plena
Regiões carentes de saneamento básico, principalmente no Norte e Nordeste, apresentam os maiores índices de mortalidade infantil do País. De acordo com pesquisa realizada pelo Institute for Health Metrics and Evaluation e divulgada recentemente pela revista médica britânica The Lancet, a taxa de mortalidade infantil no Brasil caiu 61,7%, passando de 52,04 mortes por mil nascimentos em 1990 para 19,88 mortes por mil em 2010. Com isso, o País se aproxima do cumprimento da meta do milênio, que é chegar a 2015 com uma taxa de 15 mortes a cada mil nascidos.
Mesmo com a queda considerável, o Brasil ainda está longe dos índices registrados em países como Islândia, Suécia e Chipre – três mortes por mil nascimentos – e também fica atrás dos nossos vizinhos Chile (6,48 mortes por mil), Colômbia (15,31) e Argentina (12,88). No entanto, o País tem tudo para ser uma das poucas nações do mundo que vai cumprir a redução dessa taxa para daqui a cinco anos.
A falta de acesso ao saneamento básico é uma das explicações para os altos índices de mortalidade infantil no Brasil. Um estudo do Instituto Trata Brasil, com números de 2008, mostra um déficit de 49,1% no acesso à rede de esgoto no País. Os Estados com as maiores carências são Piauí (com 97,49%), Amapá (96,44%), Rondônia (96,2%), Pará (95,1%) e Maranhão (88,63%).
O Instituto conclui que, nos locais sem acesso a saneamento, as chances de uma mulher ter um filho nascido morto são de 23,8%, número que cai para 10,8% nas regiões atendidas por redes de esgoto. No ranking de Estados com maior taxa de mortalidade infantil, as oito primeiras posições são de unidades do Nordeste, com a Paraíba na liderança.
Além da questão do saneamento, é importante realizar campanhas de incentivo ao aleitamento materno, que podem contribuir para uma redução da taxa de mortalidade infantil no País.
Efeito DOMINÓ do ALEITAMENTO
O aleitamento materno, além de proteger das infecções, ajuda a evitar a desnutrição.
As infecções provocam diarreia e a desnutrição facilita a diarreia e outras infecções, como num efeito dominó.
O uso do leite materno pode reduzir muito os riscos de mortalidade.
Apoio do empresariado
Em abril, o Ministério da Saúde (MS) convidou cerca de 200 empresários para sensibilizá-los sobre a importância do aleitamento materno e incentivá-los a criar Salas de Apoio à Amamentação nas empresas. Os participantes puderam conferir um protótipo de sala de apoio à amamentação, que ficou exposto do hall do auditório durante o evento.
Para o MS, a participação crescente da mulher brasileira no mercado de trabalho não deveria privá-la de amamentar seu filho. No entanto, mais de 34% das mães brasileiras que voltam ao trabalho no Brasil deixam de amamentar. Por isso, o Ministério deu um passo importante para a promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno no Brasil. Publicou a Portaria nº 193, de 23 de fevereiro de 2010, em que o Ministério e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelecem as normas para implementação de salas de apoio à amamentação em empresas públicas e privadas.
Com a implantação de uma sala de apoio à amamentação, não só mães e filhos são beneficiados. Empresas que tomam essa iniciativa tendem a ter menos problemas com a ausência de funcionárias para tratar de problemas de saúde dos filhos. Considerando que o leite materno possui anticorpos que previnem doenças e, consequentemente, crianças que mamam no peito adoecem menos.
Leia mais aqui no www.aleitamento.com sobre
Vantagens do leite materno e da amamentação
e
Salas de Apoio à Amamentação