Dicas Práticas
O Aleitamento Materno exclusivo possibilita um ótimo crescimento e desenvolvimeno do lactente até os 6 meses de vida. Na década de 90, em comparação com as anteriores, cada vez mais estamos chegando perto deste ideal. No entanto, o que temos observado é que a introdução dos novos alimentos não tem sido adequada, prejudicando a continuidade da amamentação e a saúde do bebê. Quais tem sido as recomendações mais atualizadas da OMS e do UNICEF para este período crítico da vida do lactente ?
O fundamental é preservarmos a alimentação ao seio até o segundo ano de vida. Para isto, não introduzimos outro leite, mesmo sendo uma fórmula infantil (leite de vaca modificado) que se apresente apropriado para esta fase. E, consequentemente não é necessário o uso de mamadeiras e chupetas. Aos 4-6 meses o bebe tem condições de usar bem o copo (aberto ou fechado – com tampa) e tomar suco de frutas ou água de côco, por exemplo na colação – pequeno lanche da manhã. Na hora do almoço, introduzimos uma refeição-de-sal, baseada na comida da família, com adaptações (exclusões de alguns codimentos e inclusões de verduras, legumes, hortaliças). Reparem, que não é “sopa”, e sim papa, ou seja, mais consistente, com menos água. Deve-se acrescentar 5 ml de azeite de oliva, sobre a refeição “salgada”, para aumentar o aporte calórico (energético) e de vitaminas liposolúveis.
No lanche à tarde, uma papa de frutas, também oferecida na colher. Todos estes novos alimentos sólidos são amassados com o garfo ou passados na peneira, nunca no liquidificador!
Na hora do jantar espera-se que a nutriz (ou lactante) já tenha chegado do trabalho para amamentar. A introdução destes novos alimentos deve ser feita aos poucos – em quantidade e qualidade, e na primeira semana de adaptação, complementada com mamadas ao seio. O leite materno ordenhado, retirado durante o trabalho materno, deve ser conservado em frascos limpos, armazenado em geladeira e levado refrigerado e pode ser dado no dia sequinte, substituindo ou complementando uma destas refeições de “desmame”. Todo este esquema deve ser planejado e é fundamental que a pessoa que toma conta ou a creche estejam de acordo com estas novidades. Eis aí uma ótima oportunidade para o pai participar mais ativamente.
Consulte seu pediatra (capacitado em aleitamento materno) ou uma nutricionista, que pode ser a da creche. Embora no início, o bebê recuse os novos alimentos, um reflexo primitivo de extrusão, e pense que você o está “rejeitando”… E, que você também tenha dificuldade e ás vezes até uma certa “culpa” de ter que deixá-lo… Está na hora oportuna da família vivenciar mais esta etapa do desenvolvimento…
Afinal, crescer é tornar-se independente.