A POESIA da AMAMENTAÇÃO
Por Luis Alberto Mussa Tavares, Pediatra, Campos dos Goytacazes, RJ
A mama prepara em silencio e lentamente
O leite que o bebê vai precisar pra crescer
Como um segredo guardado dentro da gente
Que um dia todo mundo vai conhecer
A mama como se fosse um recipiente
De se preparar, guardar e de se oferecer
De se estocar e esgotar se continuamente
A mama, essa usina plena de poder…
Prepara a mama desde a gestação
O alimento completo para a sucção
Para a proteção da mamãe e do bebê
A mama discreta, mas nada mais gigante,
Do nascimento até dois anos em diante,
É impossível não perceber…
Muita calma nessa mama. Muita paz.
Muita serenidade. Muita oração.
Silêncio e tranquilidade
São essenciais à amamentação…
Muita calma nessa hora delicada
Muita reserva. Muita concentração.
Apoio também é bom. A gente gosta.
Muita vontade e determinação.
Entre espasmos musculares discretíssimos
Provocados por descargas neuroendócrinas
O leite vaza do interior da mama
E jorra em deliciosa apojadura
Em forma de uma líquida ternura
E a vida escorre dessa mágica derrama…
Muita calma nessa mama
Muita calma e o resto vem:
O leite materno em grande
Quantidade pro neném
Muita calma nessa mama
Que é pro bebê mamar bem:
Mens sana, mamada sana,
E leite pra mais de cem…
Muita calma nessa mama
O leite, se a mama é calma,
Às vezes dá de vazar…
Muita calma nessa mama
Senão o bebê reclama:
Mamãe eu quero mamar…
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