A MAIOR TRAGÉDIA SANITÁRIA e HUMANITÁRIA
que o BRASIL JÁ VIVEU
Brasil tem 2.736 mortes por Covid em 24 h e bate recorde de média móvel de óbitos e de casos
A Pandemia da Covid já ceifou a vida de mais de 290.000 brasileiros.
Em cartas encaminhadas a Harsh Vardhan e Tedros Adhanom Ghebreyesus, respectivamente, Presidente do Conselho Executivo e Diretor Geral da Organização Mundial da Saúde, e a Michelle Bachelet, Alta Comissária dos Direitos Humanos, a Frente e o Conselho Nacional de Saúde (CNS) destacam que a pandemia no Brasil tornou-se uma ameaça à saúde global. As cartas levam um apelo para que se exija do governo brasileiro o cumprimento dos tratados e das resoluções internacionais dos quais a nação é signatária.
A missiva à OMS foi oficialmente entregue ontem (08/03) por Fernando Pigatto, presidente do CNS, a Socorro Gross, representante da Organização Panamericana de Saúde no Brasil, em Brasília, que a fará chegar aos altos dirigentes desse importante órgão da governança internacional.
“O Brasil se tornou o epicentro da pandemia e o governo precisa ser responsabilizado. O que se faz ou deixa de fazer aqui gera consequências de vida ou de morte para o nosso povo e para a população da América Latina e do mundo”, afirmou Pigatto.
A representante da Opas/OMS apontou preocupações com o momento.
“Os dados que temos em relação ao que aconteceu na Europa e Estados Unidos mostram que o impacto na transmissão e na hospitalização é maior que na primeira e, por isso, pensamos que as medidas deve ser extremas, tanto de distanciamento, do uso de máscaras, de evitar aglomerações, uso de álcool gel e lavagem das mãos”, ressaltou Socorro confirmando que o documento será encaminhado aos dirigentes da OMS.
Os posicionamentos se coadunam aos de Tedros Adhanon. Em coletiva de imprensa, realizada no último dia 5, o diretor-geral da OMS considerou a situação da pandemia no Brasil é “muito preocupante” e pediu que o governo federal tome “medidas agressivas” de saúde pública. Com a carta, a Frente Pela Vida apoia tal chamamento e ressalta a necessidade de ações ainda mais enérgicas. Confira a Carta encaminhada à OPAS e à OMS
A carta ao Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas também foi encaminhada no dia 8 à Federação Mundial das Associações de Saúde Pública (WFPHA), que representa as associações nacionais de saúde pública, como a Abrasco, junto aos organismos multilaterais, para ser oficialmente entregue ao Escritório do Alto Comissariado do Conselho, sediado em Genebra.
“O descontrole da pandemia no Brasil atinge não apenas os que aqui residem, mas ameaça o mundo todo com a disseminação de novas variantes do vírus. A OMS e o Conselho dos Direitos Humanos da ONU não podem intervir diretamente no país, mas devem alertar o governo para as possíveis retaliações que o Brasil pode sofrer por desrespeitar as normas sanitárias internacionais e os direitos humanos”, diz Luis Eugenio de Souza, vice-presidente eleito da Federação Mundial das Associações de Saúde Pública (WFPHA) e integrante do atual Conselho da Abrasco, um dos responsáveis por esta ação de caráter emergencial. Confira a Carta encaminhada ao Alto Comissariado dos DH da ONU.
*A Frente pela Vida está sendo conduzida pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),o Conselho Nacional de Saúde (CNS), a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), o Centro Brasileiro de Estudos da Saúde (Cebes), a Sociedade Brasileira de Bioética (SBB) e a Rede Unida. Muitas outras entidades já estão se juntando a esta iniciativa.
Nós do aleitamento.com aderimos à Frente pela Vida nesse momento tão catastrófico para a população brasileira. Nada é mais urgente do que à defesa da dignidade humana e de valores fundamentais para a sociedade no enfrentamento da pandemia de coronavírus: a vida, a saúde e o SUS, a ciência, a solidariedade, a preservação do meio ambiente, a democracia.
Fonte: Abrasco, produzida por Bruno Cesar Dias, com informações da Ascom/CNS.