Círculos de Apoio à Amamentação para as Mães e Crianças no Brasil
SMAM 2013
WABA
OS CINCO CÍRCULOS DE APOIO à amamentação ilustram as potenciais influencias sobre a decisão de uma mãe amamentar e ter uma experiência positiva em aleitamento materno. Anteriormente já apresentado durante a Semana Mundial da Amamentação 2008 (SMAM 2008), o círculo de apoio à amamentação para as mães e crianças continuará servindo como base para as mães amamentarem mais e mais seus bebês. Os círculos de apoio são: família e rede social; sistema de saúde; emprego / local de trabalho; governo/ legislação; e as respostas às crises ou emergência: tudo em volta das mulheres no círculo central.
AS MULHERES NO CÍRCULO CENTRAL:
As mulheres estão no centro do círculo pelo fato da presença ou ausência de apoio/ ajuda ter um impacto direto sobre elas. As mulheres têm também um papel importante tanto na obtenção quanto no fornecimento de apoio/ ajuda a outras mulheres. Dentro da Iniciativa Global de Apoio à Mãe (GIMS) para a Declaração de Amamentação (2007) foi observado que ‘As mães são consideradas participantes ativas na dinâmica de apoio, sendo fornecedoras e receptoras de informações e de apoio’. Informação obtida em: http://www.waba.org.my/whatwedo/gims/gims+5.htm
FAMÍLIA E REDE SOCIAL:
Os maridos/ companheiros/ pais, familiares e amigos compõem a rede de apoio imediato e continuado a mãe. O apoio social inclui o apoio da comunidade no mercado de trabalho, em qualquer contexto religioso, no parque do bairro, etc. O apoio durante a gestação diminui o estresse da mulher. O apoio durante o parto e nascimento empodera a mãe. O apoio social aumenta a confiança da mulher em sua capacidade de amamentar além das primeiras semanas e meses. Os grupos de mães na comunidade ajudam as mulheres a trocarem experiências e a se sentirem mais confiantes.
SISTEMA DE SAÚDE:
Inclui diversas formas de apoio desde cuidados no pré-natal, durante o parto, no pós-parto imediato, facilitando o vínculo mãe e bebê e a alimentação infantil ótima. Também possui profissionais de saúde capacitados em técnicas de aconselhamento para apoiar/ ajudar mães antes e após o nascimento. Os grupos de gestantes e grupos de mães coordenados por profissionais capacitados em aconselhamento em amamentação influenciam positivamente no estabelecimento, manutenção, duração da amamentação e conciliação da amamentação com o retorno da mulher ao trabalho. O Programa Saúde da Família/SUS, Rede Cegonha, Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil, a Iniciativa Hospital Amigo da Criança, Método Canguru e a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano fazem parte deste círculo que apoia/ ajuda a mãe a iniciar a amamentação na primeira hora após o parto, a amamentar exclusivamente por seis meses e a continuar a amamentação por 2 anos ou mais com a complementação de uma alimentação saudável da criança.
O EMPREGO/ O LOCAL DE TRABALHO:
As mulheres trabalhadoras enfrentam desafios e precisam de apoio para conciliar trabalho e amamentação com sucesso. As oportunidades de apoio às mães variam tanto quanto as ocupações das mulheres, mas geralmente incluem o contato mãe-bebê ou a extração e estocagem do leite materno no local de trabalho. Nesse sentido, como parte do apoio, a estratégia “Mulher Trabalhadora Que Amamenta”, do Ministério da Saúde, preconiza a licença maternidade de 180 dias, a criação de creches em empresas que empregam mais de 30 mulheres acima de 16 anos e a criação da sala de apoio à amamentação nos locais de trabalho.
O GOVERNO / A LEGISLAÇÃO:
As mulheres que planejam amamentar ou que já estão amamentando contam com o apoio de documentos internacionais e leis nacionais que protegem a amamentação e a alimentação infantil ótima, como a que combate a comercialização agressiva de substitutos do leite materno (NBCAL e a Lei 11.265/2006), o direito à estabilidade no emprego e à licença maternidade, pausa para amamentar durante a jornada de trabalho, direito a creche, a licença paternidade, direitos da mãe estudante, direitos das mães privadas de liberdade, direito das mães adotivas, extensão da licença maternidade para seis meses e a lei do acompanhante (o direito da mulher a um acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato).
AS RESPOSTAS ÀS CRISES OU EMERGÊNCIA:
Este CÍRCULO DE APOIO representa a necessidade de apoio à alimentação infantil quando uma mulher se encontra em uma situação inesperada e/ ou grave, com pouco controle da situação. Situações que exigem planejamento especial e apoio são: desastres naturais como enchentes, processo de divorcio, doença grave da mãe ou do bebê, mulher soropositiva para o HIV ou sem nenhum apoio a alimentação infantil. Em caso de crises e emergência o profissional capacitado em amamentação precisa ser consultado quanto à alimentação infantil ótima em cada situação. As doações de fórmulas e leites infantis devem ser desencorajadas em casos de situações de emergência causadas por enchentes – os conselheiros devem atuar na comunidade afetada no sentido de manter a amamentação, visando à sobrevivência infantil e a saúde da criança.
Semana Mundial da Amamentação 2013
& Possíveis Parcerias!
A WABA não aceita patrocínio nem financiamento de nenhuma companhia de substitutos do leite materno e equipamentos relacionados a alimentos infantis complementares. Portanto é recomendado à todos os organizadores/participantes da Semana Mundial da Amamentação (SMAM) a respeitar e seguir esta conduta ética sem conflito de interesses.
Vejam abaixo sugestões de possíveis parceria para a organização da SMAM 2013:
· Associações Comunitárias
· Banco de Leite Humano / Posto de Coleta de Leite Humano
· Comitê de Aleitamento Materno
· Comitê de Mortalidade Infantil
· Conselho Municipal de Saúde
· Conselho Municipal dos Direitos da Mulher
· Empresas sem conflito de interesse
· Hospitais/ Maternidades
· Organizações Não Governamentais (ONGs)
· Prefeitura Municipal
· Secretaria Estadual de Educação
· Secretaria Estadual de Saúde
· Secretaria Estadual do Trabalho
· Secretaria Municipal de Educação
· Secretaria Municipal de Saúde
· Secretaria Municipal do Trabalho
· Sindicatos locais
· Sociedade Brasileira de Pediatria
Agradecimento à Regina Da Silva de Minas Gerais que tem trabalhado muito para a divulgação da SMAM