Livro: O bebê e sua família na UTI Neonatal
A gestação corre sem problemas, os pais fazem planos para quando o bebê chegar, enxoval e o quarto ainda estão em planejamento. Porém, surpresa!, o bebê resolveu mudar os planos da família e chegou antes da hora. O que fazer, então, quando o bebê não chega como estava previsto? Como lidar com essa realidade, por muitos desconhecida? Como os diferentes membros da família podem ajudar o casal a superar esse momento? Para responder a esta e muitas outras perguntas, a Editora Fiocruz lança o livro:
E quando a vida começa diferente – o bebê e sua família na UTI neonatal.
Organizado por Maria Elisabeth Lopes Moreira, Denise Streit Morsch e Nina de Almeida Braga, o livro traz informações sobre gestação de risco, a vivência da família em uma unidade de tratamento intensivo, as intercorrências que podem afetar o bebê, a participação de avós e dos irmãos e o contato com a equipe de saúde, entre muitos outros temas. São 14 capítulos que cobrem desde a chegada do bebê, passando pelo momento da alta e a necessidade de se fazer o acompanhamento em recém nascidos de risco.
Segundo Denise Morsch, de cada 100 bebês nascidos cerca de 8 são afetados pela prematuridade. Porém, só recentemente o Brasil passou a ter profissionais especializados nesse assunto. Em 20 anos de estudos, a maior parte das informações disponíveis vinha de centros de pesquisa e de experiências de profisionais que atuavam no exterior. “Agora temos pesquisadores, médicos, enfermeiros, especialistas, psicólogos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos que se dedicam exclusivamente aos bebê na UTI Neonatal. Há um conhecimento brasileiro, com resultados de nossas pesquisas e principalmente impregnado por nossa cultura”. O livro lançado pela Fiocruz visa mostrar essa nova realidade para o público leigo, afetado ou não pela prematuridade em suas famílias.
A psicóloga ressalta que esse novo olhar sobre a UTI Neonatal foi também trazido, há três anos, a partir da preocupação com o recém-nascido de baixo peso – o prematuro ou então o bebê que nasceu pequeno – proposto pelo programa da Criança, por meio metodologia Canguru. “Somos o único país no mundo em que o Canguru virou política na área de saúde pública”. Outra questão é que na medida em que as famílias estão mais participantes também solicitam uma contrapartida das equipes de saúde. Para Denise, as relações se ampliaram e por isso é possível acompanhar as necessidades familiares e entendê-las com mais profundidade. “Mas esta é uma construção que demandou muito tempo, pois as equipes também tiveram que modificar muitos de seus paradigmas. Antes, tratávamos apenas o bebê e hoje consideramos a importância do conjunto familiar. O importante é que estamos caminhando”, diz ela.
Veja na nossa seção LINKS: o site da FioCruz – Editora, uma lista de Livrarias e distribuidores onde esta publicação pode ser encontrada.
* Liseane Morosini é editora do site nascerantes.com.br
Prof. Marcus Renato de Carvalho www.aleitamento.com