O nascimento de crianças prematuras ainda é um problema que aflige a nossa sociedade.
Estudo recente dá novas pistas e reforça alguns fatores que podem desencadear o problema.
“Prematuridade e suas Possíveis Causas” é um estudo realizado por 12 universidades brasileiras, com o apoio do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e do Ministério da Saúde, lançado em novembro de 2013, que traz dados reveladores sobre os partos prematuros.
O primeiro é que a taxa de bebês prematuros está em 11,8% no Brasil. Somos a décima entre as nações onde mais nascem crianças abaixo de 37 semanas de gestação. Esse índice tem aumentado. Era 5,3% em 1997 e 6,7% em 2006. A constatação surpreendeu os pesquisadores, porque a mortalidade infantil tem regredido no País.
De qualquer forma, a prematuridade é, ainda, a principal causa de morte de crianças no primeiro mês de vida. Os motivos que levam ao nascimento prematuro podem variar. Muitas mulheres que entram em trabalho de parto antes do tempo, geralmente apresentam um quadro infeccioso ou incompetência istmo-cervical, em que o colo do útero é mais curto ou menos resistente do que o normal. As duas infecções mais comuns são a urinária e a causada pela bactéria estreptococo. Mas, mesmo uma infecção dentária, se não for bem tratada, também pode antecipar o parto. O que se conclui que o pré-natal bem realizado continua sendo a melhor maneira de prevenir estes problemas.
Outros fatores que contribuem à prematuridade são o estresse materno, a desidratação, febre, diabetes e hipertensão arterial.
Um evento comum é a prematuridade em gestações múltiplas, já que o tamanho do útero pode alcançar o de nove meses antes do tempo, entre o sétimo e o oitavo mês de gestação, conforme o número de fetos.
O estudo “Prematuridade e suas Possíveis Causas” também aponta a relação entre o aumento do número de cesarianas e o crescimento dos nascimentos prematuros. O Brasil apresenta a maior taxa de cesariana do mundo. Só em 2010, 52,3% dos partos realizados foram cesáreas, que teriam de ser feitas, realmente, só em casos específicos.
Veja mais estes dados trazidos pela pesquisa:
As regiões mais desenvolvidas (Sul e Sudeste) são as que apresentam os maiores percentuais de prematuridade (12% e 12,5%, respectivamente), seguidos pela Região Centro-Oeste (11,5%), Nordeste (10,9%) e Norte (10,8%).
As mulheres indígenas apresentam o maior percentual de prematuros, de 8,1%, seguidas pelas mulheres de pele branca, com 7,8%, as de pele negra (7,7%), parda (7,1%) e amarela (6,3%).
A idade da mãe também pode influenciar. As gestantes abaixo dos 15 anos de idade correspondem a 10,8% dos partos prematuros contra a menor taxa, 6,7%, das mulheres na faixa dos 20 aos 34 anos.
Se quiser conferir a matéria completa, no Portal EBC, acesse este link: http://www.ebc.com.br/infantil/para-pais/2013/09/estudo-faz-alerta-sobre-a-situacao-da-prematuridade-no-brasil.
Fonte: Fundação Maria Cecília Souto Vidigal