No início eram 6.000 bebês contaminados por leite em pó na China
Segundo governo,
158 crianças estão
com pedras nos rins
MILHARES de bebês foram contaminados na China por um leite em pó adulterado, segundo o ministro da Saúde do país, Chen Zhu.
Segundo Chen Zhu, 6.244 crianças estão doentes e que 158 foram diagnosticadas com pedras nos rins. O número é cinco vezes maior do que havia sido anunciado anteriormente.
Ainda segundo o ministro, uma terceira criança morreu na província de Zhejiang, no leste do país, e as autoridades estão investigando se a morte está relacionada ao leite contaminado.
Investigações apontaram que 22 marcas de leite em pó continham a substância tóxica industrial melamina, que seria adicionada para que a fórmula parecesse mais rica em proteína.
Até agora quatro pessoas foram presas acusadas de adulterar o leite e outras 22 estão sendo interrogadas.
Segundo o correspondente da BBC em Pequim James Reynolds, o governo está querendo demonstrar estar no controle da situação, mas o escândalo minou a confiança da população nas regras de segurança alimentar na China.
“Os pais estão preocupados com a alimentação de seus bebês”, disse Reynolds.
China investiga se leite em pó provocou doença em bebês
Autoridades chinesas estão investigando uma marca de leite em pó depois que mais de 12 bebês que tomaram a bebida foram diagnosticados com pedras nos rins.
De acordo com a agência de notícias estatal Xinhua, o alerta foi acionado na quarta-feira quando 14 crianças ficaram doentes na província de Gansu, no centro do país.
Um bebê teria morrido, mas as autoridades disseram que ainda está cedo para dizer se a morte estaria ligada ao leite em pó, da marca Sanlu Group.
Ainda segundo a agência, casos similares foram registrados em outras províncias no norte e leste da China.
Todas as crianças doentes foram alimentadas com o leite Sanlu. Um porta-voz da empresa diz acreditar que os bebês tenham tomado leite produzido por falsificadores.
O médico Zhang Wei, chefe do Departamento de Urologia onde os 14 bebês estão sendo tratados, disse que é “extremamente raro que bebês desenvolvam pedras nos rins”.
Em entrevista ao jornal China Daily, ele disse ser possível que outros bebês estejam doentes, mas que os pais não estejam levando os filhos ao hospital por causa dos gastos com o tratamento.
Um escândalo envolvendo leite em pó falsificado matou 13 bebês na província de Anhui, em 2004.
Na época, os investigadores concluíram que o leite não continha nenhum valor nutricional. O escândalo desencadeou uma série de investigações na indústria alimentícia chinesa.
Pais fazem fila em busca de medicamentos em hospital de Hefei,
centro da China, depois de intoxicação de bebês por leite em pó
PEQUIM (AFP) O escândalo do leite em pó adulterado, que provocou na China a morte de três recém-nascidos e afetou mais de 6.200 bebês, segundo um novo balanço publicado nesta quarta-feira, está lotando os hospitais e deixando os pais muito preocupados.
As autoridades chinesas admitiram que as duas companhias de leite acusadas exportam seus produtos – para Burundi, Gabão, Bangladesh, Birmânia e Iêmen – e que iogurtes contaminados foram encontrados em Hong Kong.
O último balanço anunciou três mortes, além das duas divulgadas anteriormente, dois bebês de Gansu (noroeste) e outro de Zhejiang (leste), e 6.244 crianças atingidas, segundo o ministro da Saúde Chen Zhu.
Entre os últimos, 1.327 estão internados, incluindo 158 “com graves casos de insuficiência renal”. Entretanto, 94 crianças entre os 158 casos graves “estão estáveis”, acrescentou Chen.
Em Pequim, dezenas de famílias chegaram nesta quarta-feira ao Instituto de Pesquisas Pediátricas, um dos grandes estabelecimentos da capital.
“Estamos todos preocupados”, explicou An Fengyun, uma mãe de 34 anos, com sua filha de dois anos no colo. A criança está chorando porque não conseguiu comer. Nos supermercados, os produtos suspeitos foram retirados das prateleiras.
Na véspera, a televisão anunciou que 22 fabricantes de leite em pó estavam envolvidos, e não somente um, e que o escândalo atingia ainda todo o território.
Os jornais publicaram integralmente a lista de fabricantes e 69 lotes contaminados com melamina, uma substância química acrescentada ilegalmente para parecer que o leite tem taxa de proteína mais elevada.
“Conforme os resultados das investigações vão sendo divulgados, os hospitais vão recebendo mais pais que chegam para examinar suas crianças”, comentou o ministro da Saúde.
“A prioridade no atendimento é ajudar os pacientes a recuperar a saúde, o ministério terá uma atitude responsável com o povo”, lançou Chen Zhu.
As autoridades centrais anunciaram também uma campanha de inspeção de toda a rede.
Yang Chongyong, governador adjunto de Hebei, província vizinha a Pequim, acusa as autoridades da cidade de Shijiazhuang, sede do grupo Sanlu. Avisadas pela empresa desde 2 de agosto, elas não fizeram nada.
A diretora geral da Sanlu, Tian Wenhua, acusada na noite de terça-feira, foi detida pela polícia, anunciaram os jornais chineses nesta quarta-feira.
China: Leite contaminado deixou 53 mil doentes
Vítimas são crianças; várias marcas estão sendo analisadas.
Da BBC
Diretor de agência pede demissão após escândalo de leite na China
Quase 53 mil crianças chinesas ficaram doentes por terem consumido leite em pó contaminado com a substância química melamina, segundo novos números divulgados pelo Ministério da Saúde da China nesta segunda-feira.
A imprensa local sugeriu que o novo número foi o resultado de um trabalho de checagem nos registros dos hospitais desde maio neste ano para identificar a origem da contaminação.
Cerca de 13 mil crianças continuam hospitalizadas, de acordo com o ministério. Quatro morreram.
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, visitou crianças doentes nos hospitais e pediu desculpas “sinceras” pelo incidente.
“O que nós estamos tentando fazer agora é ter certeza de que nada parecido com isso se repetirá, e nós não estamos falando apenas sobre leite. Nós nunca deixaremos a mesma situação se repetir com qualquer tipo de produto”, afirmou Wen, afirmando que os responsáveis pela contaminação serão punidos.
A maior parte das vítimas tem menos de dois anos de idade, e pelo menos 104 das que estão hospitalizadas se encontram em condições graves.
De acordo com o ministério, as crianças tomaram leite em pó do grupo Sanlu, onde a contaminação foi inicialmente revelada há duas semanas. Desde que o caso veio à tona, pelo menos outras 22 empresas se tornaram suspeitas de usar a mesma substância.
Outras empresas
Produtos das marcas Yili e Mengniu, entre outros, foram retirados das prateleiras dos supermercados.
Em Hong Kong, as duas principais redes de supermercados – Wellcome e ParknShop – estão agora retirando produtos da Nestlé, Dutch Lady e Mr Brown.
Um jornal local, o Apple Daily, realizou um teste em leite da Nestlé e encontrou traços de melamina. O resultado foi depois confirmado por testes do governo.
“Devido ao baixo nível detectado, o consumo normal (desses produtos) não causará grandes ameaças à saúde. No entanto, não é aconselhável que crianças pequenas consumam o leite”, disse um porta-voz do Centro de Segurança Alimentar do governo chinês.
No domingo, a Nestlé disse em um comunicado que está “confiante” de que nenhum de seus produtos feitos na China esteja contaminado com melamina. A empresa disse que tem, na China, o “mesmo controle de qualidade rigoroso que tem em outros países.”
Uma menina de três anos em Hong Kong foi diagnosticada com pedras no rim depois de beber dois copos de leite Yili, rico em cálcio e com pouca gordura, por mais de um ano. Os sintomas da menina foram descritos como “moderados”. Outros testes estão sendo realizados no território.
Em Taiwan, um tipo de café com leite solúvel chamado de “três-em-um”, que contém açúcar e leite, foi retirado das prateleiras dos supermercados.
Em Cingapura, foram encontrados traços de melamina no doce de leite White Rabbit, feito na China e a venda do produto foi interrompida.
Laticínios feitos na China também estão sendo retirados dos supermercados no Japão, na Malásia e em Brunei.
A melamina, que é normalmente usada na fabricação de plástico, mas pode ser adicionada a laticínios para fazer os níveis de proteína parecerem mais altos do que realmente são.
Especialistas dizem que o consumo de pequenas quantidades da substância não é prejudicial, mas o uso contínuo pode causar pedra no rim e insuficiência renal, especialmente entre os mais jovens.
TRAGÉDIA ANUNCIADA
MARKETING AGRESSIVO e SEM CONTROLE
PERMITIU esta BARBARIDADE
Dear friends,
The hue and cry around the Sanlu baby milk tragedy in China is focusing very narrowly on the quality of the milk produced by one Chinese
company. This detracts from the fact that formula feeding regardless of brand and origin has inherent risks. What is also being overlooked is
the large number of babies dependent on formula feeding at an age when breastfeeding should be the norm. The fact that aggressive marketing
may be one key factor that is tilting the balance against breastfeeding is also not being addressed.
Please see ICDCs attached press statement on this matter.
China has had regulations that implement the International Code of Marketing of Breastmilk Substitutes since 1995. The regulations are
incomplete and have regrettably never been fully implemented or enforced despite ICDCs recent efforts. Maybe this latest episode of babies
dying and suffering as a result of formula feeding will get the Chinese authorities to sit up and give breastfeeding the support it deserves.
They must act to protect their children. It is the least they can do.
There will doubtlessly be more muck-ups with milks but the harm will be minimised if breastfeeding is made popular and routine.
Until that time, foreign companies selling formula in China will be gloating over increased sales.
Annelies Allain and Yeong Joo Kean
International Code Documentation Centre (ICDC)
P.O. Box 19, 10700 Penang, Malaysia
Tel: +604-890 5799
Fax: +604-890 6291
email: [email protected]
website:www.ibfan.org
Infelizmente os bebês chineses estão pagando um preço muito alto pelo abandono
por toda a sociedade da promoção, proteção e apoio à AMAMENTAÇÃO.
Marcus Renato de Carvalho