Contaminação interdita lote de leite em pó
DA REPORTAGEM LOCAL
O Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São
Paulo interditou cautelarmente o lote 040719P (de 19
de julho de 2004) do leite em pó Aptamil, da empresa
Support Produtos Nutricionais Ltda., em razão da
presença da bactéria Enterobacter sakazakii. Esse
microorganismo tem uma alta taxa de letalidade (cerca
de 33% dos casos) e afeta principalmente
recém-nascidos.
A medida, que tem caráter transitório e emergencial,
foi publicada no “Diário Oficial” da União de sábado,
após sair o resultado de análise de rotina realizada
pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos. A decisão
só vale para o Estado de São Paulo. As amostras foram
coletadas em farmácias e supermercados paulistas.
Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária), não foram notificadas mortes de bebês
associadas à presença dessa bactéria. A agência vai
verificar hoje se o lote contaminado foi distribuído
em outros Estados, além de São Paulo, para decidir se
amplia a interdição ao resto do país.
Para o médico Rui de Andrade Dammenhaim, diretor do
Instituto Brasileiro de Auditoria em Vigilância
Sanitária, o tempo entre a fabricação do lote
contaminado e a interdição cautelar (seis meses), pode
ter colocado a vida de muitos bebês em risco. “É um
processo muito moroso, especialmente se tratando de
bebês vulneráveis.”
Ontem, a Folha entrou em contato com a empresa
Support, mas, em razão do feriado em São Paulo, nenhum
diretor foi encontrado para falar sobre o assunto.
O M S aprova resolução de advertencia nas formulas infantis
Foi aprovada ontem em Genebra, na OMS, por consenso entre os 25 paises membros presentes (inclusive Brasil), uma Resolução a ser encaminhada a Assembleia de maio/205 para votação:
trata-se da Resolução que inclui a proposta aos paises e companhias para haver uma advertencia nas formulas infantis sobre o perigo da contaminação por E.Sakazakii.
Foi uma batalha dificil, mas uma vitoria de mais
uma batalha da nossa rede IBFAN. Os EEUU considerou a proposta “prematura e possivelmente contra-producente”, mas a comunidade europeia (EU) sustentou a proposta, após as mortes de 2 bebes em dezembro (lembram?). (…)
Agora sera apresentada a AMS em maio, e ai sim, é que é necessario que nossa delegação se comporte como se comportou anos atras na defesa dos 6 meses de Aleitamento Materno Exclusivo , qual seja, liderando!!
Marina Rea
Pesquisadora Cientifica VI
Instituto de Saude, Sao Paulo