Poema do Dias das Mães

Melhor Mãe do Mundo

Descobri um dia
que em meu corpo trazia a poesia no seu sentindo mais profundo.

Descobri que eu era a flor que semeava o mundo e que arava a terra de
esperanças
porque em meu ventre trazia o sorriso de uma criança.

Me senti responsável pela humanidade
E veio através de mim o amor em forma de realidade.
A vida no seu sentido maior…

Hoje sei que ser mãe é muito mais que um ato de amor…
Ser mãe é um ato de coragem.
Ser mãe é um ato de generosidade com a vida
É ser mais que uma simples mulher
Ser mãe é ser guerreira
A que sabe que amamentar não é bricadeira e que faz naninha no auge da febre
Ser mãe é ser paciente quando o sangue ferve e se diz:
-Não meu filho aí não!
Ser mãe é viver por um triz
Quando se vai para o hospital correndo
Quando o pequeno vai mal na escola
Quando rasgou a blusa jogando bola
Quando saiu com os amigos e não voltou até de manhã
E você ficou acordada com o coração na mão
Mais ainda assim ser mãe é ser feliz
Quando você olha para ele chegando de manhã com a sacola cheia de pães
dizendo
sorrindo:
-Feliz dia das mães!!!
E num momento de amor profundo:
-Mãe, você é a melhor do mundo.

Carolina Ninô

carolina@bravo.com.br
maio / 2002
Exclusivo para www.aleitamento.com
 
Mãe

No inicio era o verbo.
Absoluto
E unico.
E uma vez
Disse o verbo assim:
Faça-se a luz.
E a mãe se fez…
E o verbo fez-se carne.
E o verbo fez-se mãe
Mais uma vez.
E disse o verbo:
Faça-se a ternura,
A paz,
Faça-se a delicadeza
E a sensatez…
E a mãe se fez…
E o verbo disse
Faça-se a mistura
Da autoridade com a paciencia.
E faça das palavras
Entrega, integridade e solidez
Apenas uma que resuma as tres:
E a mãe se fez…
E contra a maldade
A crueza
E a sordidez
E contra a falta de delicadeza
E contra toda aspereza
E insensatez
A mãe se fez…
E o verbo disse então:
Faça-se o coração.
E a mãe se fez…
E disse o verbo então, mais uma vez:
Faça-se o mel,
A poesia,
O Céu na Terra,
Faça-se o sol iluminando o dia,
E a palavra da luz que não se encerra…
Faça-se a lágrima que sabe se guardar…
Faça-se a dor com dom de se conter…
Faça-se o amor de significar
O amor de se doar sem perecer…
Faça-se o sentimento que é de ter
E ao mesmo tempo que tem sabe entregar…
Faça-se a entrega que é quase perder
E que só as mães conseguem suportar…
Faça-se a dor que não se desespera
E só se desespera quando é tanta
Que nem é dor. É o furor da fera
E a fome que ela traz na sua garganta…
E disse o verbo:
Faça-se o mistério
De uma palavra que resuma tudo…
Cujo sentido afaste todo medo
E signifique toda a eternidade…
E assim se fez, de modo absoluto,
Desafiando todos os segredos,
E resumindo todas as verdades:
Mãe…
Nem mesmo o mais cruel dos ditadores
Deixou de receber os teus amores
Ou teve mais poder que o teu encanto…
E nem a mais feroz das ditaduras
Não foi tão forte quanto os teus penhores
Nem mais gigante que o teu nome santo…
No inicio era o verbo
Absoluto e bom…
E uma vez
O verbo se fez som:
Mãe…
Desde então
Não há palavra ou pensamento bom,
Nenhuma essencia de perfume ou cor
Que signifique tão imenso amor…
Nem há poema ou sinfonia, nada,
Nem há delicadeza e nem palavra
Que signifique ou soe tão delicada…
Mãe…
Basta dize-la prá trazer na voz
A luminosidade de um milhão de sóis…
No inicio era o verbo
E o verbo se fez mãe
E habitou entre nós…

À minha mãezinha Hilda Mussa Tavares.
Maio/2001

Dr. Luiz Alberto Mussa Tavares
Pediatra de Campos, RJ