MUSICOTERAPIA PROMOVE a AMAMENTAÇÃO
Vivaldi incentiva o ALEITAMENTO MATERNO
Uma Musicoterapeuta espanhola, demonstra em uma pesquisa com RNs que a música facilita a Amamentação
Langreo,
Miguel Á. GUTIÉRREZ
A música, já está comprovado, domestica as feras, deleita os sentidos e relaxa os estressados. Não obstante, poucos sabem que também estimula o Aleitamento Natural. Umas 20 mães puderam experimentar com suas crianças recém-nascidas as propriedades benéficas de uma harmoniosa melodia, graças a Salomé Suárez, uma jovem estudante de Musicoterapia de Laviana que durante dois últimos meses se dedicou ao trabalho de investigação de sua tese no setor de Neonatologia da Maternidade Valle del Nalón. O estudo demonstrou que, com as condições ambientais e a música adequada, os bebês e suas mães obtêm um grau do relaxamento que facilita o aleitamento.
Suárez, que se graduou como professora e cursou o ensino médio no Conservatório de Música, decidiu-se especializar-se com um Mestrado em Musicoterapia que é oferecido em Bilbao. “Pedi ajuda ao Hospital porque minha idéia, no início, era fazer a tese sobre as implicações da música em pacientes da Oncologia. Depois me disseram que estavam realizando um programa apoiar o aleitamento, assim nós decidimos avaliar esse campo”, explica.
Para respeitar a metodologia científica, não cabia outra estratégia do que o processo de provar e ver o resultado. “Com os primeiros RNs, lhes pus para ouvir Mozart, porém os resultados foram desastrosos porque o que se notou é que eles ficavam super excitados, ao invés de relaxa-los”, afirma Suárez. Abandonados os clássicos, a jovem terapeuta optou por mudar a trilha sonora da Maternidade para os discos com sons da natureza. A mudança resultou benéfica.
“Todas as mulheres que deram o peito escutando esta música tiveram mais facilidade para amamentar seus filhos. É um círculo que seja veja em si mesmo”, assegura a estudante lavianesa, que reafirma: “A música adormece os bebês, que deixam de chorar. Isso relaxa às mães e elimina sua ansiedade na hora de amamentar; ao estar menos tensa, seu ritmo cardíaco diminui e isto também tranqüiliza os bebês, que percebem as batidas lentas do coração de suas mães quando estão mamando”.
Esta pesquisadora espanhola, de 24 anos de idade, desenvolveu durante dois meses seu trabalho do campo no Hospital de Riaño. Com um aparelho de radio-cassete em uma mão e um ficha de controle na outra, ia ao quarto da nutriz quando era a hora da mamada. O “menu” dos tipos de música que podem favorecer o aleitamento é muito amplo. O mais importante é que seja relaxante e seja do gosto materno. Contudo, a Musicoterapia aplicada aos bebês não é uma ciência exata e alguns estilos podem nos levar a surpreendentes conclusões. “Com um RN que chorava muito nós lhe pusesse “Fito e ao Fitipaldis” e caiu em um sono profundo”, relata Salomé Suárez.
Em sua investigação, Suárez pesquisou sobre vários parâmetros como o gosto musical materno, a receptividade do bebê e a duração de cada mamada.
Muitas mulheres inclusive, pediram-lhe alguns de seus discos para seguir com a terapia musical na casa após a alta hospitalar. “O trabalho do campo é complicado porque as mães só permaneciam três ou quatro dias aqui e não dava para fazer um seguimento mais acurado. De todas as formar, eu estou muito satisfeita com os resultados”. No total, Suárez fez um acompanhamento de 20 mulheres quem deram à luz em Riaño e a seus respectivos bebês. Todos os recém nascidos responderam de forma satisfatória aos estímulos musicais, com exceção de dois. Os dois primeiros. “Os de Mozart”, ressalta a jovem.
Na Maternidade Escola da UFRJ, uma Musicoterapeuta – Martha Negreiros e sua equipe há mais de 5 anos realizam o Projeto de investigação
MAME – Musicoterapia no Aleitamento Materno Exclusivo
e no Cuidado Mãe-Canguru.
Leia aqui, no www.aleitamento.com
seção Método Mãe-Canguru o artigo
MUSICOTERAPIA no Mãe-Canguru
publicado no dia 3/09/2003
Parabéns Cidade Maravilhosa por seus 442 anos!
Te desejamos Paz!
Prof. Marcus Renato de Carvalho