MASSAGEM JAPONESA- Mohri para MAMAS INGURGITADAS é novo MODISMO: SERÁ NECESSÁRIA?
Cidades
Mães do Amazonas aprendem novas técnicas de aleitamento
Manaus – A técnica Mohri de massageamento das mamas – utilizado pelas japonesas -, que além de proporcionar bem estar às mães evita que o leite fique “pedrado” no seio, causando dor e febre, vai ser ensinada às parturientes no momento em que elas estiverem desfrutando os serviços oferecidos nas unidades de saúde.
A revelação é da gerente de enfermagem da Maternidade Ana Braga, Gracimar Fecury, responsável pelo curso de sensibilização para o aleitamento materno e de massagem nas mamas ministrado aos profissionais que trabalham nas maternidades, pronto-socorros infantis e clínicas da rede estadual e particular.
Segundo ela, o trabalho hoje restrito às maternidades, vai ser ampliado e passará a ser oferecido, também, nos prontos socorros infantis e nas clínicas particulares e conveniadas com o SUS.
De acordo com Gracimar, o curso realizado em junho pela Maternidade Ana Braga, em parceria com o Banco de Leite Humano do Amazonas, teve por objetivo promover o aleitamento materno nas unidades de saúde que compõem a rede estadual e que prestam atendimento e gestantes e crianças.
Orientações
Durante as palestras os profissionais foram orientados sobre a importância do aleitamento materno, as qualidades do leite, a proteção garantida para o bebê contra algumas doenças e alergias e também quanto às vantagens para a mãe, como ajuda na perda do peso adquirido durante a gravidez.
Os profissionais também receberam informações sobre a forma de abordagem das pacientes para orientações sobre o aleitamento. “Todos os profissionais precisam saber as técnicas corretas do aleitamento para poder orientar as mães” destaca Gracimar Fecury.
Segundo ela, algumas mães passam por um desconforto tão grande que desistem de amamentar, comprometendo a saúde do bebê. “O problema é solucionado de maneira simples, rápida e sem custo, apenas com a massagem”, garante.
Os profissionais deverão ensinar a técnica para as mães no momento em que estas estiverem desfrutando dos serviços oferecidos nas unidades de saúde.
A enfermeira lembra que o leite materno é o melhor e mais completo alimento para os recém nascidos e que a amamentação deve ser exclusiva até aos seis meses de idade e complementada com outros alimentos até aos dois anos.
Redefatos – Manaus, Amazonas, Brasil 03 de Julho de 2007
Nota de Especialistas veiculadas na lista L-materno@:
1 – Essa técnica vem sendo utilizada com sucesso por alguns profissionais e serviços em São Paulo.
Algumas médicas e enfermeiras que fizeram um estágio de 3 meses no Japão introduziram no Brasil.
As mulheres, nas quais essa massagem foi aplicada, praticamente não referiram dor durante o esvaziamento da mama.
Penso, no entanto, que deve ser aplicada somente por profissional que tenha tido a oportunidade de ver como se faz.
MUITO IMPORTANTE: As compressas quentes NÃO são colocadas na mama.
Não deve ser considerada como “o ovo de Colombo” e sim como mais uma possibilidade para ajudar as mulheres com ingurgitamento mamário.
Dra. Honorina Almeida
Pediatra
2 – Hoje assisti a uma palestra sobre a técnica japonesa de ordenha que foi discutida na lista há algumas semanas. Achei interessante, mas ao questionar a palestrante sobre pesquisas ou artigos científicos, ela referiu que toda a técnica e sua aplicação não têm comprovação até o momento.
Apesar de achar interessante porque as mães referem que não há dor na realização da ordenha, achei muito estranho a aplicação de compressa quente a 85 graus!!!!!!
Temos que tomar muito cuidado ao “importar” esse tipo de técnica, pois já sabemos, na prática, que os prejuízos podem ser maiores que os benefícios.
Em resumo, pude perceber que o cuidado do profissional e a comunicação são essenciais, mais do que a utilização de técnicas mirabolantes. Temos que ter o cuidado para causar o menor desconforto possível à lactante…
Cristiane Gomes
Fonoaudióloga
O QUE É BOM para as JAPONESAS
PODE NÃO SER BOM para as BRASILEIRAS
A La Leche League International, por exemplo, NÃO estimula esta massagem por acreditar que toda mãe produz leite materno e que pode por si mesma ou com apoio adequado fazer expressão manual das mamas e retirar o seu leite sem compressas quentes que podem queimá-las.
Há, entretanto neste caso, aspectos cultural, regionais que devem ser respeitados.
No interior de Minas Gerais, há o “caldo da mulher parida” que tomado após o parto normal faz acontecer à apojadura. É uma tradição forte, passada de geração para geração, carregada de carinho, afeto, cuidado… Não é que este tipo de alimento seja “galactagogo”. Funciona, nem por isto prescrevo este caldo para as cariocas.
É que a amamentação é um ato psicossomático, cultural…
Não precisamos da MASSAGEM JAPONESA no Brasil: não há necessidade de apressar a apojadura, não tem evidência científica e pode causar dano.
“Tudo me é lícito, porém nem tudo me convém”
André Luiz
Marcus Renato de Carvalho, IBCLC
Pediatra