Utilização da Posição
Mãe-Canguru
O contato pele-a-pele entre a mãe e o seu recém-nascido de baixo peso é, hoje, reconhecidamente uma alternativa ao método tradicional de tratamento aos bebês assistidos em incubadoras.
Recomendado pelo Ministério da Saúde, o cuidado Mãe-Canguru propicia também espaço de atuação aos profissionais em Fisioterapia, especialmente na área de Neonatologia.
Sensibilizar a todos para os resultados obtidos é a proposta deste trabalho, merecedor de notável aceitação pela comunidade científica.
Este livro é o resultado do trabalho de conclusão do curso de Fisioterapia da ULBRA, campus Canoas, realizado na UTI neonatal do Hospital da Criança e no Berçário do Hospital Nossa Senhora da Conceição, do Grupo Hospitalar Conceição em Porto Alegre, RS.
Surgiu da necessidade de divulgar e realizar uma metodologia que é recomendada pelo Ministério da Saúde e que apresenta espaço de destaque ao profissional Fisioterapeuta na sua prática, ampliando sua área de atuação na Neonatologia.
A aceitação pela comunidade científica foi notável, recebendo prêmio de primeiro lugar em dois congressos expressivos: Prêmio Wladimiro de Oliveira, no I Congresso Sulbrasileiro de Fisioterapia Respiratória, em 2001, em Porto Alegre, no RS, e Prêmio de 1o Lugar no I Congresso Paranaense de Fisioterapia Pediátrica, em 2003, em Londrina, no Paraná.
Este trabalho originou uma série de pesquisas do Método Mãe-Canguru no curso de Fisioterapia da ULBRA, em Canoas. Ainda por intermédio de seus resultados, em abril de 2002, participei do Curso de Capacitação de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso, realizado pelo Ministério da Saúde no Hospital Joana de Gusmão em Florianópolis, Santa Catarina, onde tornei-me uma Fisioterapeuta Capacitada no Método Mãe-Canguru pelo Ministério da Saúde.
O cuidado Mãe-Canguru é definido como contato pele-à-pele entre a mãe e o seu recém-nascido de baixo peso. É uma alternativa ao método tradicional de tratamento de pré-termos assistidos em incubadoras.
O objetivo do trabalho foi avaliar as respostas fisiológicas: freqüência respiratória, freqüência cardíaca, saturação periférica de oxigênio e temperatura corporal, em bebês pré-termos estáveis e em ventilação espontânea submetidos à Posição Canguru. Foram estudados 23 pré-termos, estáveis hemodinamicamente, em ventilação espontânea, sem doença pulmonar diagnosticada, com média de idade de 34,21 semanas, média de peso pós-natal de 1780g e mediana de 264 horas de vida. Os bebês foram distribuídos em: grupo I (incubadora), e grupo II (Posição Canguru) para um estudo de caso-controle de intervenção e descritivo. A partir disso, concluiu-se que a Posição Canguru promove aumento nos parâmetros fisiológicos estudados em pré-termos de baixo peso, quando instituída no período de uma hora, em comparação ao mesmo período de observação na incubadora, sendo passível de utilização durante o atendimento fisioterapêutico.
Atualmente, continuo este trabalho como projeto de pesquisa do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, vinculado à Linha de Pesquisa de Desenvolvimento Ponderoestatural e Neuropsicomotor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sob orientação da Dra. Newra Tellechea Rotta.
Sendo professora de duas grandes universidades – a Universidade Luterana do Brasil e a Universidade de Caxias do Sul – na área da Pediatria, minha intenção é continuar sensibilizando a todos, sempre que possível, a respeito do Método Mãe- Canguru.
R$ 18,00
ISBN 85-7528-073-2
14cm x 21cm, 84p.
2003
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