Lançada Campanha Nacional de Doação de Leite Humano
O Ministério da Saúde iniciou hoje (30), no Rio de Janeiro, a comemoração do Dia Nacional de Doação de Leite Humano (1º de outubro) com o lançamento de campanha de 2005. A data tem como objetivo esclarecer sobre os benefícios do consumo de leite materno e estimular mulheres sadias, que estejam amamentando e que não fazem uso de medicamentos, a se tornarem doadoras de leite.
Participaram
Lançada Campanha Nacional de Doação de Leite Humano
O Ministério da Saúde iniciou hoje (30), no Rio de Janeiro, a comemoração do Dia Nacional de Doação de Leite Humano (1º de outubro) com o lançamento de campanha de 2005. A data tem como objetivo esclarecer sobre os benefícios do consumo de leite materno e estimular mulheres sadias, que estejam amamentando e que não fazem uso de medicamentos, a se tornarem doadoras de leite.
Participaram da solenidade de lançamento a madrinha da campanha deste ano, a modelo Vera Viel, e seu marido, o ator Rodrigo Faro. A modelo empresta sua imagem para incentivar outras milhões de brasileiras ao hábito saudável do aleitamento materno e à doação de leite humano.
Tradicionalmente, as campanhas do Dia Nacional de Doação de Leite Humano combatem o desmame precoce e os baixos índices de aleitamento.
Neste dia, bancos de leite humano dos estados também desenvolvem ações com o objetivo de mobilizar e sensibilizar a sociedade para doação de leite humano.
No mesmo dia, o ministério realizou no Rio o “I Seminário de Qualidade em Banco de Leite Humano em favor do Pacto de Redução da Mortalidade Materna e Neonatal” para promoção e melhoria do atendimento nas unidades neonatais e a redução das internações e mortes de crianças recém-nascidas. A cidade do Rio de Janeiro foi escolhida para sediar o evento pelo fato do banco de leite humano de referência nacional para o Ministério da Saúde estar localizado no Instituto Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Leite materno – O Ministério da Saúde recomenda que o leite materno seja o único alimento ingerido pelo bebê nos primeiros seis meses de vida — nem mesmo água ou chás devem ser oferecidos às crianças neste período. Amamentar no peito significa proteger a saúde do bebê contra doenças como diarréias, distúrbios respiratórios, otites e infecções urinárias, pois no leite materno há nutrientes, substâncias e células maternas que funcionam como anticorpos contra infecções. O alimento é capaz de reduzir em até um quinto os índices de mortalidade infantil em países em desenvolvimento, como o Brasil.
Mas os números da amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida ainda estão longe do ideal. Um levantamento do Ministério da Saúde mostra que 97% das crianças brasileiras iniciam a amamentação no peito logo nas primeiras horas de vida, mas permanecem mamando por um período curto. Segundo o órgão, a média de aleitamento materno da população brasileira é de 29 dias.
Bebês prematuros ou que estejam doentes apresentam dificuldade para mamar no peito materno nos primeiros dias de vida. Pesquisas comprovam que os bebês nessas condições têm chances bem mais elevadas de se recuperar e viver com qualidade se a alimentação exclusiva com leite humano for oferecida durante o período de privação das mamadas no peito de sua mãe. Daí a importância da doação do leite materno a es sas crianças.
O estresse vivido pelas mães de crianças prematuras também pode levar à baixa produção de leite materno, o que eleva o risco de morte de seus bebês. As mulheres que passam por esse problema são apoiadas pelas equipes de saúde e contam com a garantia de leite humano pasteurizado. Comprovadamente, as mães restabelecem mais rapidamente sua produção de leite e têm maiores chances de conseguir amamentar no peito por mais tempo.
Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria mostram que, em média, bebês de seis a oito meses obtêm 70% de suas necessidades energéticas no leite materno. Os que possuem de nove a 11 meses têm 55% e os com 12 a 23 meses detêm 40% das necessidades nutricionais com o leite materno. A partir desses dados, deve-se aliar o leite materno com alimentos complementares na dieta de crianças que já passaram dos seis meses de idade.
Bancos de Leite – Os bancos de leite humano ajudam mulheres a amamentar, co letar, processar e distribuir leite humano. O Brasil possui a maior e mais complexa rede de bancos de leite humano do mundo, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Atualmente, a rede é composta por 214 unidades, sendo 29 postos de coleta.
Este ano, o Ministério da Saúde implantou cinco novas unidades de bancos de leite humano no país, duas em Mato Grosso do Sul, uma em Goiás, uma em São Paulo e uma no Rio Grande do Sul.
Em 2004, os Bancos de Leite Humano coletaram 160 mil litros de leite humano, doados por 96.856 mulheres. O leite coletado foi distribuído para 116.578 bebês. O volume coletado no ano passado foi 128% superior a 2003, comprovado recorde de aumento no Brasil.
Os bancos de leite humano no Brasil operam com tecnologias alternativas que permitem aliar baixo custo operacional ao rigor técnico capaz de assegurar qualidade ao leite humano coletado e distribuído.