
Após a gravidez, um dos fatores que faz com que as mamães tenham dificuldade em ter orgasmo é:
1 – Mudanças hormonais ocorridas durante a gestação
2 – O medo de que o bebê acorde
3 – A amamentação
Orgasmo pode ser dificultado pela chegada de um bebê
Formar uma família é o sonho de muitos casais. Mas a chegada de um bebê tem um pequeno efeito colateral quando se fala em prazer: pode comprometer o orgasmo. Mas nada de alarme. O problema é passageiro e reversível.
– A dificuldade para ter orgasmo após a gravidez é uma questão muito relativa. Já tive pacientes que levaram até um ano e outras que estavam desesperadas para ter relações apenas 24 horas após o parto – conta a psicóloga e sexóloga Vera Pontes.
Segundo a especialista, o primeiro obstáculo para o orgasmo é físico. Vera explica que as seqüelas do parto, seja ele normal ou por cesária, causam um certo desconforto a mulher, impedindo a entrega na relação sexual.
– Se a mulher fez cesariana, ela sente dor devido à cicatriz. No caso de parto normal, como se dá um ponto no períneo, a região também fica delicada. Em geral, os médicos orientam que às mulheres que respeitem uma quarentena – diz Vera.
Não foi o caso da jornalista Adriana Engelbart, de 31 anos, mãe de Larissa, de 2. Dez dias após o parto, ela retomou a atividade sexual. Mas reconhece que, em alguns aspectos, ter orgasmo ficou mais difícil.
– O problema é que você fica muito concentrada na criança. O marido fica em segundo plano e é difícil se entregar completamente. As relações ficam mais, digamos, rapidinhas – conta, com humor, a jornalista.
À dificuldade de se concentrar na relação sexual, soma-se o fato de o bebê exigir muita atenção. Adriana conta que muitas vezes teve de interromper o sexo para dar atenção a sua filha.
– Às vezes você está lá e a neném chora. Pára tudo, não tem como ser diferente – diz.
A professora Cássia Sales, de 30 anos, mãe de Rafael, seis anos, e Manoela, 3, também passou pelo mesmo problema.
– Uma vez estava com meu marido, trocando carinhos, e ouvi um chorinho. Não rolou mais nada – lembra.
Vera conta que esse tipo de situação é comum entre as mães. Mas que, com o tempo, os casais aprendem a lidar com isso, criando horários e circunstâncias para poder retomar a atividade sexual de maneira relaxada.
– É necessário que o casal aprenda a lidar com essas pequenas adversidades e crie uma dinâmica para retomar as relações. Quando as crianças crescem, por exemplo, os pais podem deixá-las com os avós para poder ter momentos a sós.
Outro problema constantemente apontado pelas mães, como ressalta Vera, é uma leve baixa na auto-estima.
– Como o corpo sofre muitas mudanças durante a gestação e demora a voltar ao lugar, muitas mulheres demoram a se sentir à vontade com seu parceiro. – explica a sexóloga.
Adriana conta nunca ter se sentido feia, mas reconhece que algumas mudanças no seu corpo, como o inchaço nos seios provocado pela gravidez, dificultaram o prazer.
– Os seios ficam enormes, cheios de veias. Eu não me senti confortável com isso. E também evitava que eles fossem muito tocados – contou.
Para driblar os incômodos, Vera explica que o diálogo com o parceiro é fundamental.
– Não há nada melhor que o diálogo franco do casal. O parceiro tem que agir com tranqüilidade, ser paciente com a mulher – ensina a psicóloga.
A publicitária Solante Tameirão, 37 anos e três filhos, conta que o apoio de seu ex-marido foi fundamental para que ela se sentisse bem e retomasse a vida sexual, e o orgasmo, com tranqüilidade.
– Ele sempre me ajudou muito. Nunca ficou me pressionando, sempre dizia que eu estava bonita grávida. Não tenho o que reclamar – diz.
Vera ressalta que, apesar dos pequenos percalços, a mulher tem de ter consciência de que a chegada de um filho não deve acarretar na renúncia da vida sexual.
– Muitas mulheres às vezes deixam de ter relações porque têm certos preconceitos. Que por ser mães, acham que ter relações é algo que deve ser deixado de lado. Mas a mulher tem que saber se dividir em seus papéis de mãe e esposa – afirma.
Solange concorda. A publicitária conta que, apesar de saber que os filhos demandavam cuidados, nunca deixou de dar atenção a seu marido.
– Sempre tive a preocupação de dar atenção ao meu marido. Um novo ser chegou, mas temos que agregar e não dividir – defende.
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Gabarito:
Após a gravidez, um dos fatores que faz com que as mães tenham dificuldade em ter orgasmo é:
Não é a amamentação ou a influência dos hormônios da lactação que diminuem a libido, ainda que seja bastante natural nos primeiros meses pós-parto a diminuição do tesão.
Resposta : 2 – O medo de que o bebê acorde