Mamadeiras e chupetas são principais causas de lesões em crianças,
alerta artigo publicado
As mamadeiras e chupetas nas mãos e bocas das crianças podem parecer objetos inofensivos, mas são a causa de múltiplas visitas às salas de emergência todos os anos, de acordo com um estudo publicado na última segunda-feira (14).
Segundo o relatório do Nationwide Children‘s Hospital, a cada quatro horas uma criança com menos de três anos é tratada em uma sala de emergência devido a lesões relacionadas ao uso de mamadeiras, chupetas e copinhos com tampa.
“Estudos anteriores tinham focado em bebês. No entanto, descobrimos que cerca de dois terços das lesões examinadas em nosso estudo foram entre crianças de um ano de idade que estão aprendendo a caminhar e são mais propensos a cair”, declarou à Agência Efe Sarah Keim, co-autora do relatório e pesquisadora do Nationwide Children‘s Hospital em Columbu (Ohio).
A pesquisa, que foi publicada na edição de junho da revista Pediatrics, chegou à conclusão que 86% das lesões aconteceram quando as crianças corriam ou caminhavam com o objeto na boca e que 70% provocaram alguma laceração.
De acordo com o estudo do Center for Biobehavioral Health e o Center for Injury Research and Policy do Nationwide Children‘s Hospital, que examinou lesões registradas entre 1991 e 2010, pelo menos 45.398 crianças com menos de três anos foram tratadas com lesões associadas a mamadeiras, chupetas e copinhos nos Estados Unidos.
Os pesquisadores assinalaram as mamadeiras como a principal causa de lesões nos menores, com 65,8% dos casos, seguidas pelas chupetas, com 19,9%.
Tanto a Academia Americana de Pediatria (AAP) como a Academia Americana de Dentistas Pediátricos (Aapd) recomendam a substituição da garrafa por copos sem tampa quando o menor tiver 12 meses a fim de prevenir acidentes e promover hábitos de alimentação mais saudáveis.
Também há a recomendação para que as crianças deixem a companhia da chupeta a partir dos seis meses de idade para evitar acidentes como esses quando começarem a caminhar.
Injuries Associated With Bottles, Pacifiers, and Sippy Cups in the United States, 1991–2010
1. Sarah A. Keim, PhD, MA, MS,
2. Erica N. Fletcher, MPH,
3. Megan R. W. TePoel, MS, and
4. Lara B. McKenzie, PhD, MA
Abstract
OBJECTIVE:
To describe the epidemiology of injuries related to bottles, pacifiers, and sippy cups among young children in the United States.
METHODS:
A retrospective analysis was conducted by using data from the National Electronic Injury Surveillance System for children <3 years of age treated in emergency departments (1991–2010) for an injury associated with a bottle, pacifier, or sippy cup.
RESULTS:
An estimated 45 398 (95% confidence interval: 38 770–52 026) children aged <3 years were treated in emergency departments for injuries related to these products during the study period, an average of 2270 cases per year. Most injuries involved bottles (65.8%), followed by pacifiers (19.9%) and sippy cups (14.3%). The most common mechanism was a fall while using the product (86.1% of injuries). Lacerations comprised the most common diagnosis (70.4%), and the most frequently injured body region was the mouth (71.0%). One-year-old children were injured most often. Children who were aged 1 or 2 years were nearly 2.99 times (95% confidence interval: 2.07–4.33) more likely to sustain a laceration compared with any other diagnosis. Product malfunctions were relatively uncommon (4.4% of cases).
CONCLUSIONS:
This study is the first to use a nationally representative sample to examine injuries associated with these products. Given the number of injuries, particularly those associated with falls while using the product, greater efforts are needed to promote proper usage, ensure safety in product design, and increase awareness of American Academy of Pediatrics’ recommendations for transitioning to a cup and discontinuing pacifier use.
Comentário
Lactentes amamentados e que contam com a presença e o colo dos pais não precisam de chupetas.
Mamadeiras e chupetas levam à “confusão de bicos” (disfunção motora oral) ocasionando o desmame precoce.
Dr. Marcus Renato de Carvalho
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