Convívio compensa separação
Fernando com Carolina e João: “Pai não pode ser um fliperama”
LÁ E CÁ.
O esquema armado por Jaime com a ex-mulher exige cálculos matemáticos, mas funciona. “Até a empregada é compartilhada. Ela fica onde a Carolina e o Daniel estão”, conta o empresário, que passa com os filhos pelo menos 12 dias por mês.
PAIZÃO.
O ator Eduardo Moscovis, separado desde o ano passado da produtora Roberta Richards, cuida das filhas Gabriela, 4 anos, e Sofia, 2, de segunda a quarta-feira e em fins de semanas alternados: “Tento fazer tudo quando estou com elas. Até em algumas viagens que fiz com a peça Norma elas foram comigo”.
SEM BRIGAS.
“Antigamente não tinha conversa. O casal se separava e a mulher ficava com os filhos. Hoje muitas mães solicitam maior participação dos pais e os próprios homens estão buscando isso”, afirma Lulli Milman. Assim como Sérgio Calmon, a psicóloga acredita que as chances da guarda compartilhada dar certo são maiores quando os ex conseguem manter um bom relacionamento. “A guarda compartilhada serve para fortalecer o elo da criança com o pai, que foi perdido na separação. Se o ex-casal não se dá bem, a criança corre o risco de passar uma semana ouvindo o pai falando mal da mãe e vice-versa”, ressalta Calmon.
EQUILÍBRIO.
Nas ocasiões em que cuida dos filhos, Fernando os ajuda a estudar, cozinha, lava, passa. Na pequena marcenaria que tem em casa, ainda ensina o caçula a fazer os próprios brinquedos. “Há pais que pensam que constroem uma relação com presentes. Com martelo, serrote e um pedaço de madeira, crio com o João uma relação melhor do que se desse um videogame pra ele”, diz o analista, que às vezes fica com a casa cheia. Além dos três filhos dele e dos dois da mulher, Cristina, às vezes a pequena Mariana, de 2 anos, filha da ex, quer ir pra lá também. “Ela é uma graça, me chama de titio-papai”, orgulha-se.