Cuidado Mãe Canguru evita mortes infantis na Hildete Falcão
O Método “Mãe Canguru”, vem salvando vidas de centenas de bebês prematuros que nascem diariamente na Maternidade Hildete Falcão Batista (MHFB). O projeto funciona há quatro anos atendendo as mães e crianças com baixo peso. No primeiro semestre desse ano, o trabalho colaborou com a recuperação de 121 récem-nascidos de baixo peso, desses 88,4% receberam alta alimentados pelo leite materno e 11,6 por aleitamento misto.
A maternidade é a única no Estado que é referência em atendimento a gestante de alto-risco. O projeto é realizado na Maternidade desde 2002, como uma das estratégias do Ministério de Saúde (MS), com apoio financeiro do BNDES e Unicef, com o objetivo de dar um suporte humanitário as gestante e recém-nascido de baixo peso. O projeto é coordenado pelo neonatalogista Alex Santana, que conta com uma equipe multidisciplinar composta de nutricionistas, assistentes sociais, fisioterapeutas, psicólogos, pediatras, ginecologistas, obstetras, infectologistas, enfermeiros, técnicos e auxiliares.
O programa é desenvolvido em três etapas:
* no primeiro período após o nascimento de um recém-nascido de baixo peso que necessita de internação em UTIN;
* a segunda é quando o bebê está estabilizado que pode ficar com acompanhamento contínuo com a mãe na enfermaria canguru e,
* a última o bebê passa a receber assistência Follow-up (segmento no atendimento), ele retorna a unidade de saúde para atendido por profissionais nas mais diversas áreas, passando por exames físicos completo, para acompanhar o crescimento e desenvolvimento, avaliar o equilíbrio psico-afetivo, supervisionado por exames oftalmológico, fisioterapia, audiometria, esquema adequado de vacinação, receber orientação por médico familiarizado com o segmento do RN de risco, corrigir situações especiais da família, esse processo pode ocorrer até os cinco anos de idade, dependendo da necessidade com agenda aberta para retorno dos mesmos.
Para o coordenador Alex Santana, o fundamental para estabelecer a recuperação do bebê prematuro é o contato com a mãe, durante o tempo que ele permanecer na UTIN. “O método canguru advoga a alta precoce para casa, o aleitamento materno e a posição canguru promovendo calor, amor, estimulação e segurança. O segmento ambulatorial monitora o crescimento e desenvolvimento do bebê, dá continuidade à educação da mãe para o cuidado e as dificuldades que possam encontrar”, afirmou Alex.
A maternidade dispõe atualmente de 12 leitos de enfermagem para atender a demanda da capital e interior, assistidas pelo “Mãe Canguru”. Em 2005, o projeto atendeu 165 crianças prematuras, que ganharam peso e voltaram para o convívio familiar. Na MHFB é permitido o acesso às mães, para que o bebê, não perca o contato, através de carinho, conversas e a amamentação, que é o de mais importante para a recuperação. Uma vez por semana, o pediatra Alex Santana, realiza com sua equipe, reuniões com as mães, onde elas recebem orientações, através de palestras sobre alimentação, amamentação, ordenha do leite materno, tirar dúvidas, além de receber um tratamento humanizado com mais qualidade.
O programa conta com o apoio do Ministério da Saúde, Secretaria de Estado da Saúde, Núcleo de Humanização, e dos diretores Eduardo Pinto, Juliano Simões e Márcia Macêdo, que priorizam o atendimento das gestantes e seus familiares, dispondo de uma equipe multidisciplinar especializada no atendimento de complexidade.