
Chegou a vacina contra Gripe Quadrivalente 2019 A vacina é indicada para uso adulto e pediátrico (a partir de 6 meses de idade). A Influenza está entre as viroses mais frequentes em todo o mundo e é causa de surtos e pandemias. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 10% da população é infectada anualmente pelo vírus influenza e que 1,2 bilhão de pessoas apresentam risco elevado para complicações decorrentes da doença. Com relação à epidemiologia da Síndrome Gripal no Brasil, até a semana epidemiológica 52 de 2018, das amostras positivas para influenza, 38,4% eram de A(H1N1); 37% de A(H3N2); 19,9% de influenza B; e 4,7% de influenza A não subtipado. As regiões Sudeste e Sul concentram as maiores quantidades de amostras positivas, com destaque para a maior circulação de Influenza A(H3N2), A(H1N1) e VSR. No que diz respeito à distribuição dos vírus por faixa etária, ocorreu uma maior circulação de VSR e Parainfluenza nos indivíduos menores de 10 anos. Entre os indivíduos a partir de 10 anos, predominaram o Influenza A(H1N1) e o A(H3N2). Pessoas de todas as idades são suscetíveis à infecção pelo vírus influenza, porém alguns grupos estão mais propensos a desenvolver formas graves da doença: adultos com mais de 60 anos, crianças com menos de 5 anos, gestantes, puérperas e indivíduos que apresentam doenças crônicas, especialmente cardiorrespiratórias, obesidade, diabetes, síndrome de Down e imunossupressão. A revacinação anual contra Gripe é fundamental, já que a proteção conferida pela vacina dura de seis a, no máximo, doze meses. Além disso, o vírus influenza sofre mutação, e isso leva à necessidade de alterar a composição da vacina de acordo com as cepas do vírus circulante. Em relação à formulação 2018, houve alteração nas cepas A (H3N2) e B presentes na vacina, conforme quadro a seguir.
|
||||||||||
Ressaltamos que crianças de 6 meses a 8 anos (inclusive) nunca vacinadas contra Influenza devem receber duas doses da vacina com intervalo de 30 dias entre elas. Pacientes alérgicos ao ovo de galinha podem receber a vacina. Alergia a ovo não é mais considerada contra-indicação nem precaução para o uso da vacina influenza. Os eventos adversos mais frequentes ocorrem no local da aplicação: dor, vermelhidão e endurecimento. Essas reações costumam ser leves e desaparecem em até 48 horas. Manifestações sistêmicas são mais raras, benignas e breves. Febre, mal estar e dor muscular acometem 1% a 2% dos vacinados, de 6 a 12 horas após a vacinação e persistem por 1 a 2 dias, sendo mais comuns na primeira vez em que recebem a vacina. Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação. Em casos mais intensos pode-se usar medicação para dor, sob recomendação médica. Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais que 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Fonte: Kinder – Clínica de Vacinação |